“Gastos” e receita real no carnaval cearense

No último carnaval antes da Covid, segundo a imprensa, “Turista gastou R$ 2.588,95 no carnaval de 2020 em Fortaleza’’, nos leva a conferir que, considerando os 112 mil turistas que desembarcaram na capital cearense naquele ano, e tiveram gastos per capita de R$ 2.558,95, o saldo do investimento nada nos deixa a desejar neste plano de negócio. Basta somente fazer as contas e concluir que carnaval é cultura, é turismo e é economia, para quem tem as vantagens competitivas que a nossa capital tem e dezenas de cidades do Ceará.

Texto Rogério Morais
A imprensa cearense, em 2018, com o título “Carnaval deve girar R$ 292,7 milhões na economia cearense”, em 5 de fevereiro do referido ano, ainda na segunda gestão do médico Roberto Cláudio, dá conta que os serviços relacionados às atividades turísticas “vão girar R$ 292,7 milhões no Ceará, durante o carnaval, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O quinto maior montante entre os estados avaliados pelo levantamento, ficando atrás do Rio de Janeiro (R$ 1,9 bilhão), São Paulo (R$ 1,7 bilhão), Minas Gerais (R$ 567 milhões) e Bahia (R$ 516 milhões), mas o primeiro em termos relativos, com a maior taxa de crescimento de receita (9,1%).
Em 13/01/2012, matéria no Portal UOL, com o título “Prefeitura de Fortaleza investe R$ 1 milhão em pré-carnaval”, último ano da segunda gestão da Prefeita Luiziane Lins. Segundo a matéria, de acordo com secretário executivo da Secultfor, Márcio Caetano, “foram gastos aproximadamente R$ 1 milhão, entre liberação de verba para blocos, estrutura para encerramento da festa”.

Perceba que neste período os recursos para o período junino em Fortaleza já eram generosos, passando a ser mais justos conforme a dimensão turística da capital. E é justamente quando o carnaval em Fortaleza começa um novo período de participação popular, nos bairros, litoral e centro da capital, Fortaleza. Um impulso que também modifica o comportamento contemporâneo anterior da população, que era a fuga do fortalezense para as praias afastadas e as cidades do sertão.

Carnaval 2023
Em chamada de destaque no avanço do pré-carnaval, a imprensa publica matéria “Shows de Carnaval custaram mais de R$ 10 milhões a 10 prefeituras do Ceará”. E acrescenta, ainda: “Municípios cearenses que organizaram programações de Carnaval desembolsaram pelo menos R$ 10,5 milhões com cachês dos artistas. As festividades começaram no último sábado, mas desde o início do mês as gestões municipais têm realizado pagamentos a bandas e cantores”.

A matéria listou os “dez municípios entre as maiores programações oficiais para os dias de festa. O município com maiores gastos é Aracati, que contratou artistas de projeção nacional como Pabllo Vittar, Nattanzinho, Mari Fernandez, Xand Avião e Zé Vaqueiro. Só com as apresentações, o município tem contratos em torno de R$ 3 milhões. O ex-vocalista do Aviões do Forró, Xand, recebeu o maior cachê, deR$ 500 mil.

Em seguida, aparece Baturité, com gastos de R$ 1,4 milhão em atrações como Zé Felipe (R$ 350 mil) e Toca do Vale (R$ 150 mil). Beberibe, com gastos de R$ 1,3 milhão é o terceiro município, com atrações como Márcia Felipe, Zé Vaqueiro e Lagosta Bronzeada. Fortaleza ficou com contratos na faixa dos R$ 788 mil, sem incluir o contrato de Seu Jorge, não localizado.

Os maiores gastos com atrações no Carnaval seguem com São Gonçalo do Amarante (R$ 1,2 milhão), São Benedito (R$ 1 milhão), Paracuru (R$ 756 mil), Quixadá (R$ 650 mil), Ipu (R$ 554 mil) e Itapipoca (R$ 170 mil)”.

Turismo em alta
A imprensa revela os resultados positivos do turismo em alta sob o título, “Ceará deve receber mais de 130 mil turistas no feriado de Carnaval”. E completa: As expectativas da Secretaria do Turismo do Ceará (Setur) são positivas com relação à chegada de turistas no estado no feriadão de Carnaval. A estimativa é que o Ceará receba 133 mil viajantes no feriado, um aumento de 18,8% em relação aos 112 mil recebidos no ano passado”

“Turista gastou R$ 2.588,95 no carnaval de 2020 em Fortaleza’’, nos leva a conferir que, considerando os 112 mil turistas que desembarcaram na capital cearense naquele ano, e tiveram gastos per capita de R$ 2.558,95, conforme a imprensa o saldo do investimento nada nos deixa a desejar neste plano de negócio que algumas prefeituras executam. Basta fazer as contas e concluir que carnaval é cultura, é turismo e é economia, para quem tem as vantagens competitivas que a nossa capital tem e dezenas de cidades do interior também guardam com exclusividade.

 

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