A hora e a vez do e-commerce de alimentos

Katayama Alimentos fecha parceria com startups colombianas que comercializam alimentos pela Internet tendo como público-alvo o consumidor final e o mercado B2B

 

Dentro das inúmeras mudanças, adaptações e transformações que a pandemia do Coronavírus impôs à sociedade como um todo, está o avançado desenvolvimento da estratégia comercial de vendas on-line. Em tempos de crise sanitária e econômica, o varejo alimentar teve que se reinventar e incrementar as vendas pela Internet para vencer os desafios que foram se apresentando dentro desta nova realidade.

 

Pode-se dizer que o consumidor se adaptou rapidamente aos atuais protocolos, e que a necessidade e a demanda pela conveniência oferecidas pelo e-commerce, cresceram muito nos últimos meses. Com o aumento das vendas, as inovações dos canais digitais permitiram novas experiências de compras que têm sido incorporadas ao comportamento de consumo.

 

De acordo com informações do site Mercado e Consumo, com base na pesquisa “Supermercado e Hábitos de Compras” realizada pela unidade de pesquisa da área de publicidade do UOL e divulgada em junho deste ano, os gastos com compras de supermercados pela internet aumentaram 57% na pandemia e 59% dos consumidores brasileiros têm a intenção de continuar fazendo compras de mercado on-line depois que a pandemia chegar ao fim.

 

O levantamento também mostrou que os principais diferenciais do varejo digital, atualmente, estão mais ligados às questões de entrega e ao tempo que o cliente recebe o produto, do que como ele efetivamente compra. Um estudo do site Reclame Aqui, realizado em março deste ano, mostrou que 51,2% dos consumidores não se importariam em pagar mais caro por um produto, desde que tivessem uma experiência de compra melhor com a marca.

 

Gilson Katayama, Diretor Comercial do Grupo Katayama, lembra que esse tipo de estratégia comercial (venda on-line) já era uma tendência de mercado, que foi potencializada com a pandemia. “Hoje as vendas via delivery tomaram uma proporção enorme. Já não basta ter um e-commerce ativo, é preciso que o produto ofertado esteja disponível e chegue o mais rápido possível até o comprador ou consumidor. Estamos sempre em busca de parceiros que exijam qualidade nos produtos e estejam alinhados ao nosso perfil. Daí veio nosso interesse em estabelecer parcerias comerciais com startups de sucesso, que atuam com vendas on-line de alimentos, como no caso da Frubana e Merqueo, ambas colombianas e com atuação no Brasil”.

 

Comércio de ovos pelos canais digitais

O objetivo da Katayama Alimentos ao ingressar no e-commerce é pulverizar suas vendas, alcançando clientes não atendidos diretamente e que exigiriam uma logística diferenciada, sobretudo no caso de restaurantes, padarias, pequenos hortifrútis, indústrias de menor porte, entre outros. A parceria com a Frubana atenderá justamente essa demanda, pois a startup conecta produtores da indústria alimentícia com estes estabelecimentos por meio de plataforma B2B que funciona como um atacado virtual.

 

“Estamos muito satisfeitos com a parceria firmada com a Katayama Alimentos, que nos entrega produtos com qualidade e segurança garantidas, e nos traz bons resultados financeiros”, afirma Victor Lopes, Category Manager da Frubana. Ele acrescenta que a negociação direta com a indústria avícola proporciona uma redução de desperdício da cadeia de distribuição de 30 a 40% para índices inferiores a 5%. Com essa proposta, a Frubana já formou uma carteira com centenas de fornecedores e dezenas de milhares de clientes ativos. O maior desafio é conseguir escalar as operações em volume e manter a qualidade do serviço em um mercado bastante pulverizado.

 

Já o Merqueo é o maior supermercado 100% on-line da América Latina. “Reunimos em um só local tudo o que o consumidor precisa para abastecer sua casa. Nosso objetivo é democratizar a experiência de compras on-line ao público brasileiro, proporcionando variedade de produtos, bom preço e conveniência. Daí o casamento perfeito com a Katayama Alimentos, referência na produção de ovos no Brasil”, destaca Giselle Tachinardi, Diretora de Crescimento e Marketing do Merqueo no Brasil.

 

A executiva cita a recente pesquisa “Consumo On-line” da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), que revelou que, nos últimos 12 meses, 30,3% das pessoas fizeram supermercado pelo celular ou computador, frente a 9,2% da amostragem de 2019.

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