Personalize as preferências de consentimento

Utilizamos cookies para ajudá-lo a navegar com eficiência e executar determinadas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies em cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies categorizados como “Necessários” são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para ativar as funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

Não há cookies para exibir.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

Não há cookies para exibir.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

Não há cookies para exibir.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

Não há cookies para exibir.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

Não há cookies para exibir.

O Papel do Tribunal Superior Eleitoral na Regulação das Eleições: Desafios e Inovações

Por: Fernanda Viotto – advogada eleitoral

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desempenha um papel fundamental na garantia da integridade e transparência dos processos eleitorais no Brasil.

Responsável por elaborar as resoluções que regem as eleições, o TSE promoveu em fevereiro deste ano ciclos de audiências públicas para colher contribuições da sociedade civil e dos partidos políticos. Essa prática democrática permitiu a participação ativa de diversos setores na construção das normas que regerão o pleito de 2024.

Importante destacar que o TSE se deparou com um volume significativo de proposições durante a elaboração das resoluções eleitorais. Com mais de 900 contribuições sobre as minutas de resolução, ficou evidente o interesse e engajamento dos diversos atores envolvidos no processo eleitoral. Questões como propaganda eleitoral e regulação do uso da inteligência artificial (IA) ganharam destaque, refletindo a necessidade de adaptação às mudanças tecnológicas e sociais.

Um exemplo concreto desse processo é a Resolução 23.732/2024, que trata da Propaganda Eleitoral. Nessa resolução, o TSE buscou encontrar um equilíbrio entre transparência e integridade nas campanhas eleitorais, ao mesmo tempo em que incorpora inovações tecnológicas. No entanto, a efetividade dessas novas regras enfrentará desafios significativos na fase de fiscalização, dada a complexidade e alcance das estratégias de campanha.

Um aspecto importante a considerar é o papel dos chatbots, softwares automatizados que desempenham funções de assistentes virtuais durante as eleições. Os chatbots têm sido utilizados para responder perguntas, fornecer informações aos eleitores e até mesmo para interagir em nome dos candidatos. Podemos usar como exemplo mensagens enviadas pelos eleitores solicitando o Plano de Governo do seu candidato a Prefeito. Um chatbot poderia facilmente responder de forma automática todas essas mensagens, enviando ao eleitor um link para acesso ao Plano de Governo solicitado.

A proibição total das modalidades de chatbots pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pareceu, portanto, uma medida excessiva. Se a preocupação era evitar enganos aos eleitores, uma abordagem mais equilibrada teria sido proibir especificamente a simulação de voz (uso do Deep Voice), mantendo o uso dos robôs para responder perguntas sobre propostas, plano de governo e outras informações relevantes através de mensagens escritas. Alternativamente, poderia ter sido permitido todos os tipos de chatbots, desde que os eleitores fossem informados claramente sobre a natureza automatizada das respostas, como o fez no caso de manipulação de vídeos, exigindo um rótulo que informará os eleitores sobre o uso da IA naquele material virtual de campanha. Dessa forma, o TSE poderia garantir a transparência na interação eleitoral, sem restringir desnecessariamente a inovação tecnológica que pode facilitar o acesso à informação, aumentar a participação cívica e ainda reduzir os custos das campanhas.

No entanto, a proibição de todas as modalidades de chatbots vai na contramão do que o legislador tem pretendido ao longo dos últimos 10 anos, no que diz respeito à redução dos custos das campanhas políticas. Com a impossibilidade de utilizar esses assistentes virtuais, os candidatos se veem obrigados a investir em contratação de equipes para responder e interagir com os eleitores, o que inevitavelmente acarreta em mais despesas, muitas vezes pagas com dinheiro público.

É importante ressaltar as mudanças significativas trazidas pela legislação eleitoral visando justamente a redução dos gastos nas campanhas. Desde a redução do período de campanha eleitoral de 180 para 45/50 dias, passando pela proibição de doações por pessoa jurídica, limite de doações de pessoa física, até a imposição de teto de gastos em campanha, por cargo e localidade. Por exemplo, hoje, a campanha presidencial tem um limite em torno de 70 milhões, enquanto na campanha presidencial de 2014, somente na prestação de contas declarada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a soma das campanhas de Dilma e Aécio ultrapassou os 570 milhões. Diante desse contexto, a proibição dos chatbots representa um retrocesso.

O fato é que, enquanto o TSE busca reduzir os custos das campanhas e garantir a integridade democrática, o desafio de equilibrar inovação tecnológica com transparência e ética permanece. É necessário encontrar mecanismos eficazes de fiscalização e regulamentação para garantir que as novas tecnologias não comprometam a lisura do processo eleitoral.

À medida que nos aproximamos das próximas eleições, resta aguardar como o TSE irá lidar com o uso de assistentes virtuais em seus julgamentos. É fundamental que as decisões tomadas pelo Tribunal estejam alinhadas com os princípios democráticos e os valores éticos que regem o sistema eleitoral brasileiro para fortalecimento da democracia e garantia de eleições justas e transparentes. Contudo, se faz necessário um estudo mais aprofundado pela Justiça Eleitoral e por toda a sociedade acerca de todas as ferramentas tecnológicas que possam vir a ser utilizadas nas campanhas e o potencial impacto financeiro no dinheiro público utilizado nos pleitos.

Observação: Esse artigo foi elaborado com a ajuda da IA

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.