Personalize as preferências de consentimento

Utilizamos cookies para ajudá-lo a navegar com eficiência e executar determinadas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies em cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies categorizados como “Necessários” são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para ativar as funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

Não há cookies para exibir.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

Não há cookies para exibir.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

Não há cookies para exibir.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

Não há cookies para exibir.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

Não há cookies para exibir.

Trabalho escravo: 35 são resgatados no Ceará em 2018

Total é 75% superior aos casos identificados no ano anterior

No Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, um levantamento da Superintendência Regional do Trabalho (SRT) aponta aumento de 75% no total de trabalhadores resgatados em 2018, no Ceará, em comparação com o ano anterior. Foram 35, ao todo. A grande maioria (32 casos), na construção civil. Operações em canteiros de obras identificaram 16 trabalhadores em condições análogas às de escravo no município de Beberibe e outros 16 em Fortaleza. “Chamou atenção o fato de os dois resgates realizados na capital terem sido na área nobre da cidade: um na Aldeota e outro na Avenida Rogaciano Leite, próximo ao Shopping Iguatemi”, observa o auditor fiscal Sérgio Carvalho. Ele conta que os trabalhadores moravam no canteiro de obras, em meio a entulhos e ferragens, com risco de choque elétrico, alimentação precária. Muitos dormiam no chão.

Segundo a SRT, as ações de fiscalização na carnaúba foram suspensas nos meses de novembro e dezembro por falta de recursos e de apoio policial, o que prejudicou o combate ao trabalho escravo no setor. “É uma atividade que se intensifica a partir do mês de agosto, quando as chuvas são menos frequentes, no estado, o que facilita a retirada e secagem das palhas”, detalha a procuradora do Ministério Público do Trabalho no Ceará (MPT-CE) Ana Valéria Targino. “O êxodo rural é um dos fatores que tem contribuído para o aumento dos casos no meio urbano”, completa. Os trabalhadores resgatados no Ceará, em 2018, eram todos do sexo masculino. A maioria, entre 20 e 40 anos de idade. Um deles tinha menos de 18 anos.  

Dados nacionais – Em todo país, o número de trabalhadores flagrados em condições análogas às de escravo chegou a 1.723, em 2018. É o que mostram dados da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), ligada ao Ministério da Economia. Segundo o levantamento, foram flagrados no Brasil 523 trabalhadores em condições análogas às de escravo em área urbana enquanto que no meio rural foram registrados 1.200 casos.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) recebeu 1.251 denúncias ao longo do ano passado, ajuizou 101 ações civis públicas e celebrou 259 termos de ajuste de conduta relacionados a trabalho escravo. Entre as atividades econômicas com maior número de trabalhadores nessas condições estão a pecuária e o cultivo de café. Segundo dados do Observatório Digital do Trabalho Escravo no Brasil, 30,9% dos trabalhadores em condições análogas às de escravo são analfabetos e 37,8% possuem até o 5º ano incompleto. A ferramenta foi desenvolvida pelo MPT em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e reúne de maneira integrada o conteúdo de diversos bancos de dados e relatórios governamentais sobre o tema.

28 de janeiro – Para lembrar o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo (28 de janeiro) o MPT-CE buscou parceria com entidades religiosas, como a Arquidiocese de Fortaleza, a Federação das Igrejas Evangélicas do Ceará e a Federação Espírita do Estado. Nas celebrações deste fim de semana, na Igreja de Fátima, oi dedicado um momento em memória dos três auditores fiscais e um motorista assassinados em 2004, quando fiscalizavam fazendas da zona rural de Unaí (MG).

A Comissão Episcopal Pastoral Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano – da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) – se manifestou, afirmando que o inalienável valor da vida e da dignidade humana transcende qualquer objetivo econômico. “Neste sentido devemos acompanhar com muita atenção os projetos de lei que volta e meia tentam retroceder na política de combate ao trabalho escravo construída no Brasil sem interrupção desde 1995”, reforça (ver documento na íntegra).

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.