Personalize as preferências de consentimento

Utilizamos cookies para ajudá-lo a navegar com eficiência e executar determinadas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies em cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies categorizados como “Necessários” são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para ativar as funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

Não há cookies para exibir.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

Não há cookies para exibir.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

Não há cookies para exibir.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

Não há cookies para exibir.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

Não há cookies para exibir.

SUS à beira do colapso

O mundo vive uma das maiores emergências sanitárias da história. No Brasil, já são mais de 5,5 milhões de casos e 150 mil mortes. Números astronômicos, perdas irreparáveis.

A situação poderia ter sido muito pior, não fosse o Sistema Único de Saúde (SUS). Há muito vilipendiado e subfinanciado, o SUS resiste bravamente como a única opção de assistência para mais da metade da população.

Durante a pandemia da Covid-19, certas falhas se tornaram ainda mais evidentes: superlotação, desatualização da tabela de procedimentos disponíveis e insuficiência de recursos.

Por outro lado, o País só conseguiu superar momentos críticos, ainda que de maneira limitada, por meio do atendimento em serviço público. O SUS, assim, evidencia ser imprescindível em especial aos mais vulneráveis socialmente.

Há no horizonte a curto prazo, porém, a ameaça de colapso. Para 2021, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) prevê redução de R$ 40 bilhões de investimentos à saúde em relação ao início de 2020. Justo quando a população, ainda profundamente abalada pelas perdas e depauperada pela crise econômica, recorre ao SUS para retomar o acompanhamento de outras doenças.

Os recursos orçados não atendem as necessidades nem do serviço prestado em situação regular – da qual estamos bem distantes. A volta dos pacientes que evitaram os centros médicos por conta da pandemia somado à chegada de outras que não conseguem mais bancar as mensalidades dos planos de saúde favorecem a instalação de grave crise.

É insustentável que o SUS receba, ainda sob ameaça da Covid-19, menos recursos do que necessitaria em períodos de normalidade. O papel da saúde pública papel é essencial no controle à pandemia, no acompanhamento e recuperação dos pacientes e na adaptação para atender com urgência um número absurdo de brasileiros.

Aqui destaco com orgulho a dedicação de médicos e demais colegas das equipes multidisciplinares. São eles que fazem o SUS de todos nós, mas ainda assim permanecem desvalorizados, com péssima remuneração e condições de trabalho adversas.

Um sistema de tamanha magnitude não se sustenta sozinho – muito menos, sem recursos. Vemos o relógio correr em contagem regressiva, sem que medidas concretas sejam envidadas para colocar o Sistema Único de Saúde no caminho adequado à garantia constitucional de prover a todos os brasileiros de assistência integral, universal e de qualidade.

Ao contrário, a perspectiva é de piora do quadro. Hoje, com o envelhecimento da população aumenta a demanda por atendimentos mais complexos. Assim, se o cobertor já era curto, a tendência é de risco… Atitudes responsáveis são urgentes.

Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.