Serviços diminuem -2,5% em julho, ainda sob efeito da pandemia – Ceará

O setor de serviços cearense regrediu 2,5% na passagem de junho para julho, após avanço de 5,7% no mês de junho. O resultado retorna à sequência de quatro taxas negativas (entre fevereiro e maio). Na comparação com julho de 2019, o volume de serviços recuou 25,4%, sexta taxa negativa seguida. No acumulado dos primeiros sete meses de 2020, houve recuo de 15,2%. Em doze meses, o volume de serviços caiu 7,6%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (11) pelo IBGE.

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 Variação mês / mês anterior com ajuste sazonal. Fonte – IBGE  Pesquisa Mensal dos Serviços.

O resultado negativo de fevereiro ainda não era decorrente das medidas de isolamento social e sim uma acomodação do setor de serviços frente ao avanço do final de 2019. As perdas diretamente relacionadas ao isolamento entre os meses de março e maio somam 25,7%”, explica o supervisor Helder Rocha .

A variação de julho pode ser assim explicada: o setor de serviços devido à heterogeneidade ou ao peso de 70% que representa na economia, tem apresentado uma recuperação mais lenta, comparativamente à indústria e ao comércio varejista, sobretudo nas atividades que envolvem atendimento presencial.

Setor de informação e comunicação e outros serviços têm menores variações

retração do volume de serviços no estado, verificou-se em todas as cinco atividades analisadas, comparando julho deste ano com julho de 2019, com destaque para menores variações em serviços de informação e comunicação (-3,9%) e de outros serviços (-4,2%). O primeiro acumula queda de -1,9% no ano. Já outros serviços cresceu 7,6% entre janeiro e julho.

As demais unidades da federação, com destaque para São Paulo e Rio de Janeiro

A maior parte (20) das 27 unidades da federação apresentou expansão no volume de serviços em julho de 2020, na comparação com junho, acompanhando o avanço (2,6%) no volume total no Brasil (série com ajuste sazonal). São Paulo (1,6%) e Rio de Janeiro (3,3%) registraram os principais avanços. Outras contribuições positivas relevantes vieram do Rio Grande do Sul (3,5%) e do Distrito Federal (5,2%). Ceará (-2,5%) e Bahia (-0,9%) registraram os principais impactos negativos em termos regionais.

Na comparação anual, a queda de -11,9% foi acompanhado por recuos em 25 das 27 unidades da federação. A principal influência negativa ficou com São Paulo (-10,7%), seguido por Rio de Janeiro (-9,2%), Minas Gerais (-11,8%), Paraná (-15,4%), Bahia (-26,4%) e Rio Grande do Sul (-14,4%). As únicas contribuições positivas vieram de Mato Grosso (0,8%) e Rondônia (5,2%), impulsionados pelo bom desempenho de atividades correlatas ao agronegócio em Mato Grosso, e de gestão de portos e terminais e de transporte aquaviário e rodoviário de cargas, em Rondônia.

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