A Imprensa e o novo Consumidor

A história da imprensa e como hoje ela precisa se reinventar para satisfazer ao novo consumidor de notícias. 

É interessante observar como a história da imprensa – aqui pensada como jornalismo ou meios de comunicação – na disseminação em massa da informação e as reações das autoridades a ela, tem padrões recorrentes ao longo do tempo. Quero dizer que a invenção da imprensa de Gutemberg, de fato, desempenhou um papel marcante na democratização do acesso à informação, permitindo que as ideias e conhecimentos fossem compartilhados em escala sem precedentes.

No entanto, essa democratização da informação muitas vezes enfrentou ou enfrenta resistência por parte das autoridades, que buscam controlar ou censurar a divulgação de certas informações. Essa dinâmica histórica tem paralelos interessantes com os desafios atuais relacionados à liberdade de expressão e à censura na era da internet aqui mesmo no Brasil e outros países que enfrentam problemas democráticos. 

Com o advento da internet e das novas tecnologias de comunicação, as pessoas comuns ganharam uma capacidade sem precedentes de se expressar e compartilhar informações globalmente. Isso tem levado a mudanças significativas na forma como as notícias são consumidas, como as opiniões são formadas e como as vozes antes marginalizadas podem ser ouvidas, quebrando estruturas comerciais e políticas.

Entretanto, essa liberdade também tem sido alvo de tentativas de controle e censura por parte de alguns governos e autoridades. Questões relacionadas à moderação de conteúdo online, restrições ao acesso à internet, vigilância digital, processos criminais e prisões têm levantado preocupações sobre a liberdade de expressão e privacidade do cidadão. 

Nesse contexto é fundamental promover discussões construtivas sobre os desafios e oportunidades apresentados pela era digital. Encontrar um equilíbrio entre a liberdade de expressão, a proteção da privacidade, a promoção da responsabilidade online, e, o direito de expressão são  essenciais para garantir um ambiente digital saudável e inclusivo.

Mas essas questões um tanto acadêmicas não são o meu objetivo nesse textão que está apenas começando. E se você chegou até aqui, peço que continue, pois tem muito a ver com o seu dia a dia como pessoa que tem o direito e a necessidade muito mais do que se comunicar, mas sim de receber noticias ou informações que lhes agreguem valor e qualidade de vida esteja onde você estiver.

O título acima é bastante relevante numa abordagem nova que estamos lançando: Um jornalismo pautado pelo interessado, quer dizer, o receptor/consumidor de conteúdo inverte o papel tradicional do emissor X receptor no fluxo comum e atual dos meios de informação, dando poder, autonomia e livre escolha ao leitor, tipo o turista, por exemplo, que  pode  se conectar com um jornalista ou um produtor de conteúdo em  qualquer lugar do mundo e adquirir a noticia ou reportagem de sua preferência ou necessidade individual.

Estou falando da Schedule ou HubNews, nome que estou decidindo escolher para a startup da área de jornalismo, que visa atender primeiramente turistas internacionais visitantes no Brasil. O jornalista passa a ser um embaixador da sua comunidade, do seu município ou vários embaixadores em um estado ou região global, por exemplo. Ele fornece, defende e divulga cada localidade que ele tem base, conhece bem e tem qualificação de ofício. 

Investir no recrutamento  e capacitação de talentos locais em áreas como a de jornalismo, produção de conteúdo e comunicação é uma ação que promete fortalecer a disseminação de informações confiáveis e combater notícias falsas ou boatos: promove o turismo, principalmente, em áreas ricas em equipamentos naturais e desconhecidas.

Esses profissionais capacitados, como já  lembrado,  podem atuar como embaixadores da informação em suas comunidades, estabelecendo parcerias locais e promovendo a conscientização sobre a importância do acesso a fontes de informação qualificada.

Os turistas muitas vezes enfrentam desafios ao tentar informações precisas e relevantes sobre as localidades que visitam. O turismo é uma sociedade em movimento no mundo inteiro. No momento atual, a OMT contabilizou quase 1,5 bilhão de chegadas em todo o mundo no ano de 2019. A Europa é o continente que mais recebe turistas, seguido da Ásia, entre os principais destinos.

O Brasil, por exemplo, recebe 6 milhões de turistas internacionais em média todos os anos. Agora, veja bem, o turista, como cidadão, ele tem o direito de ser informado. E pense numa questão seguinte: O viajante chega numa localidade, individualmente, com sua família ou em grupo e não tem informação sobre determinada situação até  de risco.

Os primeiros 

O Jornalismo abrange todo o trabalho de elaborar e divulgar, periodicamente, informações atuais de interesse público e está, portanto,  diretamente relacionado ao uso dos meios de comunicação de massa. O crescimento e a complexidade da sociedade industrial aumentaram a necessidade da veiculação organizada de informações, de modo que a imprensa cresce e se institucionaliza como um componente básico para a sociedade. Além de informar, a imprensa exerce a função de educar, criando e consolidando ideias e opiniões, influenciando comportamentos e servindo como um canal de pressão para grupos interessados. Assim, a função de informar, em termos políticos, pode ser entendida como o quarto poder.

As raízes mais remotas do jornalismo podem ser encontradas nas primeiras manifestações conscientes e organizadas de comunicação, com as quais surge o interesse em transmitir as notícias. Suas formas mais rudimentares são transformações orais. A necessidade de fixar a informação de forma inalterável levou à criação de símbolos escritos. Os homens que viajavam de uma região para outra, divulgando novas técnicas e costumes, podem ser considerados como primeiros jornalistas.

De fato, as origens do jornalismo remontam a um período em que a comunicação era principalmente oral, e a transmissão de notícias era realizada por meio de relatos verbais e narrativas. À medida que a sociedade evoluiu e se desenvolveu, a necessidade de preservar informações de forma duradoura levou à criação de sistemas de escrita e símbolos, que foram essenciais para registrar e disseminar notícias e conhecimento.

Essa evolução inicial do jornalismo destaca a importância fundamental da comunicação e da transmissão de informações na história da humanidade. A transformação das formas rudimentares de comunicação oral para os sistemas de escrita e, eventualmente, para os meios de comunicação de massa já com o emprego das invenções, prova a contínua busca da sociedade por manter-se informada e conectada.

Estamos tentando mostrar como a  história do jornalismo é realmente fascinante, pois revela como a necessidade humana de compartilhar notícias e conhecimento tem sido uma constante ao longo do tempo. Essas raízes históricas moldaram o jornalismo moderno e continuam a influenciar a maneira como consumimos informações nos dias atuais.

As raízes mais remotas do jornalismo podem ser encontradas nas primeiras manifestações: Rapsódios (peças teatrais) na Antiguidade e trovadores na Idade Média foram os precursores do jornalista, assim como, posteriormente, os violeiros que percorriam os sertões do Brasil e constituíam um dos poucos meios de contato dos habitantes dessas comunidades com o resto do mundo.

Esses mensageiros e contadores de histórias desempenharam um papel vital na disseminação de notícias, ideias e eventos, ajudando a manter as pessoas informadas sobre o que estava acontecendo em outras regiões e além das fronteiras locais. Sua presença e relatos contribuíram significativamente para a formação da consciência coletiva e para a disseminação do conhecimento em sociedades onde a comunicação escrita era limitada ou inexistente.

Essa evolução inicial do jornalismo destaca a importância da comunicação e da busca humana por conexão e informação ao longo da história. É fascinante perceber como esses precursores do jornalismo influenciaram as práticas jornalísticas modernas e como seu legado continua a ecoar nas formas contemporâneas de mídia e comunicação.

Sem dúvida, o desenvolvimento da civilização moderna, impulsionado pelas revoluções comerciais e industriais, e a crescente necessidade de informações em uma sociedade cada vez mais competitiva tiveram um impacto significativo no avanço do jornalismo. As invenções revolucionárias, como a imprensa, a máquina a vapor para impressão em grande escala, o telégrafo, o telefone, a fotografia, o cinema, o rádio, as gravações sonoras e a televisão, desempenharam papéis fundamentais na transformação do jornalismo ao longo dos séculos. Cada uma dessas inovações tecnológicas possibilitou a veiculação mais rápida, ampla e eficiente das notícias e informações, moldando profundamente a forma como as pessoas acessam e consomem conteúdo jornalístico.

Essas tecnologias não apenas ampliaram o alcance do jornalismo, mas também abriram novas possibilidades criativas e formatos para contar histórias e transmitir informações. A capacidade de capturar imagens, transmitir sons e alcançar audiências em escala global revolucionou a maneira como as notícias eram apresentadas e consumidas.

Censura 

A questão da censura, ou seja, liberdade na imprensa. O delito de emitir opiniões contrárias aos governantes acompanha a história da humanidade. A questão da liberdade e censura na imprensa é realmente um tema de grande importância ao longo da história, e a luta entre a liberdade de expressão e a censura governamental tem raízes profundas na evolução da sociedade humana.

Historicamente, isso tem ate um marco: Em 1486, Alemanha, pouco tempo após a morte de Gutenberg, o inventor da imprensa, sinaliza o início formal da história da censura na imprensa. A imposição de altas taxas sobre publicações e outras restrições diretas limitaram significativamente o acesso do público às informações veiculadas pelos jornais, restringindo assim a liberdade de expressão e o acesso à informação.

As revoluções liberais do século XVIII foram fundamentais para destacar a necessidade de uma imprensa livre e sem amarras, reconhecendo-a como um pilar essencial para uma sociedade democrática e informada. A defesa da liberdade de imprensa como um direito fundamental tornou-se uma luta constante em muitos contextos históricos, refletindo a importância da liberdade de expressão para o progresso social, comercial e político das nações 

Esses conflitos históricos moldaram as leis e as normas que regem a liberdade de imprensa em muitas sociedades contemporâneas. A luta contínua entre liberdade e censura na imprensa continua a ser um tema relevante em nosso mundo atual, destacando a importância de proteger e promover a liberdade de expressão como um pilar fundamental das sociedades democráticas.

Mesmo assim, a liberdade de imprensa é frequentemente sujeita a limitações em muitos países democráticos, incluindo o Brasil, em prol da prevenção de abusos e da proteção de interesses nacionais e públicos. A legislação especial ou específica adotada pelos estados democráticos busca reafirmar a liberdade de expressão com a responsabilidade jornalística, garantindo que a imprensa atue de forma ética e responsável. Existem, ainda, os casos de guerra, tão  comuns nos dias atuais. 

O caso emblemático envolvendo o jornal New York Times e a divulgação de documentos secretos do Departamento de Defesa dos Estados Unidos durante a guerra no Vietnã ilustra a complexidade e as tensões inerentes à relação entre liberdade de imprensa e segurança nacional. A decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos em favor do jornal reforça o compromisso com a proteção da liberdade de expressão, mesmo em contextos desafiadores como este.

Esses exemplos destacam a importância do equilíbrio entre liberdade e responsabilidade na prática jornalística, assim como a necessidade de considerar cuidadosamente os interesses nacionais ao lidar com questões sensíveis relacionadas à segurança e defesa.

JORNALISMO MODERNO 

O jornalismo evoluiu de um estilo altamente pessoal, opinativo e dissertativo característico dos primeiros divulgadores de notícias para uma técnica específica que se baseia em grande parte na impessoalidade, e procura de objetividade, com a simplicidade da linguagem e o necessário a compreensão imediata da mensagem divulgada. Presumo que o leitor quer ser informado, por isso o jornalista procura ser objetivo e informar é uma questão que implica saber o público que a informação se destina, qual o grau de exclusão, gosto, costume, etc. Fique atendo ao dito: Grau de exclusão. Mais à  frente vamos destacar o jornalismo por  demanda.

Nos primórdios do jornalismo, os divulgadores de notícias frequentemente adotavam um estilo altamente pessoal e opinativo, refletindo as características de um período em que a objetividade e a imparcialidade não eram necessariamente as principais prioridades. As notícias eram muitas vezes apresentadas de forma dissertativa, com uma ênfase na expressão pessoal e na interpretação dos acontecimentos. Era literário. 

No entanto, ao longo do tempo, o jornalismo passou por um processo de profissionalização e busca pela objetividade. A necessidade de informar um público diversificado e amplo levou os jornalistas a adotar uma abordagem mais impessoal, buscando a objetividade na apresentação dos fatos e a clareza na comunicação.

A linguagem jornalística também evoluiu para se tornar mais acessível e de compreensão imediata, refletindo a necessidade de atender a um público variado em termos de educação, cultura e preferências. A simplicidade na linguagem tornou-se uma característica importante do jornalismo contemporâneo, visando garantir que as informações sejam facilmente compreendidas pelo maior número possível de leitores.

Além disso, a consideração das preferências e características do público-alvo tornou-se essencial no processo de produção de notícias. Os jornalistas passaram a  buscar entender as necessidades, interesses, gostos e costumes do seu público para fornecer informações relevantes e adaptadas às suas expectativas.

Essa evolução no estilo e na abordagem do jornalismo reflete a constante adaptação da profissão às mudanças na sociedade e nas tecnologias de comunicação. A busca pela objetividade, clareza e relevância continua a ser um desafio constante para os profissionais do jornalismo em um mundo em constante transformação.

Quero citar aqui como ilustração, a tradição de independência política na imprensa britânica como um aspecto significativo que contribui para a liberdade e diversidade de opiniões veiculadas nos meios de comunicação. Nação com berço do jornalismo de massa exemplar: Tiragem por edição de 500 mil exemplares no inicio do século  passado.

Além disso, as medidas adotadas pelo governo para evitar a concentração das empresas jornalísticas demonstram o reconhecimento da importância da diversidade e da competição no setor da mídia. A promoção da pluralidade de vozes e o incentivo à concorrência entre os veículos de comunicação são fundamentais para assegurar um ambiente informativo dinâmico, no qual diferentes pontos de vista possam ser expressos e debatidos.

Essas características da imprensa britânica refletem o valor atribuído à liberdade de imprensa e à diversidade informativa como pilares fundamentais da democracia. A capacidade dos cidadãos de acessar uma variedade de fontes informativas e formar suas próprias opiniões é essencial para o funcionamento saudável de uma sociedade democrática.

Já  a expansão da imprensa nos Estados Unidos durante o século XIX é um reflexo do crescimento e da diversificação do mercado jornalístico na época. O aumento significativo no número de jornais, passando de 200 em 1800 para 4.000 em 1857, demonstra a rápida evolução e a demanda por informações e opiniões em meio a um período de mudanças sociais, políticas e econômicas nos Estados Unidos.

A ausência praticamente total de problemas de censura nos Estados Unidos permitiu um ambiente propício para o florescimento da imprensa e a expressão de uma ampla gama de ideias e opiniões. Essa liberdade de expressão contribuiu para a proliferação de jornais literários, que ofereciam uma alternativa criativa e diversificada aos leitores ávidos por conteúdo informativo e cultural.

Além disso, esse período também testemunhou a formação dos grandes jornais americanos, que desempenharam um papel significativo na disseminação de notícias, opiniões e debates sobre questões importantes para a sociedade da época. A consolidação desses grandes jornais ajudou a moldar a paisagem midiática dos Estados Unidos e estabeleceu padrões para o jornalismo que perduram até os dias atuais.

A evolução da imprensa nos Estados Unidos durante o século XIX reflete não apenas o crescimento quantitativo do setor, mas também a diversificação editorial, o surgimento de novos gêneros jornalísticos e a consolidação de grandes veículos de comunicação que influenciaram profundamente a sociedade da época. Fugindo um pouco desse análise global com foco  no primeiro mundo, como  se trata  de um estudo nosso, meu, com referencia ao Barão de Studart, em 1920, cito que o pouco expressivo estado do Ceará, Nordeste brasileira, no início do século passado tinha mais de mil publicações na totalidade de seus municípios .

Por outro lado, principalmente na imprensa norte-americana, a criação de monopólios cresceu acentuadamente como novo elemento da história da imprensa norte-americana, já bastante estimulada pelo sensacionalismo, inclusive das agências, que iniciavam a formação das cadeias, em 1987. Em 1934, 59 grupos controlavam 329 jornais. No início da década de 1940, as cadeias controlaram 38% da 

circulação diária e 43% da dominical. Com os monopólios, houve padronização do espelho informativo.

A consolidação de monopólios na imprensa norte-americana representa um fenômeno significativo que moldou a história e o desenvolvimento do setor jornalístico nos Estados Unidos. O crescimento acentuado dos monopólios, especialmente a partir do final do século XIX e ao longo do século XX, introduziu novos desafios e dinâmicas no panorama da mídia norte-americana.

A ascensão dos monopólios, juntamente com o sensacionalismo presente em algumas publicações, contribuiu para a concentração do controle editorial e informativo em um número reduzido de grupos ou empresas de comunicação. Essa concentração de poder editorial e de influência midiática pode ter impactos significativos na diversidade de opiniões, na pluralidade informativa e na liberdade de expressão.

Veja bem, com os monopólio, houve a padronização de estilo informativo e editorial, e aumento do comércio de informação através da criação de agências, agências de notícias, através de cadeias mais importantes que passaram a vender notícias para os jornais do mundo inteiro. Periódico como o New York Times, criaram suas próprias agências, a padronização de notícias chegou ao ponto de os jornais associados a uma cadeia receberem matérias já transformadas em matrizes de páginas de imprensa. A comercialização de notícias foi também através de acordo entre empresas jornalísticas, especialmente para a publicação de reportagens e fotografias importantes o achei o colunista, famoso rendido muitas vezes para o mundo inteiro. Há grande número de jornais e jornais naquele país.

A consolidação dos monopólios na imprensa norte-americana e a padronização do estilo informativo e editorial tiveram impactos significativos no comércio de informações e na disseminação de notícias em nível global. A criação de agências de notícias e a formação de cadeias jornalísticas mais importantes desempenharam um papel central na ampliação da circulação e alcance das informações produzidas nos Estados Unidos.

A ascensão de agências de notícias renomadas, como as associadas aos grandes jornais como o New York Times, representou um marco na comercialização e distribuição de conteúdo jornalístico em escala internacional. O estabelecimento dessas agências permitiu que as notícias produzidas nos Estados Unidos alcançassem jornais em todo o mundo, contribuindo para a globalização do fluxo informativo e a disseminação de perspectivas norte-americanas sobre eventos e questões globais.

MAIS MODERNA

A padronização da notícia no século XX teve um impacto significativo na maneira como as informações eram apresentadas ao público. A transição do jornalismo romântico e literário para um formato mais padronizado refletiu mudanças nas expectativas do público e nas práticas editoriais das redações.

A criação de um padrão para a apresentação das notícias, incluindo a estruturação do título, o lead da matéria e a abordagem das questões fundamentais (quem, o quê, quando, onde, como e porquê), contribuiu para uma maior clareza e objetividade na comunicação jornalística. Esse formato padronizado permitiu que as informações fossem transmitidas de maneira mais eficiente e acessível ao público em geral.

Além disso, a padronização da apresentação das notícias também teve implicações na forma como os jornalistas conduzem sua pesquisa, cobrem pauta, escrevem suas matérias e se comunicavam com o público. A ênfase na objetividade e na imparcialidade tornou-se uma característica central do jornalismo padronizado, influenciando a maneira como os fatos eram relatados e consumidos.

Sem dúvida, as transformações tecnológicas e a ascensão das mídias digitais tiveram um impacto profundo na paisagem midiática e no acesso à informação em todo o mundo. A popularização da internet e o surgimento de plataformas de mídia social redefiniram a maneira como as pessoas consomem notícias, interagem com conteúdo jornalístico e participam ativamente do processo informativo.

Em relação à popularidade, as mídias digitais democratizaram o acesso à informação e proporcionaram uma ampla variedade de fontes e perspectivas sobre os acontecimentos globais, regionais e locais. A disseminação rápida e viral de notícias por meio das redes sociais e outros canais digitais aumentou a visibilidade de questões importantes e permitiu que vozes antes marginalizadas ganhassem destaque.

No entanto, a popularidade das mídias digitais também trouxe desafios significativos em termos de verificação de fatos, desinformação e polarização. A proliferação de notícias falsas e a manipulação de conteúdo em plataformas online destacaram a necessidade crucial de alfabetização midiática, pensamento crítico e responsabilidade por parte dos consumidores de notícias.

Em relação ao conteúdo, as mídias digitais oferecem uma diversidade sem precedentes de formatos, desde artigos escritos até vídeos, podcasts e interações em tempo real. Isso permite uma experiência mais rica e envolvente para o público, ao mesmo tempo em que desafia as organizações jornalísticas a se adaptarem a novos modelos de produção e distribuição de conteúdo.

No que diz respeito aos direitos dos cidadãos, as mídias digitais têm potencial para ampliar a participação cívica e fortalecer a liberdade de expressão. As plataformas online permitem que indivíduos compartilhem suas opiniões, mobilizem-se em torno de causas importantes e exerçam pressão sobre instituições governamentais e corporativas.

No entanto, é importante reconhecer que as mídias digitais também apresentam desafios em termos de privacidade, segurança online e proteção contra discursos de ódio e assédio. A necessidade de equilibrar a liberdade de expressão com a proteção dos direitos individuais continua sendo um ponto crucial no contexto das mídias digitais.

Entretanto, como chegar aos grupos, empresas, famílias e indivíduos que desejam e precisam receber informações precisas e seguras de acordo com sua qualidade de vida e estilo de vida requer uma abordagem multifacetada e adaptada às necessidades específicas de cada público-alvo. Aqui estão algumas estratégias que podem ser úteis de acordo com o nosso Plano de Negócio:

1. Personalização do conteúdo: Adaptar as informações para atender às necessidades e interesses específicos de diferentes grupos, levando em consideração seu estilo de vida, valores e preferências. Isso pode envolver a criação de conteúdo sob medida para diferentes plataformas e formatos, bem como a segmentação com base em dados demográficos e comportamentais.

2. Educação midiática: Promover a alfabetização midiática por meio de programas educacionais, workshops e campanhas de conscientização. Isso pode ajudar os indivíduos a desenvolver habilidades críticas para avaliar a qualidade das informações que consomem online.

3. Utilização de plataformas digitais confiáveis: Investir em presença digital em plataformas reconhecidas pela qualidade do conteúdo jornalístico, transparência editorial e políticas eficazes contra desinformação.

Os influenciadores digitais, sim, eles podem ser nossos parceiros, porque eles já têm um público, eles já falam maciçamente e amplamente para várias pessoas, mas eles podem criar um público pessoal, claro. Mais o que penso também é formar pessoas anônimas mesmo, que têm qualidade, têm alguma habilidade na escrita, formais profissionais, seja jornalista, radialista e produtor de conteúdo, em vários municípios para que eles mesmos comecem a captar essas parcerias, essas demandas dos tores.

Conclusão 

Ao investir na formação e capacitação desses profissionais, é possível criar uma rede de colaboradores engajados em fornecer conteúdo de qualidade e combater a desinformação em suas respectivas comunidades. Eles podem atuar como embaixadores da informação confiável, estabelecendo parcerias locais e promovendo a conscientização sobre a importância de fontes confiáveis de informação.

Portanto, apoiar e incentivar a formação de indivíduos anônimos que possuam habilidades em comunicação e um compromisso com a qualidade da informação é uma estratégia valiosa para ampliar o alcance e a credibilidade das mensagens transmitidas. Essa abordagem descentralizada pode gerar um impacto significativo na construção de uma cultura de informação confiável em todo o país.

 

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