Série recria cenas icônicas do cinema brasileiro sob novos olhares

Como seria se filmes brasileiros como “Eles Não Usam Black Tie”, “O Bandido da Luz Vermelha” e “Limite” fossem feitos por outros diretores? E se os atores fossem outros? A proposta da série “Segundo Take”, que chega ao Curta!, é transformar essa hipótese em realidade. A produção também está no CurtaOn! – Clube de Documentários, streaming disponível no NOW e em CurtaOn.com.br.

Em cada um dos 13 episódios, há a recriação de cenas antológicas do cinema nacional  sob o olhar de outros profissionais, que dividem com o público suas paixões, impressões e processos criativos enquanto fazem seus remakes. De forma minimalista, a nova versão dessas cenas nascem com especial atenção à dramaturgia e à liberdade. O resultado é uma experiência única para os artistas envolvidos e para o público, além de ser uma bela homenagem ao filme original.

O primeiro episódio traz a recriação de uma das cenas clássicas de “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964), de Glauber Rocha. O diretor que encara essa responsabilidade é Walter Carvalho, que convida o ator Irandhir dos Santos para viver o personagem Corisco, interpretado por Othon Bastos na versão original. Irandhir fala de seu processo criativo e inspiracional, enquanto Walter reflete sobre as possibilidades que se abrem nessa oportunidade de realizar um segundo take.

Além de “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, Segundo Take vai trazer novas versões para cenas dos seguintes filmes, sob a batuta dos respectivos profissionais: “A Lira do Delírio”, com Lírio Ferreira; “O Bandido da Luz Vermelha”, com Helena Ignez; “Santiago”, com Esmir Filho; “Eles Não Usam Black Tie”, com Jeferson De; “Carlota Joaquina, Princesa do Brazil”, com Tata Amaral; “Vidas Secas”, com Paulo Caldas; “Noite Vazia”, com Eduardo Nunes; “O Ébrio”, com Tatiana Lohmann; “Eu Te Amo”, com Marcos Jorge; “Guerra Conjugal”, com Fellipe Barbosa; “Limite”, com Caroline Leone; e “O Pagador de Promessas”, com Cláudio Assis. A exibição é na Quarta do Cinema, 13 de julho, às 21h.

Novo episódio de ‘Mistérios do Arquivo’ mostra Marilyn Monroe em shows para soldados da Guerra da Coreia

O episódio inédito de “Mistérios do Arquivo” — série exibida no Curta! e no Curta!On – Clube de Documentários, na NET e na internet (curtaon.com.br) — traz, com exclusividade, o registro histórico das apresentações de Marilyn Monroe para soldados norte-americanos que lutavam na Guerra da Coréia (1950-1953) e sua visita aos militares em um hospital em Tóquio. Durante quatro dias, os cinegrafistas do exército dos Estados Unidos acompanharam a grande estrela de Hollywood nas montanhas, na fronteira entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte.

Na ocasião, em 1954, Marilyn havia interrompido abruptamente sua lua de mel no Japão com o jogador de beisebol Joe DiMaggio para viajar sozinha até a base militar na Coreia, e se apresentar para cerca de 100 mil soldados, em um total de nove shows. A série analisa as imagens captadas e tenta revelar os mistérios escondidos entre os detalhes dos registros. As imagens de Marilyn na Coreia foram utilizadas vastamente como propaganda do governo dos Estados Unidos e se tornaram até um filme da Paramount.

Com dez episódios, a série “Mistérios do Arquivo”, dirigida por Serge Viallet e Julien Gaurichon, apresenta também outras relíquias do audiovisual que, juntas, contam parte da história do mundo entre 1940 e 1975. Entre elas, registros de Hitler captados por Eva Braun; a chegada do homem à lua; o Dia D da Segunda Guerra; os testes da bomba atômica em Atol do Bikini; a queda de Saigon — dando início à Guerra do Vietnã —; a chegada de Yuri Gagarin no espaço e a visita do presidente norte-americano Richard Nixon à China. A estreia do episódio é na Sexta da Sociedade, 15 de julho, às 23h30.

 Segunda da Música (MPB, Jazz, Soul, R&B) – 11/07

22h – “Barry White: A história do álbum Let The Music Play” (Documentário)
O documentário narra a trajetória de Barry White, cantor, compositor e produtor musical americano que se tornou um ícone do soul e da disco music. A história tem início em sua infância pobre, passando pelo tempo em que esteve na prisão por roubo, até ele mudar de vida ao investir na paixão pela música, deixando a criminalidade de lado. Barry White começou a carreira musical cantando em grupos vocais na década de 1960, agenciou o grupo feminino Love Unlimited, até apostar no próprio talento e estourar no início dos anos 1970 em carreira solo, com hits que se tornaram atemporais, como “You’re the first, the last, my everything”, e álbuns históricos, como “Let the music play”, produzido por ele mesmo.  O documentário também aborda sua morte precoce, aos 58 anos, conta com depoimentos de alguns de seus filhos e destaca a voz de baixo-barítono do artista, apresentando trechos narrados por ele mesmo. Direção: George Scott. Duração: 60 min. Classificação: 12 anos. Horários alternativos: 12 de julho, terça-feira, às 2h e às 16h; 13 de julho, quarta-feira, às 10h; 16 de julho, sábado, às 13h; 18 de julho, segunda-feira, 1h45.

PROMOhttps://youtu.be/USBNOxAxadM
FOTOS: https://drive.google.com/drive/folders/1X9aiLC9ucZAtrKH3TT-IqBUeExIamzf3?usp=sharing

23h – “Jazz” (Série) – Episódio: “A Aventura”
A prosperidade dos Estados Unidos no pós-guerra continua, mas as mudanças são claras: os subúrbios crescem, a televisão se populariza e os baby boomers chegam à maioridade. No jazz, jovens talentos surgem para levar a música a novos rumos. Em 1956, o primeiro ano em que Elvis lidera as paradas, Duke Ellington tem seu disco mais vendido de todos os tempos. Novos artistas surgem: o colosso do saxofone Sonny Rollins, a diva da voz Sarah Vaughan e a luz principal da época, Miles Davis. Suas gravações exuberantes com o produtor musical Gil Evans expandem o público do jazz, e ele se torna um ícone cultural, cuja personalidade exemplifica a própria essência do “cool”. Com a chegada dos turbulentos anos 60, no entanto, dois saxofonistas independentes — John Coltrane e Ornette Coleman — levam o jazz a um terreno desconhecido. Pela primeira vez, até músicos começam a perguntar: ainda é jazz? Direção: Ken Burns. Duração: 59 min. Classificação: 10 anos. Horários alternativos: 12 de julho, terça-feira, às 3h e às 17h; 13 de julho, quarta-feira, às 11h.

PROMOhttps://youtu.be/tSndjzDut5I
FOTOS: https://drive.google.com/drive/folders/13xwt-AijSwDeXDddaUcccSe4Xspng0xh?usp=sharing

Terça das Artes (Visuais, Cênicas, Arquitetura e Design) – 12/07

20h30 – “ Movimentos do Invisível” (Documentário)
Angel Vianna, pioneira da dança contemporânea brasileira, coreógrafa, teórica, educadora e militante da consciência corporal, revisita sua própria trajetória no documentário “Movimentos do Invisível”, primeiro longa das diretoras Flavia Guayer e Leticia Monte. As diretoras acompanharam a rotina de Angel, atualmente com 94 anos de idade, e desenvolveram as cenas a partir do registro das chamadas “Aulas do Papel”, oficinas realizadas com pessoas de idades, gêneros e profissões diversas. As aulas fizeram parte da programação de dois festivais de artes cênicas cariocas: Panorama e Tempo Festival – Dança Gamboa. Revelam-se ali a insaciável curiosidade da artista pelo corpo e a sua urgência em transmitir seu conhecimento neste significativo momento da carreira e da vida. Duração:  75 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 13 de julho, quarta-feira, às 00h30 e às 14h30; 14 de julho, quinta-feira, às 8h30; 16 de julho, sábado, às 15h35; 17 de julho, domingo, às 21h.

PROMOhttps://youtu.be/p4Kb0hB2MAA
FOTOS: https://drive.google.com/drive/folders/1vFFbt9PuucFvjdjWuu6I3r3mRSXIgrVN?usp=sharing

Quarta de Cinema (Filmes e Documentários de Metacinema) – 13/07

21h – “Segundo Take” (Série) – Episódio: “Deus e o Diabo na Terra do Sol, com Walter Carvalho”
Neste episódio de “Segundo Take”, o diretor Walter Carvalho convida o ator Irandhir Santos para reviver o clássico personagem Corisco, do filme “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964), de Glauber Rocha. Em seu depoimento, Irandhir conta que foram as vozes não apenas de Othon Bastos, o ator que fez o papel originalmente, como também as de Glauber e de Walter que ele reuniu dentro de sua cabeça para se inspirar. Já Walter, enquanto planeja a nova cena, reflete sobre as possibilidades implicadas na ideia de um segundo take. Direção: Adriana Borges. Duração:  26 min. Classificação: 12 anos. Horários alternativos: 14 de julho, quinta-feira, às 1h e às 15h; 15 de julho, sexta-feira, às 9h; 16 de julho, sábado, às 19h30; 17 de julho, domingo, às 10h.

PROMOhttps://youtu.be/VykReqrKD4I
FOTOS: https://drive.google.com/drive/folders/1J94QQWBj3C_nCoeL7hG0-yj3Ym1eTzf5?usp=sharing

Quinta do Pensamento (Literatura, Filosofia, Psicologia, Antropologia) – 14/07

23h – “O Gene: Uma História Íntima” (Série) – Episódio 1
O primeiro episódio entrelaça a história atual dos Rosens, uma jovem família em uma saga para achar a cura de uma doença genética rara que atinge sua filha de quatro anos, com relatos das descobertas empolgantes dos pioneiros da genética —Gregor Mendel, Thomas Hunt Morgan, Francis Crick e James Watson. Direção: Jack Youngelson. Duração:  52 min. Classificação: 12 anos. Horários alternativos: 15 de julho, sexta-feira, às 3h e às 17h; 17 de julho, domingo, às 00h; 18 de julho, segunda-feira, às 11h.

PROMOhttps://youtu.be/Sme6OMJ97Ng
FOTOS: https://drive.google.com/drive/folders/1XAkrk6hJiYkVVUnG6R36EGTIHWokHOvI?usp=sharing

Sexta da Sociedade (História Política, Sociologia e Meio Ambiente) – 15/07

23h30 – “Mistérios do arquivo” (Série) – Episódio: “1954: Marilyn Monroe na Coreia”
Em 15 de fevereiro de 1954, Marilyn interrompe abruptamente sua lua de mel no Japão com o famoso jogador de beisebol Joe DiMaggio para ir cantar na Coreia, diante de soldados americanos. O que nos dizem as imagens feitas pelos cinegrafistas do exército americano durante os quatro dias da turnê da estrela de Hollywood nas montanhas, na fronteira entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte? Joe DiMaggio e Marilyn Monroe realmente foram ao Japão em lua de mel? Direção: Serge Viallet. Duração:  30 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 16 de julho, sábado, às 3h30 e às 10h30; 17 de julho, domingo, às 18h; 18 de julho, segunda-feira, às 17h30; 19 de julho, terça-feira, às 11h30.

PROMOhttps://youtu.be/l974jCCDBKY
FOTOS: https://drive.google.com/drive/folders/1nU0tLPVWowdHFpfIZ0uR6IHi1hHlaWLo?usp=sharing

Sábado – 16/07 – ESTREIA DO ÚLTIMO EPISÓDIO

21h – “Jazz” (Série) – Episódio: “Uma Obra Prima à Meia-noite”
Durante os anos sessenta, o jazz está em apuros. A maioria dos jovens americanos está ouvindo rock ‘n’ roll. Muitos músicos de jazz migram para a Europa, incluindo o mestre do saxofone bebop Dexter Gordon. Nos EUA, o jazz tenta reconquistar sua relevância, mediante esforços do baixista Charles Mingus e dos saxofonistas vanguardistas Archie Shepp e John Coltrane. Enquanto isso, o trompetista Miles Davis combina jazz com rock ‘n’ roll e encabeça um novo gênero chamado fusion. Em 1976, quando Dexter Gordon regressa da Europa, o jazz também volta para casa. Nas duas décadas seguintes, uma nova geração de músicos surge, liderada pelo trompetista Wynton Marsalis – educado nas tradições da música, habilidoso nas artes da improvisação e cheio de ideias que só o jazz pode expressar. Direção: Ken Burns. Duração: 59 min. Classificação: 10 anos. Horários alternativos: 17 de julho, domingo, às 10h30; 18 de julho, segunda-feira, às 23h; 19 de julho, terça-feira, às 3h e às 17h; 20 de julho, quarta-feira, às 11h.

PROMOhttps://youtu.be/tSndjzDut5I
FOTOS: https://drive.google.com/drive/folders/1TNDx39wC-zPvL4pHPDX3STB36FzCBQCE?usp=sharing

Domingo – 17/07

22h20 – Por onde anda Makunaíma?” (Documentário)
Vencedor da Mostra Oficial de Longa-Metragem do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro de 2020, o filme do diretor Rodrigo Séllos relembra o célebre anti-herói de Mário de Andrade, conhecido por metaforizar o povo brasileiro, em um resgate histórico e cultural. O documentário não se concentra apenas na encarnação modernista desse personagem. Séllos, que também atua como montador no longa, conduz o espectador ao seu mito de origem (em que “Makunaíma” é grafado com a letra k), registrado nos escritos do etnólogo alemão Koch-Grünberg, feitos em 1910, durante a convivência com povos indígenas da tríplice fronteira Brasil-Venezuela-Guiana. Após a rapsódia modernista, o personagem passa por representações no cinema e no teatro, até chegar à contemporaneidade com a pergunta: se fosse revisto hoje, por onde andaria Macunaíma? Com depoimentos em três diferentes línguas — português, espanhol e inglês, o filme sai em busca de ilustrar um pouco do multiculturalismo brasileiro, através de um “molho” de diferentes vozes e olhares acerca desse personagem. Entre os depoentes estão os atores Paulo José e Joana Fomm, que são convidados a assistir novamente ao filme “Macunaíma”, de Joaquim Pedro de Andrade — um clássico do Cinema Novo no qual ambos atuaram, em 1969. Direção: Rodrigo Séllos. Duração: 84 min. Classificação: 12 anos. Horários alternativos: 14 de julho, quinta-feira, às 21h30; 15 de julho, sexta-feira, às 1h30 e às 15h30; 16 de julho, sábado, às 14h; 18 de julho, segunda-feira, às 9h30.

PROMOhttps://youtu.be/phlivdST8uE
FOTOS:https://drive.google.com/drive/folders/1WNSi4wqqUxUNR8y-A5_q4aHXvf5k1MNk?usp=sharing

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