Privatizações e reforma tributária são essenciais para o Brasil voltar a crescer, diz presidente da CNI

Robson Braga de Andrade afirma que a venda de ativos e concessões de rodovias, portos e aeroportos atraem investimentos e geram empregos. Ele participou de live com o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros

 

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, avalia que o momento atual exige ações para recuperação mais rápida e sustentada da economia, que criem um ambiente de crescimento que permita dar competitividade para as empresas. “Nós precisamos fundamentalmente da reforma tributária, por que é preciso que as empresas saibam de que maneira vão pagar e quanto vão pagar de impostos. O nosso sistema tributário atual não dá essa segurança. Ao contrário, ele cria um receio no investidor. A nossa posição é essa, queremos uma reforma tributária para o Brasil, não é para a indústria”, afirmou o Andrade.

Andrade afirma que é preciso ter em mente que, a principal forma de se criar empregos, é por meio de investimentos novos. “Quando se privatiza rodovias, portos e aeroportos, podems atrair empresários com apetite para investir, isso, sim, pode gerar emprego”, acrescenta. O presidente da CNI participou da live “Indústria em debate: o que fazer para o Brasil voltar a crescer”, nesta quinta (22), às 10h, com o líder do governo na Câmara, deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), o presidente da Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), Carlos Valter Martins, o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIESC), Gilberto Petry, e o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato. O evento está disponível no canal da CNI no YouTube.

O presidente da CNI afirmou que considera a reforma administrativa importante e que ela deve aumentar a eficiência do setor público. “Quando a gente fala em reforma administrativa, logo se pensa no funcionário público. O funcionário público não é a grande questão. No Brasil, o funcionário público representa 13% do PIB, enquanto nas nações da OCDE representa 9%. Mas nós temos que considerar o sistema de previdência e o número de aposentados. O Estado tem que ter condições de responder pelo funcionalismo público, mas também responder pelos anseios da sociedade na prestação de serviços essenciais, como saúde educação e transporte” diz.

Além das privatizações, Andrade avalia que são importantes avançar no marco legal do gás, discutir a desconsideração de personalidade da pessoa jurídica e avançar em outros temas da legislação trabalhista. Há, ainda, preocupação com o pagamento dos impostos que foram adiados no período mais grave da crise. A sugestão de Andrade é de que eles possam ser parcelados.

 Deputado Ricardo Barros afirma que governo entregará reformas tributária e administrativa

O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), afirmou não ter dúvidas de que as reformas tributárias e administrativas serão aprovadas no Congresso. “Conseguimos 316 votos (no projeto) na congelação do salário dos servidores, que é uma matéria difícil, com votos da oposição. Quando falamos de reforma, não estamos falando de governo, estamos falando de País”, afirmou o deputado.

Ele afirmou que as reformas devem avançar nas duas casas com muita determinação na articulação política. “Temos sessão na próxima terça-feira (27) para votar cabotagem, a regulação do Fundeb e a urgência do projeto do câmbio para o Brasil entrar na OCDE”, diz o deputado. Segundo ele, o Congresso também deve avançar na Lei de Falências e as privatizações devem ser aceleradas no ano que vem. “Tivemos alguns acordos para que essas matérias não fossem pautadas nesse ano, mas a partir de fevereiro vamos avançar. E a reforma administrativa é o Estado brasileiro mais leve. Ela será feita para futuros servidores, com salários mais baixos e com 25 niveis de carreira. Vamos premiar quem trabalha melhor”, diz.

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