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Perfil dos candidatos nas eleições mudou: agora são homens negros, casados e com ensino médio

Professor da Uninter explica o que gerou esta mudança e como ela pode contribuir para mudar o perfil dos eleitos

 

O perfil dos candidatos às Eleições Municipais 2020 mudou. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o novo perfil médio consiste em: homem, negro, casado com 46 anos e ensino médio completo. Esta é a primeira vez desde 2014, quando a instituição começou a coletar dados de raça, em que o candidato médio é negro. Nas eleições anteriores, a cor de pele mais comum era a branca.

São mais de 548 mil candidatos registrados para participar das eleições deste ano. Deste total, 49,9% são de pessoas que se declararam pardas ou pretas. Os brancos representam 47,8%, indígenas são 0,4% e outros 0,4% se consideram amarelos. Não há informação de raça de 1,6% dos registros.

“Os dados nos passam um indicativo de mudança no perfil dos aspirantes à elite política representativa no Brasil. Todavia, quando analisamos é possível observar que a mudança é mais atenuada de acordo com o cargo em disputa. Para cargo de prefeito, a grande maioria dos candidatos, 63% são brancos e 35% negros, para vice-prefeitos 59% são brancos e 38% negros. Para vereadores, 46% se autoproclamam brancos contra 50% negros”, comenta Doacir Gonçalves de Quadros, professor do curso de Ciência Política e do mestrado acadêmico em Direito do Centro Universitário Internacional Uninter.

Para o especialista, a mudança do perfil dos candidatos é o primeiro passo para diminuir a discrepância entre o perfil da população e os eleitos, que ainda é muito grande. “A mulher negra representa 28% do total da população, porém, esse percentual não reflete na representação no Congresso Nacional. Negros não passam de 2% do total de parlamentares”, afirma.

Iniciativas como o “Movimento Mulheres Negras Decidem”, que tem como objetivo ampliar o número de candidaturas negras, também estão auxiliando e estimulando mudanças na estrutura partidária. Quadros explica que alguns partidos no Brasil, sobretudo os grandes, não estão abertos para o lançamento de candidaturas negras. “Há uma restrição interna nos partidos. Frente a sub-representação dos negros na política brasileira e ao assassinato brutal da vereadora Marielle Franco, e que se tornou um símbolo da militância do movimento negro no Brasil, se iniciou a partir de 2018, em específico no Rio de Janeiro, o “Movimento Mulheres Negras Decidem” e tornou-se uma moção nacional. Ele promove encontros para formação política e para definição das pautas de defesa do movimento negro no Brasil. Parece-me que esses dados sobre as candidaturas negras nas eleições 2020 refletem um pouco esse momento”, afirma.

Mulheres na política

Apesar das mulheres corresponderem a 52% do eleitorado brasileiro, elas têm uma sub-representação no Congresso Nacional.  Somente 10% do total dos representantes na Câmara dos Deputados são mulheres. No Senado, dos 81 senadores, 13 são mulheres (16%). “Quais as explicações para isto? A falácia que a mulher brasileira ‘não gosta de política’ e a não fiscalização de leis como a 9.504/1997, que determina que 30% das candidaturas devem ser ocupadas pelas mulheres nos partidos. Hoje, ela é facilmente burlada com candidaturas fictícias ou ‘laranjas’”, comenta Quadros.

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