Amazônia: conservação em movimento

O LIRA – Legado Integrado da Região Amazônica – atua nas áreas protegidas de maneira interligada impulsionando uma economia sustentável para o bioma

 

A Amazônia tem importância fundamental na manutenção da estabilidade climática, temperatura e regulação de chuvas. Ela possui a maior biodiversidade do planeta com diversas espécies que também fazem parte da produção de medicamentos e cosméticos, por exemplo. Além de ser moradia de povos indígenas. São esses apenas alguns dos motivos que fazem a conservação e proteção do bioma serem essenciais para a sobrevivência, inclusive, dos seres humanos. A conservação da Amazônia diz respeito a todos.

Segundo Fabiana Prado, bióloga e Gerente de Projetos do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE), “o tema tem sido motivo de debates pelo mundo e líderes políticos de todas as nações estão atentos aos caminhos que serão seguidos para alcançar (ou não) uma estratégia de conservação que possibilite alavancar uma economia sustentável respeitando a floresta, os agricultores locais, comunidades tradicionais e investindo nas cadeias produtivas e é exatamente aí que está a atuação do LIRA”.

O que são cadeias produtivas e como elas podem ajudar a manter a floresta em pé?

Por cadeias produtivas entendem-se uma sequência de ações interligadas que vai desde a extração da matéria-prima, produção, distribuição, comercialização até o consumo de um produto. A Amazônia tem várias dessas cadeias e elas podem ser uma das chaves para a conservação e desenvolvimento do bioma.

A criação das áreas protegidas – as unidades de conservação e as terras indígenas, é uma estratégia significativa para garantir o futuro da Amazônia. E a intenção do LIRA é transformar essas áreas protegidas em um polo de desenvolvimento regional e territorial, por meio de seus ativos naturais e sabedoria ancestral dos povos da floresta, possibilitando uma renda eficiente para a população local e o fortalecimento desses povos.

“No entanto, é preciso gerir essas cadeias de forma eficiente, o que significa cumprir os objetivos de criação das áreas protegidas, manter a conservação da biodiversidade, das culturas e das comunidades locais e tradicionais além de contribuir com serviços ecossistêmicos para minimizar os efeitos das mudanças climáticas. Foi por isso que o IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, idealizou e implementa o Projeto LIRA”, diz a bióloga.

O projeto tem como objetivo ampliar a gestão integrada no território, impulsionando diretamente negócios sócio produtivos vinculados a 12 cadeias de valor da Amazônia: castanha, farinha de mandioca, turismo, açaí, pesca, pirarucu, artesanato, artefatos de madeira, cumaru, cacau silvestre e borracha. Segundo Fabiana Prado, “o potencial de negócios efetivamente sustentáveis é imenso. Cabe a nós saber aproveitá-los”.

Sobre o IPÊ

O IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas é uma organização brasileira sem fins lucrativos que trabalha pela conservação da biodiversidade do país, por meio de ciência, educação e negócios sustentáveis. Fundado em 1992, tem sede em Nazaré Paulista/SP, onde também fica o seu centro de educação, a ESCAS – Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade.

Presente nos biomas Mata Atlântica, Amazônia, Pantanal e Cerrado, o Instituto realiza cerca de 30 projetos ao ano, aplicando o Modelo IPÊ de Conservação, que envolve pesquisa científica, educação ambiental, conservação de habitats, envolvimento comunitário, conservação da paisagem e apoio à construção de políticas públicas. Além de projetos locais, o Instituto também desenvolve trabalhos em diversas regiões, seguindo os temas Áreas Protegidas, Áreas Urbanas e Pesquisa & Desenvolvimento (Capital Natural e Biodiversidade). Para o desenvolvimento dos projetos socioambientais, o IPÊ conta com parceiros de todos os setores e trabalha como articulador em frentes que promovem o engajamento e o fortalecimento mútuo entre organizações socioambientais, iniciativa privada e instituições governamentais. www.ipe.org.br

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