PEQUENOS INVESTIDORES COMEÇAM OLHAR PARA MERCADO DE ARTE
“Seria o mesmo que comprar uma ação de uma empresa que está crescendo. O especialista sabe qual artista está em um momento de ascensão na carreira”, explica Pedro Coelho Afonso |
No Brasil, o mundo da arte passa despercebido como investimento, mas em outros países essa prática é bem comum. Muitos investidores desconhecem as vantagens e desvantagens da arte pela falta de informação. Por mais que não seja tão popular, o mercado de arte movimentou R$ 208 bilhões em todo o mundo no ano passado. Em 2016 a movimentação estimada somente no Brasil foi de R$ 500 milhões.
Também muitos pensam que quem investe em arte precisa ter um poder aquisitivo alto, mas hoje em dia a realidade não é mais essa, já que uma obra de arte pode ser adquirida a partir de 100 reais. A arte contemporânea também ajuda no crescimento de investidores por ser bem abrangente, como por exemplo: gravuras, esculturas, fotografias. Essas vertentes também possuem uma grande gama de artistas. “A regra é que pessoas com grandes fortunas, como banqueiros, investem em obras valiosas. Isso faz parte da diversificação e da proteção patrimonial, pois a arte com alto valor agregado só valoriza. Além disso, é um meio de uma pessoa ter muitos milhões guardados em pouquíssimo espaço. Fazendo um paralelo é o mesmo motivo pelos quais os ciganos sempre carregam ouro no corpo” explica Pedro Coelho Afonso, Economista e proprietário de 3 galerias. Para os interessados que possuem muitas dúvidas sobre como começar a investir neste segmento, Reinaldo Marques, especialista no mercado de arte explica: “O primeiro passo é com informação, creio que seja essa a palavra-chave. Visitar leilões online, os ateliês dos artistas, e entender como funciona o mercado do artista e qual liquidez comercial ele tem. Não há pontos negativos em usufruir o mundo da arte como um investimento. Não se pode dizer que não existe algum tipo de desvantagem, mas eu diria que a arte é um investimento sólido, pois ela é atemporal: não é só o valor do dinheiro, e sim de um trabalho único, exclusivo e original. Tem muito mais coisa envolvida do que simplesmente um investimento financeiro. A arte é um colírio para os olhos”, ressalta. Já Pedro Coelho Afonso considera que a arte é uma das grandes formas de investimento. “O importante é ter um bom assessoramento na compra para que seja possível pegar artistas em ascensão e que, de alguma maneira, tenha boas oportunidades de valorização no médio prazo. Seria o mesmo que comprar uma ação de uma empresa que está crescendo. O especialista sabe qual artista está em um momento de ascensão na carreira. Além disso, a arte é uma forma de diversificação dos ativos”, afirma. Pedro Afonso afirma ainda que: “É importante salientar que comprar artistas muito consagrados pode não ser o melhor neste mercado. O mais importante é apostar em artistas que estão em ascensão ou que tem possibilidade de valorização. Obras de artistas consagrados pode ser uma boa opção apenas em leilões”, finaliza. Sobre – Pedro Coelho Afonso Economista e graduado em relações internacionais Pedro Afonso possui mais de 12 anos de experiência no mercado financeiro, passando por grandes instituições, sempre na área de gestão de investimentos, como o Banco Santander, Rio Bravo e Nest Asset Management. Especialista em investimentos, Pedro Afonso procura mostrar de forma simples todos os produtos disponíveis hoje no mercado financeiro e traçar a melhor estratégia de diversificação para cada perfil de investidor, sempre focando em preservar o seu capital. |