Pandemia de Covid-19 causa mais prejuízos à saúde mental de mulheres do que de homens, mostra Ipsos
Mais da metade das entrevistadas, 59%, relataram ansiedade ou depressão; entre os homens, foram 46%
A pesquisa “Women’s Forum”, realizada pela Ipsos com entrevistados dos países do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido), evidenciou o alto impacto da crise do novo coronavírus no bem-estar feminino. Segundo os resultados do levantamento, as mulheres têm sido mais afetadas por estresse, medo e um sentimento de desamparo do que os homens desde o início da pandemia.
Os participantes da pesquisa – de ambos os gêneros – identificaram, a partir de uma listagem, quais situações estavam vivenciando como consequência da Covid-19. Entre as mulheres, 59% disseram estar com ansiedade, depressão e/ou esgotamento. Já entre os homens, foram 46%. Além disso, 73% das ouvidas afirmaram ter medo do futuro, contra 63% do sexo masculino.
Outra questão constatada pelo estudo foi a carga mental experienciada mais fortemente por mulheres: 46% acreditam estar fazendo mais do que outros por pessoas fragilizadas ao redor. Entre os homens, são 40%. Ademais, 46% das participantes do gênero feminino sentem que ninguém as ajuda; por outro lado, 39% no grupo masculino têm a mesma percepção.
Autoestima das mulheres também é mais afetada
De acordo com a pesquisa, 43% das pessoas do sexo feminino disseram que perderam a confiança em si em decorrência da pandemia de Covid-19. Comparando com os homens, há uma diferença de 10 pontos percentuais: são 33%.
A questão da abdicação ao tempo para autocuidado também foi mencionada. 40% das mulheres afirmaram ter menos tempo para si próprias, contra 34% dos respondentes do gênero masculino. Por fim, 49% das participantes relataram que não conseguem dedicar tempo suficiente para garantir que estão em boa saúde. Entre os homens, são 43%.
A pesquisa on-line foi realizada com 3500 entrevistados – 500 de cada país – Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. Os dados foram colhidos entre os dias 17 e 31 de agosto de 2020.
Sobre a Ipsos
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