Os sintomas do transtorno bipolar são mais difíceis de serem diagnosticados em idosos
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Ambec listou os principais sinais para ajudar a perceber a bipolaridade nos 60+
Em 30 de março é lembrado o Dia Mundial do Transtorno Bipolar, uma iniciativa da Sociedade Internacional para Transtornos Bipolares que tem como objetivo aumentar a conscientização e acessíveis da doença pelo mundo e, dessa forma, eliminar o preconceito social, bem como promover um atendimento humano e clínico. A data foi escolhida, pois é o dia de nascimento do pintor holandês Vicent Van Gogh, postumamente divulgado como provável causador da ocorrência.
De acordo com os últimos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) estima-se que no mundo a doença atinja aproximadamente 5% da população, ou seja, cerca de 140 milhões de pessoas no planeta.
No Brasil, a Associação Brasileira de Transtorno Bipolar (ABTB) estima a existência de aproximadamente 8 milhões de pessoas com a doença no país, sendo considerada uma doença crônica que representa uma das principais causas de incapacitação quando não tratada. “A causa exata do transtorno afetivo bipolar ainda é desconhecida. Entretanto, estudos sugerem que o problema pode estar associado a alterações em certas áreas do cérebro e nos níveis de vários neurotransmissores, como noradrenalina e serotonina”, enfatiza a presidente da Ambec (Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos), Marilisa Moran Garcia.
A Ambec listou os principais sintomas. Confira:
Nos idosos, existe uma certa dificuldade em perceber a doença por parte do paciente e de seus familiares. Ainda que uma família conviva bastante com idosos, muitas mostram-se confusas ao perceber que é realmente causa da doença e que é da sua própria personalidade.
Entre as principais consequências que o transtorno bipolar pode causar no dia a dia do idoso está a tendência para um humor mais irritável, perda de memória e raciocínio lento. Além disso, pessoas que apresentam transtorno bipolar têm maior risco de demência, piorando o quadro de saúde mental do idoso.
Sintomas para identificar o transtorno bipolar no idoso
É importante conhecer os sinais de distúrbio e não confundi-los com as características do idoso. Alguns dos sintomas são:
Sintomas característicos da fase de euforia:
– sensação de extremo bem-estar;
– reforço do pensamento e da fala;
– inovador e hiperatividade;
– diminuição da necessidade de sono;
– aumento de energia;
– diminuição da concentração;
– euforia ou irritabilidade;
– desinibição;
– impulsividade;
– ideias de grandiosidade e sensação de “poder”.
Sintomas característicos da fase de depressão:
– alterações de apetite com perda ou ganho de peso;
– humor deprimido na maior parte dos dias;
– fadiga ou perda de energia;
– apatia, perda de interesse ou prazer;
– pensamentos recorrentes de morte ou suicídio;
– aprimorado ou retardo psicomotor;
– sentimentos de culpa ou inutilidade;
– desânimo e cansaço mental;
– tendência ao isolamento tanto social como familiar;
– ansiedade e irritabilidade.
Dicas para ajudar um idoso com bipolaridade
O idoso apresentado com transtorno bipolar pode ter variações extremas de humor, no qual períodos depressivos podem se alternar com períodos de euforia e transtornos, também chamados de fase de mania. Veja como é possível ajudar:
Dê apoio – Muitos idosos relutam em procurar ajuda por medo do diagnóstico. Procure manter o paciente calmo, além de sempre demonstrar disponibilidade de ajuda.
Comece a considerar os sinais de alerta – alguns episódios podem indicar uma fase de mania ou de depressão. O reconhecimento precoce pode facilitar ajustes no tratamento, evitando desequilíbrios maiores. Alguns sinais como dormir um pouco ou falar muito rápido podem servir de alerta para um período de euforia. Já a depressão pode se manifestar como uma leve tristeza, cansaço ou mesmo dificuldade para dormir.
Identificar os gatilhos – Algumas ocorrências podem desencadear ou piorar os sintomas das crises bipolares, como estresse, mudança na rotina, sono prejudicado, consumo de álcool. Caso você já saiba os gatilhos, ajude o idoso a evitar possíveis situações.
Converse – Uma comunicação simples, aberta e honesta é necessária para ajudar o idoso a lidar com a bipolaridade. Ouça-o, procure não julgar e nem criticar seus comportamentos. Uma terapia familiar também pode ajudar no tratamento.
Faça estratégias de enfrentamento – Nos períodos em que o idoso estiver estável para conversar, fale sobre a formação para manejar os sintomas da doença. Por exemplo: estabeleça uma rotina ou regras para os períodos de mania. Isso ajuda na prevenção de situações de risco.
Tenha calma – Nos momentos de crise, os pacientes podem apresentar comportamentos mais agressivos e hostis. Procure manter a calma da comunicação e das ações. Evite entrar em discussões ou situações de conflito.
Cuide de si mesmo – Cuidadores, familiares e responsáveis tendem muitas vezes a se sentirem sobrecarregados e com estresse emocional devido à situação com a doença do paciente. É muito importante cuidar de si mesmo para evitar possíveis depressão e outros problemas de saúde.
Sobre a AMBEC
Fundada em 2006, a AMBEC – Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos – é uma instituição sem fins lucrativos formada por aposentados e pensionistas do INSS. A associação conta com mais de 60 mil filiados, que atendem em todo o território nacional por meio dos canais digitais, que incluem site e redes sociais, além de central de relacionamento exclusiva com profissionais para atender às demandas. Em 17 anos, a AMBEC vem cumprindo um importante papel representativo na defesa dos interesses de aposentados, pensionistas e da população 60+ brasileira, oferecendo o apoio necessário e promovendo ações de responsabilidade social. Além disso, a associação oferece orientação jurídica e benefícios nas áreas de saúde, odontologia, seguros e assistências e promove regularmente eventos educativos e de prevenção de doenças em campanhas nacionais, com atendimento gratuito à comunidade em diversas regiões do país.
Saiba mais em: https://www.ambec.org/
