Personalize as preferências de consentimento

Utilizamos cookies para ajudá-lo a navegar com eficiência e executar determinadas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies em cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies categorizados como “Necessários” são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para ativar as funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

Não há cookies para exibir.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

Não há cookies para exibir.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

Não há cookies para exibir.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

Não há cookies para exibir.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

Não há cookies para exibir.

Nota da ABES sobre a derrubada dos vetos e as últimas licitações de concessões

Na semana que antecede a votação dos vetos do sr. Presidente da República à Lei 14.026, que altera o marco regulatório do setor de saneamento, a ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental volta a se manifestar para alertar sobre a importância de que os vetos sejam derrubados pelo Congresso Nacional, para evitar que uma transição radical e açodada leve à desorganização do setor e a retrocessos na prestação de serviços à população brasileira.

Nos últimos dias a realização de leilões de concessão e de PPPs, particularmente a licitação de concessão de serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário da Região Metropolitana de Maceió, tem trazido sérias preocupações aos profissionais de saneamento do país.

Uma primeira preocupação refere-se à qualidade das modelagens que embasam os processos. A licitação de modelagens por intermédio de pregões tem resultado em contratações com descontos escandalosamente altos, usualmente acima de 50%, inexequíveis para o cumprimento dos termos de referência propostos. A brutal redução de valor leva à virtual eliminação de serviços de engenharia com o grau de detalhe que seria necessário. A ausência de estudos de engenharia de qualidade e profundidade significa licitar-se sem o conhecimento adequado dos sistemas, o que aumenta os riscos e contraria o interesse público. Sem falar no risco adicional de estudos contratados por valores irreais poderem vir a ser capturados por interessados nos futuros leilões.

Outro problema, já insistentemente alertado, são modelagens que segregam áreas mais rentáveis e deixam em segundo plano outras, com sistemas de menor porte. Gera-se um elevado risco de acontecer o que já se experimentou no país, municípios menos rentáveis restarem a cargo do poder público, na dependência de escassos recursos fiscais.

Ainda mais grave são processos licitatórios que drenam recursos para fora do setor, que, deficitário, necessita que esses sejam retidos, para a ampliação do atendimento e busca da universalização da prestação de serviços. O resultado da licitação de Maceió, com uma vultosa outorga, que se explica pelas extremamente elevadas tarifas praticadas, provoca alarme nos profissionais do saneamento. Todos os recursos gerados deveriam obrigatoriamente permanecer no setor, o que também tem que ser aplicado a eventuais alienações de propriedade de empresas estatais, que a nova lei permite. O setor de saneamento não pode ser tratado como fonte de recursos para resolver déficits fiscais.

 É importante ainda alertar que o resultado de um processo licitatório de concessão ou de PPP não significa que os objetivos pretendidos serão alcançados. É preciso evitar que propostas inexequíveis prevaleçam, o que levará a futuras renegociações, ou a impasses na execução dos contratos. O quanto menos embasadas tecnicamente sejam as contratações, mais será exigido do contratante na fiscalização e da regulação da prestação dos serviços. Contratação e regulação eficientes exigem preparo, e que os processos resultem de políticas públicas claras, particularmente na definição de como serão atendidos os que mais necessitam, os segmentos mais vulneráveis da população, moradores de áreas irregulares, de pequenas comunidades e de áreas rurais.

 Após várias protelações, anuncia-se a votação dos vetos presidenciais para os próximos dias. A ABES reitera a importância de os senhores Congressistas manterem os acordos políticos firmados com a participação dos Governadores Estaduais, e rejeitarem os vetos, para permitir que uma transição ordenada e planejada possa ocorrer, buscando evitar os erros e distorções que a opção por mudanças bruscas e sem base técnica poderá trazer. Reiteramos que a adoção de soluções radicais trará enormes riscos de desorganização, impasses judiciais e retrocessos.

Pelo primado do interesse público e prioridade à busca da universalização da prestação de serviços de saneamento, a ABES chama à mobilização para a rejeição dos vetos à Lei 14.026/20.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.