Mercado de Seguros: Lucro e evolução em 2020

Conforme a Susep, de janeiro a dezembro, os gastos comerciais somaram pouco menos de R$ 30,2 bilhões. Em 2019, esses valores chegaram a R$ 29 bilhões.

 

Apesar do baixo desempenho, como um todo, da economia brasileira em 2020, devido à Covid-19, o mercado de seguros surpreendeu a todas as análises feitas ainda no primeiro semestre, e finalizou o ano passado com lucro e demonstrou uma interessante evolução no exercício, o que oferece uma excelente perspectiva de crescimento nesse ano que se inicia.

A avaliação faz parte dos estudos que estão sendo finalizados das mais importantes entidades do setor, como Fenacor (Federação dos Corretores de Seguros), CSEG (Confederação Nacional das Empresas Privadas de Seguros), bem como de renomados especialistas da área, além da própria Susep (Superintendência de Seguros Privados). Os dados mostram, ainda, um expressivo crescimento em 2020 na área comercial, o que indica melhoria no atendimento ao segurado.

Mais comissões

Dados oficiais da Susep – Superintendência de Seguros Privados – órgão do Governo Federal, indicam que o valor direcionado para o pagamento de comissões de corretagem, campanhas e outras ações comerciais por seguradoras e demais empresas do mercado deu um salto de aproximadamente R$ 1,1 bilhão em 2020, o ano marcado pela pandemia, em comparação ao exercício anterior.

Conforme a Susep, de janeiro a dezembro, os gastos comerciais somaram pouco menos de R$ 30,2 bilhões. Em 2019, esses valores chegaram a R$ 29 bilhões. O valor mensal mais elevado foi registrado em dezembro, ficando pouco acima de R$ 2,6 bilhões. Esse foi também a maior soma apurada em um único mês nos últimos dois anos.

Outro fator muito interessante para o esperado desempenho do setor para o ano 2021, são os números que mostram que no segundo semestre de 2020, em plena onda da pandemia, as empresas do setor investiram forte na área comercial. Os gastos atingiram R$ 15,3 bilhões no auge do vírus, 2% a mais do que no mesmo período em 2019.

Otimismo

O Presidente da Confederação Nacional da Empresas de Seguros – CONSEG – Márcio Coriolano, vê com otimismo o quadro atual dos negócios de seguros no mundo e em especial no Brasil, no ano em curso. Em artigo divulgado no Portal da entidade, ressalta que “em 2020, a pandemia da Covid-19 poderia ter deixado em segundo plano essa questão (O MEIO AMBIENTE). No entanto, ocorreu o contrário. A crise sanitária global tornou ainda mais evidente a necessidade de valorizar a sustentabilidade ambiental e a social de médio e longo prazos. Não apenas porque evidenciou a enorme desigualdade no acesso à prevenção e ao tratamento da saúde, mas também porque mostrou como a desaceleração de alguns setores de atividade poluente foi benéfica para o meio ambiente. A crescente consciência da sociedade global sobre os riscos associados às mudanças climáticas fortaleceu-se ainda mais. Nas empresas, essa é uma preocupação que vem à frente dos demais desafios desta segunda década do século XXI”.

Conforme o dirigente da CNSEG, “a sustentabilidade é um conceito que se firmou como único caminho para fazer frente não apenas às mudanças climáticas, mas também aos desafios econômicos e sociais que se multiplicam pelo mundo. Para o setor segurador, no entanto, a sustentabilidade sempre foi um pilar insubstituível. Por sua própria natureza, o seguro deve, obrigatoriamente, atender ao presente sem comprometer o futuro. Por esse motivo, a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) vem reafirmar que as empresas do setor estão credenciadas a dar sua colaboração para que o Brasil faça com sucesso a transição para uma sociedade sustentável”.

Economista Francisco Galiza

Previsão

O economista Francisco Galiza, Especialista renomado mundialmente do mercado de seguros, fazendo um balanço dos últimos 7 anos do setor no Brasil (PORTAL SEGS), ele que há anos estuda e apresenta as estatísticas do setor, também tem opinião positiva para o ano em curso. Segundo ele, “ao concluir os dados de 2020”. E acrescenta:

De 2013 a 2015, o lucro das empresas cresceu. Ainda reflexo de anos de crescimento econômico e taxas de juros mais elevadas.· Em 2016 e 2017, o setor sentiu a queda de atividade econômica. Os juros também começaram a cair. Em consequência, a margem de lucro das seguradoras diminuiu. Em 2018 e 2019, apesar de juros mais baixos, a recuperação econômica (mesmo que ainda pequena) faz com que o lucro volte a se recuperar.

Em 2020, a pandemia é o principal responsável para a queda dos lucros, como, por exemplo, resultado da diminuição da receita das seguradoras em alguns ramos. Para 2021, a previsão é de recuperação, tanto de receita, como de margem de lucro. Os números do setor de seguros devem acompanhar a recuperação econômica do país”, conclui.

 

 

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