Leitura para vestibular e Enem: sempre é tempo de começar

Educador dá dicas de como investir na leitura para garantir bom desempenho nas provas e o que deve ser priorizado nessa fase de preparação

Se a redação é um tema que costuma tirar o sono de estudantes que tentam uma vaga em universidades, a literatura também preocupa quem está prestes a prestar algum vestibular ou o Enem. Isso porque a maioria dos concursos vestibulares cobra dos estudantes a leitura de uma lista de obras obrigatórias, assim como o Enem inclui questões que também exigem esse tipo de leitura. É certo que conhecer as principais obras dos escritores brasileiros traz para os jovens inúmeras vantagens, como a descoberta de histórias incríveis, aumento de repertório, bem como enriquecimento de vocabulário e da prática escrita.

De acordo com o gerente editorial do Sistema Positivo de Ensino, Júlio Rocker Neto, a leitura de obras literárias deve fazer parte da formação de todo aluno. “Se o estudante não se formar como leitor ao longo da sua história escolar, o sucesso nas questões que abordam tais obras será mais difícil”, afirma Rocker. O educador alerta que deixar de ler um ou outro livro pode prejudicar o resultado dos exames. “É muito comum que exames não cobrem todas as obras ou, então, se cobrarem, podem fazer relações entre elas. Por isso, é bem recomendável ler todas as obras indicadas ou, no caso do Enem, conhecer as obras mais representativas de cada autor ou estilo literário”, reforça.

E para aqueles que ainda não começaram a colocar essa leitura em dia, a orientação é investir todo o tempo possível em ler tudo o que o estudante conseguir. “Sempre é tempo de começar, e a melhor receita é ler, ler e ler. Insistir na leitura. Um texto às vezes complexo no início pode trazer grandes surpresas se o leitor superar esse momento inicial”, aconselha. Outra dica de Rocker é buscar referências de outras linguagens como filme da obra e análise de críticos. “Mas isso serve apenas para motivar ou orientar a leitura. Nada substitui a leitura da obra em si, o que vai dar grande vantagem competitiva no momento da prova”, explica. E para aqueles que consideram a leitura uma prática solitária, Rocker sugere: “experimente criar com os colegas um clube da leitura. Compartilhe conhecimentos e experiências de leitura. O resultado pode ser surpreendente”, garante.

De acordo com Rocker, em geral, as questões das provas não cobram elementos pontuais e específicos, mas sim o conhecimento do enredo, dos personagens, do papel e da importância do narrador, dos elementos constitutivos do gênero textual da obra. No caso específico do Enem, por não existir uma lista de livros determinada, é preciso estar atento às obras que mais aparecem ao longo dos anos de prova. Para ajudar estudantes que não sabem por onde começar, baseado no histórico dos últimos anos de provas, Rocker aponta os estilos literários que não podem ser deixados de lado.

Realismo/Romantismo – “O nome aqui é Machado de Assis. Uma prova de literatura brasileira que se preze não pode deixar de lado o autor. No mínimo uma questão traz uma das obras dele. Aluísio de Azevedo e Álvares de Azevedo apareceram menos nos últimos anos, mas não devem ser esquecidos”.

Simbolismo e Pré-Modernismo – “Aqui, é preciso ficar atento em especial às obras do poeta Cruz e Sousa, mas também de Cecília Meireles e Augusto dos Anjos”.

Modernismo – “Esse é o queridinho do Enem, em especial autores como Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Oswald de Andrade e Clarice Lispector. Destaque às obras de arte do Modernismo (especialmente de Anita Malfatti e Tarsila do Amaral) e também à Semana de Arte Moderna de 1922”.

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