IPCA pode definir início de cortes na Selic

A leitura deve incorporar o alívio proporcionado pela queda nos preços dos combustíveis e espera-se que reforce as expectativas de uma inflação mais baixa, impulsionando ainda mais as apostas de antecipação do corte da taxa básica de juros, a Selic.

A divulgação do IPCA de maio será um importante indicador para analisar a tendência atual da inflação e suas possíveis repercussões na política monetária do país.

No relatório Focus desta segunda-feira, a projeção da Selic para 2023 foi mantida em 12,5%.

No cenário internacional, teremos uma agenda de indicadores relativamente tranquila. Na Europa e nos Estados Unidos, serão divulgados os índices de gerentes de compra (PMI) do setor de serviços. Na China, teremos os dados da balança comercial e da inflação ao consumidor.

Além disso, os principais países da América Latina irão divulgar seus índices de inflação ao consumidor referentes ao mês de maio. Essas publicações serão importantes para avaliar o desempenho dessas economias e o comportamento da inflação em cada região.

O grande destaque desta segunda-feira ficou por conta do Petróleo: A Arábia Saudita anunciou uma redução unilateral de 1 milhão de barris por dia em sua produção de petróleo, numa tentativa de evitar uma maior queda nos preços internacionais do combustível fóssil.

Apesar dos cortes anteriores realizados pelos membros da OPEP+ terem falhado em impulsionar os preços, a decisão da Arábia Saudita, como o principal produtor do grupo, veio após negociações com os países-membros em Viena, na Áustria, no domingo (4).

Essa medida reflete a preocupação dos sauditas com uma possível queda acentuada nos preços, num momento de incerteza em relação à demanda. Enquanto isso, os demais integrantes da OPEP+ concordaram em estender os cortes anteriores até o final de 2024, mantendo a meta de produção do grupo. (Central do investidor)