Inteligência artificial será “gangorra” da competitividade entre seguradoras nos próximos anos
O uso de Inteligência Artificial no mercado de seguros está próximo da realidade brasileira. A partir dessa adesão, os principais players do setor tendem a ganhar eficiência e se adequarem melhor para entregar serviços de maior qualidade aos seus consumidores finais. Esta capacidade também fará com que produtos inovadores sejam desenvolvidos e tragam vantagens competitivas às empresas.
De acordo com a pesquisa feita pela TCS Global Trend Study, os principais motivos para a adoção da inteligência artificial por seguradoras e corretoras de seguros são dados mais confiáveis e eficientes, mais segurança, evitando ataques cibernéticos e aprendizado contínuo.
Para Alberto Vargas, especialista em administração de empresas pela Universidade de Warwick (Inglaterra), esse avanço agrega valor, além de contribuir para o crescimento das seguradoras. “Quando nós digitalizamos os processos e usamos inteligência artificial, nós trazemos eficiência para o trabalho, inteligência para os negócios e precisão na tomada de decisões. Isso é de extrema importância”, explica.
O uso dessas tecnologias também pode gerar novos insights que levam a reduções de custos para as seguradoras. Essa competência se destaca como uma vantagem de inovação em produtos econômicos como diferenciação chave para as empresas do segmento.
A mudança já está entre os usuários de seguros e, para Alberto Vargas, é evidente que a inteligência artificial já começou a criar impactos tangíveis. “Quando nós olhamos além do setor de seguros, nós entendemos a magnitude real da IA que ainda está por vir. Essa tecnologia tem o potencial de redefinir fundamentalmente o setor em todos os níveis, desafiando as estruturas de custo tradicionais, permitindo novos relacionamentos com clientes finais e muito mais”, comenta.
Os impactos para o cliente final
O uso de processos robóticos deve automatizar determinadas tarefas e processos que possibilitará os funcionários a gastarem menos tempo em trabalhos de maior valor.
Para o cliente final, toda a automatização servirá para oferecer seguros diversificados e personalizados, além de mais rapidez e um custo menor.
Dentre alguns processos, Alberto explica que apesar de grandes benefícios ao consumidor final, é preciso entender alguns pontos chaves antes de iniciar o uso de IA, sendo eles:
- É crucial para as empresas determinar o tipo, a quantidade e a qualidade dos dados disponíveis;
- As instituições precisam começar pequeno. Não é preciso exagerar e começar a selecionar os casos de uso mais complexos na tentativa de obter o máximo de valor possível;
- Não tenha medo do fracasso, os projetos de IA podem ser desafiadores e a inovação contribui para a aprendizagem organizacional;
- É preciso sugerir medidas de prevenção de riscos com base em dados internos da empresa, públicos, dados do cliente e de terceiros para aumentar a segurança do cliente.
Toda a análise realizada por meio da inteligência artificial permitirá que as seguradoras sejam mais competitivas e, assim, avaliar com precisão sua lucratividade atual, prever vendas, produtos e preços futuros. Além disso, a implementação de estratégias com a IA no centro do negócio permitirá uma fidelização maior dos clientes após o uso dos serviços.
Sobre Alberto Vargas
Jorge Alberto Vargas é formado em Master Business Administration pela Universidade de Warwick na Inglaterra. Possui experiência em gerência de finanças, planejamento, contabilidade, compliance e no desenvolvimento de equipes de alta performance. Já ajudou diversas empresas de diferentes tamanhos a atingir objetivos de inovação, custos e crescimento. Antes de morar no Brasil, trabalhou em mercados do México, Colômbia, Venezuela e Peru, sempre buscando entender a necessidade das empresas e a realidade econômica de cada país.