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IA nas escolas: aliada ou ameaça ao pensamento crítico?

Celso Hartmann*

O uso da inteligência artificial nas escolas não é uma questão de futuro, mas de presente. Como disse Marshall McLuhan: “Nós moldamos nossas ferramentas e, em seguida, nossas ferramentas nos moldam”. A IA já se infiltrou no aprendizado, elevando a educação a um novo patamar. No entanto, corremos o risco de formar  uma geração que apenas aperta botões e replica respostas, sem questionar e sem pensar.

A revolução digital deve servir como meio, jamais como fim em si mesma. Para crianças e adolescentes, há a tentação de recorrer à IA de maneira simplista, copiando e colando respostas sem realmente refletir sobre o que estão aprendendo. O filósofo Michel Foucault nos ensinou que conhecimento é poder. Se a IA se torna a única fonte de conhecimento dos estudantes, estamos delegando esse poder a algoritmos cujos processos e vieses nem sempre compreendemos. É tentador entregar tarefas à  máquina, mas, como alerta Sêneca: “Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir”. Se a educação se curva à mecanização, os alunos deixam de ser protagonistas do próprio aprendizado.

A IA é uma ferramenta valiosa para os estudos, mas o conhecimento construído ao longo da jornada escolar é essencial para que os estudantes desenvolvam pensamento críticos, questionem os conteúdos gerados e proponham melhorias.

Além disso, é fundamental estabelecer limites éticos para o uso da IA, ensinando desde cedo a importância de citar fontes, respeitar direitos autorais e utilizar conteúdos de forma adequada. Cabe à escola orientar os alunos para que façam um uso responsável e produtivo dessas tecnologias.

A IA não deve ser vista como um oráculo infalível, mas como um espelho que reflete nossas capacidades e limites. É o professor, e não a tecnologia, quem deve guiar essa jornada. A dependência cega ameaça a curiosidade, o erro como ferramenta pedagógica e a reflexão que transforma informação em sabedoria.

A tecnologia é um farol poderoso, mas não substitui a luz interna que cada estudante deve cultivar. A IA deve ser usada com responsabilidade e consciência crítica, e não como um atalho para evitar o esforço intelectual. O verdadeiro aprendizado se constrói na interseção entre a dúvida e a descoberta, entre a teoria e a prática.

Se Aristóteles afirmava que “a educação tem raízes amargas, mas seus frutos são doces”, cabe às escolas garantir que os alunos não apenas colham frutos fáceis, mas aprendam a cultivá-los. A IA pode ser uma aliada poderosa, desde que utilizada com sabedoria e responsabilidade. Em vez de sermos reféns da tecnologia, devemos utilizá-la para expandir nossas capacidades, sempre lembrando que pensar é o ato mais revolucionário que um ser humano pode exercer.

*Celso Hartmann é diretor executivo dos colégios da Rede Positivo.

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