Empresário carioca destaca a resiliência do setor empresarial do Rio de Janeiro

Em visita a Fortaleza, o presidente do Conselho Superior da Associação Comercial do Estado do Rio de Janeiro, Ruy Barreto Filho, se reuniu com o presidente da Associação Comercial do Ceará (ACC), João Porto Guimarães, para tratativas em face dos desafios e oportunidades da Economia brasileira, no âmbito regional e nacional. econômicas. Durante entrevista exclusiva ao Jornal do Comércio do Ceará (JCCE), Ruy Barreto destacou a resiliência do empresariado carioca diante das dificuldades econômicas, com ênfase no esforço de recuperação do setor de turismo, essencial para a economia do Rio de Janeiro.

 

JCCE – Como a Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) tem trabalhado para apoiar as empresas locais diante dos desafios econômicos recentes, como a inflação e a alta dos juros?
Ruy Barreto – A Associação Comercial do Rio de Janeiro tem 25 conselhos empresariais. Esses Conselhos trabalham uma pauta que serve de ajuda para algum caso, por exemplo, uma política que a área pública tem que adotar em benefício do empresariado. Nesses casos, a Associação Comercial faz todo um trabalho de advocase entre o poder público e o poder privado e, facilitando o relacionamento entre ambos. Um exemplo da participação da ACRJ como agente interativo se deu no centro da cidade, que estava completamente abandonado, e hoje está voltando à normalidade. A ACRJ, a Prefeitura e demais entidades e instituições cariocas, conseguiram retirar grande parte dos camelôs que atuavam informalmente no comércio do centro da cidade, trazendo enorme benefício aos comerciantes estabelecidos e uma nova vida para região.

JCCE – Quais setores da economia do Rio de Janeiro têm mostrado maior resiliência e crescimento, e quais estão enfrentando mais dificuldades?
Ruy Barreto – O setor que tem mais crescido é o setor de serviços. A cidade do Rio de Janeiro, desde quando deixou de ser a Capital brasileira, se tornou uma grande prestadora de serviços. Uma das conquistas mais relevantes que a cidade vai ter de volta é a reabertura da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, que vai poder contribuir sobremodo para a cidade ter mais resiliência – mais até do que ela já possui nos dias atuais. Para a reinstalação da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, aguardamos apenas a implementação das medidas já aprovadas para quebrar o monopólio da B3, em São Paulo. A reabertura da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, obviamente, vai trazer novos ares, novos desafios que vão levar a cidade a crescer e enfrentar novos desafios.

JCCE – O que a ACRJ considera essencial para atrair novos investimentos e impulsionar o desenvolvimento econômico sustentável no Rio de Janeiro?
Ruy Barreto – Em primeiro lugar é a segurança jurídica. O atual prefeito Eduardo Paes conseguiu de uma forma muito competente trazer de volta a credibilidade da segurança jurídica para que as empresas pudessem participar de outras concorrências, assim como o governador Cláudio Castro conseguiu no caso da CEDAI, ao promover uma das maiores privatizações realizadas no Brasil. Isso faz com que o Estado do Rio de Janeiro volte a recuperar seu protagonismo dentro da Federação, pois é a 2ª economia do país.

JCCE – Como a Associação tem atuado para promover essas pautas?
Ruy Barreto – A ACRJ tem sido um dos palcos mais concorridos aonde se reúnem as lideranças para discutir esses problemas. Recentemente, a Associação Comercial do Rio de Janeiro realizou, nos dias 4, 5 e 6 de setembro, o II Fórum de Empreendedorismo da Cidade do Rio de Janeiro, sendo convidado o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e o ex-governador de Espirito Santo, Paulo Hartung, além das lideranças políticas e empresariais nas áreas de segurança, cultura e da indústria. No encerramento, conseguimos redigir uma Carta aberta que no final do ano será entregue ao novo prefeito ou ao prefeito reeleito, com os compromissos desenhados para a cidade do Rio de Janeiro pelo grupo de lideranças empresariais formado pela Firjan, Sebrae, Associação Comercial e outras mais.

JCCE – Qual é a sua visão sobre a integração da economia carioca com o setor de turismo, especialmente considerando os impactos da pandemia e a recuperação pós-crise?
Ruy Barreto – Toda e qualquer cidade, município, estado ou nação que vive do turismo, na época da pandemia, passou por grandes dificuldades. No Rio de Janeiro não foi diferente. Mas, depois desse período de pandemia, de um tempo pra cá vem recuperando os índices pré-pandemia, tanto na hotelaria quanto nos eventos. Não é todo mundo que sabe que a Prefeitura ajudou no evento da Madona. E fez muito bem, pois reuniu no Rio de Janeiro mais de um milhão de pessoas. A cidade já se colocou à prova e se tornou a Capital dos Grandes Eventos da nação: Olimpíadas, Copa do Mundo, e, anualmente, Rock in Rio, carnaval e réveillon, com a presença de dois milhões de pessoas na praia de Copacabana sem nenhum incidente. É quase um milagre. Estamos conseguindo atingir os nossos objetivos. O prefeito e o governador do Rio de Janeiro fizeram muito bem em ter transferido diversos voos do Aeroporto Santos Dumont para o Aeroporto do Galeão e recuperando os índices pré-pandemia. Mais uma vez o turismo está voltando com força e a galope.

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