Empreendedorismo fará parte do Ensino Médio
Em escolas brasileiras, disciplina desenvolvida pela Mind Makers já é aplicada a mais de dois mil alunos de 15 a 17 anos
O Novo Ensino Médio terá formação mais voltada para o empreendedorismo, a investigação científica, os processos criativos e a mediação e intervenção sociocultural. Estes são os eixos que vão orientar os chamados itinerários formativos, ou seja, as atividades que os estudantes poderão escolher. O modelo deverá ser implementado nas escolas públicas e privadas do país até 2021.
Os eixos que servirão de referência para a estruturação dos itinerários formativos estão em portaria publicada nesta sexta-feira (5) pelo Ministério da Educação (MEC). A publicação oficial foi feita nesta segunda-feira (8).
Para Dudu Obregon, autor da disciplina LIGA – Empreendedorismo Criativo ofertada pela Mind Makers, o ensino de empreendedorismo representa um passo importante com o contexto de ensino atual e as exigências do mercado de trabalho. “Criatividade, interesse e autonomia são competências importantes a serem desenvolvidas ainda na escola. As aulas de empreendedorismo despertam esse lado inventivo e contribuem para uma formação mais completa dos estudantes”, explica.
Pioneira na implantação do Pensamento Computacional em escolas de todo o Brasil, a Mind Makers passou a oferecer em 2018 a disciplina Empreendedorismo Criativo para estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental II ao 3º ano do Ensino Médio com objetivo de expandir o aprendizado escolar. O projeto já é aplicado a cerca de dois mil estudantes no país.
“Só aprendemos a empreender empreendendo, por isso o contato com dinâmicas e projetos reais no Ensino Médio auxilia na construção do pensamento crítico, capaz de solucionar problemas, desenvolver projetos e de aprimorar ideias”. Nesse contexto, é válido ressaltar que o empreendedorismo é uma habilidade que pode potencializar vários aspectos da vida, não se restringindo ao contexto profissional e acadêmico.
Segundo Obregon, empreender não significa que precisamos necessariamente abrir uma empresa. “Se você desenvolve um projeto social, você está empreendendo. Organizar uma festa surpresa também é empreendedorismo”. A ideia é que os estudantes pensem e adotem soluções para problemas reais da humanidade no século XXI. “As aulas funcionam como um programa preparatório, incentivando na formação de ‘resolvedores de problemas’”, aponta.
Ele reforça a importância do estudante trabalhar com atividades verdadeiras e coerentes para o mundo: “Nós incentivamos que os alunos elaborem projetos que estejam calcados nos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU”. O foco é criar a consciência de cidadania e lembrá-los de que suas ideias podem colaborar para mudanças significativas na sociedade. O aprendizado é feito a partir desses projetos e conceitos de Startup e Design Thinking.
Assim, o professor também ressignifica seu papel em sala de aula e se torna um mentor e facilitador para cada um dos projetos desenvolvidos pelos grupos. Obregon relembra alguns: “Um dos grupos decidiu aplicar games e jogos nos livros de leitura obrigatória da escola para ajudar nos estudos. Outros estudantes estão criando uma rádio para facilitar a comunicação da escola. As meninas de um colégio escreveram post its com elogios umas às outras para exercitar a sororidade e a empatia”, finaliza.
As aulas de empreendedorismo criativo, conclui, não só despertam o ‘espírito empreendedor’ como incentivam os alunos a atuarem como agentes da mudança, impactando positivamente na comunidade escolar e na sociedade como um todo.
Sobre a Mind Makers (www.mindmakers.cc) – A Mind Makers é uma editora educacional que desenvolve disciplinas inovadoras para a Educação Básica. É pioneira na implantação do Pensamento Computacional e Empreendedorismo Criativo nas escolas do Brasil, para que crianças e jovens possam desenvolver habilidades indispensáveis para o futuro mercado de trabalho.