Dragão do Mar celebra centenário de Nice Firmeza com exibição de documentário e conversa ao vivo na próxima segunda-feira (19)

Com exibição de vídeo do documentarista Tibico Brasil e com conversa ao vivo com os curadores Bené Fonteles e Patrícia Veloso, o Museu da Cultura Cearense realiza programação em homenagem à vida e à obra da artista cearense.

Para celebrar a história e o legado da multiartista cearense Nice Firmeza, que completaria 100 anos neste domingo (18), o Museu da Cultura Cearense, equipamento do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, complexo cultural da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar, promoverá um encontro virtual na próxima segunda (19), a partir das 16h, no YouTube do Dragão (youtube.com/dragaodomarcentro). Após a exibição do documentário “NicEstrigas – Arte e Afeto”, trabalho do fotógrafo e documentarista Tibico Brasil, os curadores e pesquisadores Patrícia Veloso e Bené Fonteles, que em 2013 lançaram a exposição homônima no MCC, com obras de Nice e Estrigas, relatam os laços de afeto e convivência com Nice, além de comentar a vasta produção que inspirou a montagem da mostra e a publicação organizada por Fonteles, lançada em 2014 pela Editora Terra do Sol. A conversa será mediada por Valéria Laena, assessora do MCC.

Na produção audiovisual, com roteiro de Sergio Roberto Costa, Brasil, que assina a fotografia e a direção, apresenta um retrato do casal de artistas visuais cearenses e seu casamento afetuoso com a arte e com a natureza, material que reúne ainda depoimentos de Nice e Estrigas, colhidos entre 2012 e 2013.

No bate-papo com Bené Fonteles e Patrícia Veloso, os pesquisadores destacam as produções individuais de Nice, seus bordados, suas pinturas e culinárias, bem como a relação que ela e o esposo, Nilo Firmeza, mais conhecido como Estrigas, desenvolveram com a arte e a cidade.

Ao longo do mês de julho, o MCC trará ainda no seu perfil no Instagram (@mcc_dragaodomar) conteúdos relacionados às receitas criativas de Nice Firmeza, que integram as pesquisas realizadas pelo Comida Ceará, projeto do MCC que há 10 anos busca mapear e registrar a dinâmica alimentar cearense, com seus diferentes modos de preparo, práticas alimentares, a pluralidade de comidas, seus sentidos e trocas.

Sobre os participantes da live

Patricia Veloso

Mestra em Administração de Empresas pela Universidade de Fortaleza (Unifor), é também mestra pelo Programa de Pós Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Ceará. Atua como produtora cultural, curadora e editora, desde 1985. Fundou e administra as empresas Terra da Luz Editorial e Imagem Brasil Galeria e Fotoarquivo direcionadas ao desenvolvimento de projetos que valorizam a cultura visual como proposta editorial e de atividades de circulação e difusão das linguagens artísticas.

 

Bené Fonteles

Com uma longa e consolidada trajetória artística nas artes plásticas, música e poesia, Bené tem álbuns e livros publicados e obras expostas em acervos dos museus de arte moderna de São Paulo, Rio, Nova Iorque, Paris e Bahia, além de ter participado de cinco Bienais Internacionais de São Paulo e diversas mostras individuais e coletivas ligadas à arte postal e a pesquisas de novas expressões artísticas. A militância ecológica é um traço marcante em sua obra, sendo criador do “Movimento Artista pela Natureza”, que desde 1986 promove a consciência ecológica e da educação ambiental por meio da arte. Grande parte do seu trabalho dialoga com as estéticas e poéticas das culturas indígenas. Atualmente, está trabalhando na finalização do livro “Antes Arte: ConsCiência, Espiritualidade, Transcendência…”, que celebra seus 50 anos de trajetória como artista e escritor, com previsão de lançamento no segundo semestre de 2021.

Valéria Laena
Historiadora com Especialização pela UFC, pesquisadora com investigações relacionadas a bens culturais materiais e imateriais no Ceará para geração de produtos culturais como exposições, documentários e publicações. Assessora do MCC/CDMAC

Sobre a homenageada 

Nascida em Aracati, cidade do interior do Ceará, Maria de Castro Osório, mais conhecida pelo nome artístico Nice Firmeza, foi uma pintora, bordadeira, escritora, arte educadora e doceira que renovou e projetou as artes plásticas cearenses nas décadas de 40 e 50. O reconhecimento à sua relevância artística rendeu a ela a nomeação como Mestra da Cultura e, em vida, o título de Tesouro Vivo do Ceará. Foi na Sociedade Cearense de Artes Plásticas (SCAP) que Nice conheceu Nilo Firmeza, o Estrigas, com quem dividiu mais de meio século de parceria no amor e na arte. A trajetória do par dedicada às artes rendeu a criação do Minimuseu Firmeza, localizado no Mondubim, que foi ateliê e residência do casal, transformado em espaço cultural, artístico e ecológico pelos próprios artistas, em 1969 e que hoje abriga um acervo composto por mais de 500 obras, distribuídas em três salas de exposição.

Serviço: Exibição do documentário “NicEstrigas— Arte e Afeto”, de Tibico Brasil, e live “Nice faz Arte”, com Bené Fonteles e Patrícia Veloso
Data: 19 de julho de 2021 (segunda-feira)

Horário: 16h
Exibição: Canal do Dragão do Mar no YouTube

Duração: 60 minutos

Acesso livre e gratuito

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