Crianças acamadas e com restrição ao leite têm maior risco para o raquitismo

28 de fevereiro é o Dia Mundial das Doenças Raras

“Uma criança acamada durante muito tempo e restrita à exposição solar pode desenvolver raquitismo por deficiência de vitamina D. Além disso, a criança que não ingere laticínios – a maior fonte de cálcio para os ossos – durante a infância também pode ter raquitismo”, alerta Dra. Marise Lazaretti Castro, endocrinologista da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (ABRASSO). Esses são os chamados raquitismos nutricionais, que não costumam ser frequentes, a não ser nestas condições especiais.

“Mas é preciso uma atenção especial às crianças veganas, as com intolerância à lactose e as com alergia à proteína do leite de vaca. A falta do cálcio poderá causar raquitismo nutricional deixando graves sequelas. Nestes casos, o cálcio precisa ser suplementado”, diz Dra. Marise.

O raquitismo mais frequente no Brasil é de causa genética, provocado por concentrações baixas de fósforo no sangue. Por este motivo é chamado de raquitismo hipofosfatêmico.

O raquitismo acontece porque grande parte do tecido ósseo não consegue ser mineralizado, tornando-se mole e sujeito a deformidades. Os principais sinais e sintomas do raquitismo são: baixa estatura, dores ósseas frequentes, fraqueza muscular importante e deformidades, especialmente nas pernas. “Isso é perceptível a partir do momento que a criança começa a andar, justamente pelo peso do corpo sobre as perninhas, que começam a se deformar”, explica a endocrinologista. Deformidades no crânio (fronte olímpica) e no tórax (rosário raquítico), sulco de Harrison e o peito de pombo) são outros sinais da doença na criança. Por causa das deformidades e fraturas, essas crianças costumam passar por múltiplas cirurgias ortopédicas ao longo da infância.

A boa notícia é que para esse raquitismo mais frequente no Brasil, o hipofosfaltêmico, há um novo medicamento, muito seguro e eficiente, o burosumabe, um anticorpo monoclonal que tem como meta diminuir e perda de fósforo pela urina, causadora da doença, que já está aprovado pela Anvisa e sendo liberado pelo SUS. Portanto vale ficar de olho nos fatores de risco, para que o tratamento seja o mais precoce possível.

Sobre a ABRASSO

A ABRASSO, Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo, representa a união das três principais sociedades médicas dedicadas ao estudo da osteoporose e do osteometabolismo no Brasil: SBDENS (Sociedade Brasileira de Densitometria Clínica), SOBEMOM (Sociedade Brasileira para Estudo do Metabolismo Ósseo e Mineral) e a SOBRAO (Sociedade Brasileira de Osteoporose).

Criada em 2011, conta hoje com cerca de 1.500 associados de diversas especialidades médicas, além de outros profissionais da área da Saúde que, juntos, têm a missão de difundir o conhecimento científico, estimular o ensino, a pesquisa e realizar ações preventivas da saúde junto ao público em geral.

Serviço

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