Caso Trump seja reeleito, quais serão os impactos na Economia Brasileira?

Especialista em finanças comenta sobre as decisões do próximo dia 5 de novembro e os efeitos no dólar, taxa de juros, exportações e commodities 

 

Com a aproximação das eleições nos Estados Unidos, o cenário de uma possível reeleição de Donald Trump, no próximo dia 5 de novembro, está criando um movimento especulativo no mercado financeiro, os chamados “Trump Trades”, além de movimentar a pauta econômica de inúmeros países, indo além das fronteiras norte-americanas, afetando mercados globais e, em especial, economias emergentes como o Brasil.

 

Investidores ao redor do mundo estão reavaliando seus portfólios, antecipando as potenciais mudanças econômicas e políticas que poderiam acompanhar o retorno de Trump ao poder, incluindo uma nova onda de desregulamentação, incentivos fiscais e políticas externas mais agressivas.

De acordo com Fernando Bento, CEO e sócio da FMB Investimentos, para economias emergentes, que frequentemente têm dependência de commodities e estão vulneráveis à valorização do dólar, a possível volta de Trump representa um cenário de volatilidade.

No caso brasileiro, uma série de fatores pode contribuir para pressões econômicas mais intensas, como a valorização do Dólar.

“Uma política fiscal expansiva nos EUA pode resultar em um dólar mais forte, pressionando economias emergentes. Para o Brasil, um dólar valorizado pode impulsionar a inflação ao encarecer a importação de produtos e insumos dolarizados. Esse movimento tende a afetar diversos setores, desde a indústria até o consumidor final”, diz Fernando Bento.

Uma alta pressão sobre a taxa de juros também deve ser esperada, caso o candidato do Partido Republicano volte a ocupar a Casa Branca.

“A alta do dólar e os possíveis aumentos nas taxas de juros nos EUA sob uma administração Trump poderiam provocar uma fuga de capitais das economias emergentes para mercados mais seguros, como o americano. Esse cenário forçaria o Brasil a manter ou elevar suas taxas de juros para conter a inflação e atrair investidores estrangeiros, impactando o crédito e a atividade econômica doméstica”, enfatiza Bento.

O impacto nas exportações, nos setores como o do aço e o agronegócio, que já enfrentaram tensões comerciais com os EUA durante o primeiro mandato de Trump, poderiam novamente sentir o peso de uma política mais isolacionista.

A volatilidade de commodities, com o estímulo à produção de petróleo e gás nos EUA, podem pressionar os preços internacionais de energia.

“Para o Brasil, que é um grande produtor de commodities, essa queda nos preços pode ter efeitos mistos. Embora seja benéfico para consumidores industriais, pode afetar negativamente a balança comercial brasileira e as empresas de energia”, finaliza o especialista.

Serviço:

FMB Investimentos

Website: www.fmbinvestimentos.com.br

Instagram: @fmb.investimentos

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