Bolsa de Valores: do pregão ao screen touch

A Bolsa de Valores brasileira já teve muitos nomes e muitos formatos, culminando na mais atual forma conhecida. Sob o nome Bolsa Livre, em 1890, era dado o início do que seria a famosa Bolsa de Valores de São Paulo. Esta encerrou suas atividades precocemente, apenas 1 ano após sua abertura, mas retomou as operações em 1895. Em 1967 foi fundada a conhecida Bovespa.

 

Não foi só o nome que mudou. Os modelos de negócios sofreram uma drástica alteração. Nos primórdios da abertura da bolsa, as negociações eram feitas a base dos berros. Como os acionistas não contavam com o auxílio de plataformas digitais, a única forma de atuar no mercado financeiro era estar presente em uma sala com outros cem interessados, que gritavam números, qual ação sofreu queda, qual teve aumento, códigos, entre outros jargões.

Com o tempo, a modernização atingiu o local e hoje o silêncio é quase sepulcral. Segundo dados de analistas, atualmente a B3 conta com um total de 2,678 milhões investidores de pessoa física. Este número está em uma crescente já que só no mês passado foram mais de 195 mil novos CPFs inscritos, passando a ser 27,9% do total de investidores.

O educador financeiro e fundador do Grupo The One Uesley Lima, considera que o volume de negociações poderia ser ainda maior se não houvesse um certo receio das pessoas em relação a Bolsa. “Há uma mistificação em torno do que é a Bolsa de Valores e o que é ser atuante no mercado de renda variável. É comum que a prática de investir em ações seja vista como instável e, os investidores, como corajosos por estarem colocando seu dinheiro em algo que muda o dia inteiro. Não é bem assim que acontece e as pessoas precisam perder essa visão”, comenta Lima.

O empresário considera a educação financeira como chave para uma vida econômica saudável. “Tenho feito um trabalho de educar as pessoas financeiramente para que elas tenham autonomia na hora de tomar decisões. Não é uma aula de como investir na Bolsa de Valores, mas é como lidar com o dinheiro. A partir do momento que a pessoa entende como funciona a economia e o mercado financeiro, ela pode escolher o que fazer com o dinheiro dela conscientemente.”, aponta o educador financeiro.

De fato, todos os painéis e números acabam por afugentar pessoas que acreditam ser complicado demais entrar ativamente no mercado de renda variável. “É uma questão de entender o que tudo aquilo significa. De saber porque os números mudam constantemente e como isso acontece e o melhor, perceber que pode ser mais simples do que aparenta, e que todos conseguiriam investir sem dificuldades na Bolsa de Valores Espero que cada vez mais as pessoas queiram investir em ações e que a cada dia aumente o número de participantes da nossa bolsa, finaliza Lima.

 

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