A Maçonaria e a Confederação do Equador
Nesta edição o Jornal do Comércio do Ceará entrega aos seus leitores substanciosa reportagem que conta, em mínimos detalhes, um dos maiores registros da História brasileira: a revolução de 1817, que eclodiu em Pernambuco e se estendeu por várias regiões do NE-Nordeste. O movimento teve como fonte propulsora o Seminário de Olinda, sob a égide de Dom Azeredo Coutinho. Envolveram-se no movimento 60 padres e 10 frades, daí ter ficado também conhecido como Revolução dos Padres.Tinha como escopo a insatisfação do povo que clamava por liberdade, que sonhava livrar-se do jugo da Coroa.
O veterano de imprensa, como autor da matéria que ilustra a presente edição, com certeza será merecedor da credibilidade de quantos tiverem a oportunidade de lê-la. Isto posto, damos como razão o fato de ser graduado membro da ordem maçônica, com várias obras publicadas no gênero. Dizemos ainda que o trabalho se trata de laboriosa pesquisa em comemoração ao Dia do Maçom que se celebra a 20 de agosto.
Fazemos aqui um retrocesso para nos reportar aos filhos da terra – os Padres José Martiniano Pereira de Alencar (o Senador Alencar) e Inácio Loiola de Albuquerque (agnome Mororó); o primeiro que guerreou contra as forças imperiais e terminou por presidir duas vezes a Província do Ceará; o segundo que foi o redator do primeiro jornal – Diário do Governo do Ceará e pagou com a vida pelos ideais republicanos. Além de José Martiniano, outros dois irmãos, Tristão Gonçalves e José Carlos lutaram ao lado da mãe, Bárbara de Alencar, vindo o segundo a ser assassinado em Aracati. Bárbara de Alencar, que foi presa por três anos no subterrâneo do Forte de Nossa Senhora da Assunção, tornar-se-ia a primeira heroína brasileira.
Com o merecido apoio da Grande Loja Maçônica do Estado do Ceará e da sua Academia Maçônica de Letras, associamo-nos a um dos maiores registros da Historia-Pátria que um dia nos deu o merecimento de sermos republicanos muito antes do Marechal Deodoro separar os laços que nos unia aos lusitanos.