Personalize as preferências de consentimento

Utilizamos cookies para ajudá-lo a navegar com eficiência e executar determinadas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies em cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies categorizados como “Necessários” são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para ativar as funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

Não há cookies para exibir.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

Não há cookies para exibir.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

Não há cookies para exibir.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

Não há cookies para exibir.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

Não há cookies para exibir.

A água não vai acabar, mas precisa ser melhor gerenciada

O estoque de água no mundo é constante há 500 milhões de anos

 

Para se debater as questões da água podemos começar pela formação da água no planeta terra. Afinal a água nem sempre esteve presente na terra em sua forma líquida, sólida e ou de vapor. Nos processos de formação da terra, os vulcões emitiram grandes quantidades de gases tais como nitrogênio, gás carbônico, monóxido de carbono, dióxido de enxofre, metano, vapor d´água e outros. Essas emissões formaram a atmosfera.

Com o passar dos milênios a temperatura diminuiu e os gases começaram a se condensar, formando os núcleos de condensação (também conhecidos como nuvens). Começou-se então um ciclo no qual a precipitação do vapor de água, na forma líquida, começou a retornar à Terra atraída pela gravidade.

A água em seu estado líquido começou a se acumular na superfície, originando os oceanos primitivos com altas concentrações de sais. Com a chuva houve o escorrimento, erosão das rochas, transporte de partículas e acúmulo nas depressões. A infiltração através da superfície formou as águas de subsolo. Com a emersão dos continentes formaram-se as lagoas, rios, pântanos e os primeiros organismos vivos. Com a evolução das plantas começou um processo de grande liberação de oxigênio e absorção de gás carbônico nos processos fotossintéticos.

As rochas mais antigas de ambientes aquáticos datam de 3,8 bilhões de anos. Essa é a indicação do surgimento de água na forma líquida na terra. O oxigênio livre, por sua vez, aparece com os processos de fotossíntese das plantas datando de 2,7 bilhões de anos. Assim, a água que temos hoje no planeta é a mesma, em mesma quantidade,  do que antes? Sim. Isso nos remete à questão da falta de água no planeta.

A quantidade de água na terra é estimada entre 1,4 a 1,5 bilhão de km³ e tem permanecido constante durante os últimos 500 milhões de anos.

Apesar de termos a impressão de que a água está desaparecendo, que há falta de água na Terra, a quantidade de água na Terra é praticamente invariável há centenas de milhões de anos.

Portanto, o que muda é o estado da água (sólida, líquida ou vapor) e a sua distribuição.

Aonde estão esses 1,4 bilhão de km³ de água? 97,5% desse total de água presente na terra é constituída de água salgada nos oceanos e mares. Apenas 2,5% é de água doce. A situação de disponibilidade da água doce é agravada pelo fato de que, desses 2,5% existentes, 68,9% estão nas calotas polares e geleiras. Sobram então 30,8% de águas subterrâneas e 0,3% de água superficial nos rios, lagos e na atmosfera.  As figuras a seguir refletem os percentuais graficamente.

Os três problemas na questão água são:

  • A poluição das águas, principalmente nas áreas urbanas causa escassez de disponibilidade de água limpa para o homem.
  • Muitas vezes o uso irracional das águas, a apropriação indevida do recurso natural por poucas pessoas, a falta de gerenciamento adequado de bacias hidrográficas, causam a escassez para muitas populações, especialmente as menos favorecidas.
  • Tal qual a distribuição de renda no Brasil, a distribuição das águas é também pouco democrática e desigual causando toda a sorte de problemas, doenças e ausência de renda. O Brasil é um país aquinhoado com a maior quantidade de água do planeta em suas bacias hidrográficas, porém tem uma taxa de irrigação de apenas 5,6% de suas áreas cultivadas enquanto que o sudeste da Ásia irriga cerca de 42% de suas áreas cultivadas. Gerenciar bem as águas e distribuí-las equanimemente, pode ser um caminhjo para gerar emprego, renda e dignidade no campo , principalmente nas regiões de escassez de água.

O ataque a esses problemas pode ajudar o Brasil a sair da inercia e da desigualdade em que se encontra.

*Samuel Giordano é Professor e Pesquisador Sênior do PENSA-Centro de Conhecimentos em Agronegócios da FIA-USP e Membro do Conselho Técnico do Fórum do Futuro

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.