52% das empresas pretendem investir em desenvolvimento de pessoas no pós-pandemia

Não é mais novidade que a transformação digital acelerou com a pandemia, exigindo a criação de novos modelos de trabalho pós-covid. Uma pesquisa internacional feita pela Infosys, uma das líderes globais em consultoria e serviços digitais de última geração, mostra que 52% das empresas pretendem fazer investimentos para aumentar a qualificação de pessoal e adaptar o ambiente de trabalho a essa nova realidade, tendência que também já se desenha no cenário das organizações do Brasil, como é o caso da própria unidade brasileira de operações da Infosys.

De acordo com o head de delivery da companhia, João Dias, o “novo normal” apresentou a necessidade de trabalhar em uma remodelagem das operações. A constatação da pesquisa, onde mais de 90% dos respondentes aceleraram a adoção de estratégias de transformação do espaço de trabalho (workplace), se confirma na operação brasileira. Atualmente a companhia vem direcionando investimentos para ações de reinvenção física do espaço (com alterações do layout dentro da nova realidade), investimentos em treinamento e requalificação em novas tecnologias e iniciativas que proporcionem bem-estar e experiências positivas aos profissionais. “Estamos evoluindo para a consolidação do modelo de trabalho híbrido, como forma de proporcionar ao profissional maior bem estar (evitando trânsito, aumentando o tempo com a família, dentre outros aspectos). Nosso grande desafio hoje é conseguir o equilíbrio entre as transformações físicas, digitais e culturais. Os profissionais estão em busca de companhias que estejam alinhadas com os seus valores, perspectivas de bem estar e aperfeiçoamento profissional e pessoal”, comenta o head de delivery da Infosys Brasil.

Um exemplo é a própria Infosys Brasil. Para se tornar uma empresa ainda mais atrativa, novas modalidades de aquisição de talentos foram elencadas. A companhia trabalha hoje com 3 grupos distintos de profissionais: profissionais experientes que são alocados em projetos e contratos de forma imediata; profissionais que possuem experiência mas precisam se atualizar em novas tecnologias (requalificação) e finalmente os profissionais que não possuem experiência e passam por um programa de treinamento teórico e prático (trainees).

“Acreditamos que o segredo para o sucesso das organizações de todos os portes e setores esteja neste olhar mais atento para as pessoas. A qualificação deve ser mais abrangente e extrapolar o aspecto técnico. Uma formação complementada por idiomas e habilidades comportamentais oferece benefícios para o colaborador e gera ganho para as empresas, que estabelecem uma relação mais estreita com suas equipes e aumentam a qualidade de prestação de serviços”, conclui Dias.
Para assegurar que o novo modelo de Talent Supply Chain Model funcione, a empresa utiliza um processo que inclui três fases de acompanhamento: inserção do profissional no ambiente (onboarding/induction), reuniões periódicas de acompanhamento de desempenho, onde são identificadas possíveis barreiras que o profissional deve tratar com a ajuda de um Coach, e a avaliação do percurso, onde o profissional demonstra sua identificação com a trilha de treinamento apresentada ou manifesta o desejo de partir para uma outra que tenha uma aderência maior às suas ambições profissionais. No programa, estão incluídos treinamentos técnicos, de língua estrangeira -especialmente inglês- e outros cursos de desenvolvimento pessoal. A medida vai ao encontro dos resultados da pesquisa, que apontou que os soft skills estão cada vez mais em evidência dentro do ambiente de trabalho.

A pesquisa foi conduzida pelo Infosys Knowledge Institute (IKI), um braço da Infosys, e contou com a participação de mais de 1.000 entrevistados de empresas, com receitas de mais de US$ 1 bilhão, que representam vários setores nos EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Austrália e Nova Zelândia. Clique aqui para ler o relatório completo.