2021: As reformas que faltam ao Brasil

O custo Brasil, tão fundamentado entre economistas e teóricos econômicos mundiais, motivo alegado pelas empresas e empresários para deixar suas atividades industriais do Brasil, quer dizer, o Brasil precisa zerar o seu déficit orçamentário, ano a ano, e que em 2020 chegou em torno de 800 bilhões de reais, devidos, claro, as medidas emergenciais de combate ao novo vírus.

Por Rogério Morais

A “crise brasileira” como um motor potente para políticas de Governos rumo ao pleno desenvolvimento, é, ainda, e sempre prorrogada para anos seguintes, como já para 2021, podendo ser analisada dentro do seguinte aspecto: “O que isso tem a ver a crise do time do Santos paulista – e mesmo a atual fase do Flamengo Carioca – e da centenária fábrica de veículos Ford, do Brasil?”.  Instituições sólidas e atuantes no Brasil em extremos economicamente falando, mas que nos últimos meses falharam.

O time santista paulista devendo salário aos seus jogadores. E a montadoras Ford anunciando o fechamento de seus negócios centenária no Brasil. Não bastasse esses dois negócios distintos (futebol e a indústria automobilística), temos também o exemplo de outra centenária empresa brasileira na área bancária, que é o Banco do Brasil. O maior branco do país, que também anunciou nesta virada de ano o fechamento de centenas de agências em todo o Brasil.

O PODER DAS REFORMAS

Vamos então buscar e encontrar a base de superação dessas e de outras empresas na oportunidade de que todas as instituições, pública e privada, precisam se acomodar às mudanças que os novos tempos exigem. Assim como são as empresas privadas, as economias nacionais necessitam de promover as mudanças radicais, ou simplesmente as reformas necessárias para as suas devidas necessidades populares.

Cada tempo é um novo tempo. Nada é igual no tempo e no espaço na história das nações. Então vamos buscar na história brasileira contemporânea, no radical movimento político que tinha como triunfo “As Reformas de Bases”, de João Goulart.  Naquele tempo, entre as mudanças principais estavam: A reforma agrária, a administrativa, a constitucional, a eleitoral, a bancária, a tributária (ou fiscal) e a universitária (ou educacional).

Feitas ou já superadas essas medidas ao longo de seis décadas de história contemporânea nacional, quais as reformas que o Brasil precisa realizar para superar a tão clássica crise econômica brasileira que cruzam Governos e regimes independentemente da Covid? 1. Reforma Política 2. Reforma Orçamentária. 3. Reforma Tributária. 4. Reforma Administrativa, em fim uma verdadeira Reforma Econômica. Nos últimos anos, o país conseguiu promover duas reformas: A Reforma Trabalhista e a Reformar Previdenciária.

O custo Brasil, tão fundamentado entre economistas e teóricos econômicos mundiais, motivo alegado pelas empresas e empresários para deixar suas atividades industriais do Brasil, é mais ou menos isso, quer dizer, o Brasil precisa zerar o seu déficit orçamentário, ano a ano, e que em 2020 chegou em torno de 800 bilhões de reais, devidos, claro, as medidas emergenciais de combate ao novo vírus.

Trata-se do sexto ano consecutivo de déficit nas contas do Governo Federal, que em 2019, antes da Pandemia, foi de 95 bilhões de reais, aliás, menor desde 2014, cinco anos consecutivos abaixo do teto, quando alcançou 139 bi.

Em 2018 foi de 120 bilhões. O Plano Paulo Guedes teria dado certo se não fosse a Covid, pois estabelecia 80 bilhões de reais no primeiro ano do Governo Bolsonato, caso o Governo não tivesse que botar em prática as medidas emergenciais autorizadas pelo Congresso para salvar a população miserável, pequenos negócios e setores econômicos diversos.

Veja como o Brasil mesmo com esse extraordinário comprometimento orçamentário em 2020 para que a população não sofresse extremamente, ainda tem fôlego para iniciar 2021 sem riscos de abalar a sua credibilidade global. Na esperança de que a economia nacional volte a ter crescimento real nesse novo ano, iniciadas as reformas estruturantes, como a Administrativa, Tributária e fiscal, cria-se um novo clima para que a médio prazo o país zere o seu déficit primário e inicie os investimentos em bases estruturantes que possam melhor ambiente de investimentos internos e externos gerando emprego e renda para o seu povo.

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