Veja o que grandes executivos financeiros estão falando sobre o Open Banking

  

Estudo realizado pelo Liga Insights reuniu principais players do mercado e apresenta um retrato do movimento no país, como principais desafios e oportunidades para o setor

Uma pesquisa sobre o futuro dos bancos realizada pela PwC estima que até 2022 mais de 32 milhões de pessoas adotem o Open Banking – modelo de compartilhamento de dados, produtos e serviços entre as instituições financeiras a critério dos clientes. O novo sistema, que começou ser implantado no Brasil em abril deste ano – pelo Banco Central – ainda gera muitas dúvidas em todo ecossistema financeiro, principalmente, quando falamos do consumidor final.

Para ajudar a entender melhor o cenário do Open Banking no Brasil, a Liga Insights – plataforma que reúne conteúdos relevantes sobre inovação e startups em diversos setores – desenvolveu um estudo inédito – em parceria com a Ambev, Cargill, Derraik & Menezes Advogados e IGC Partners -, que compilou pela primeira vez no país a discussão sobre as oportunidades e inovações no setor. 

 No Liga Insights Open Banking os principais players de instituições financeiras comentaram sobre o novo sistema que começa ganhar “corpo” no Brasil. Confira as entrevistas dos representantes do Banco do Brasil, Itaú-Unibanco, Nubank e Mastercard sobre a iniciativa.

Felipe Magrim – Diretor de Políticas Públicas da Mastercard América Latina

“O Open Banking, com foco no aumento da inclusão financeira e geração de maior acesso ao crédito e a produtos financeiros, tem grande potencial de abrir o mercado para novos players e criar novas oportunidades aos existentes. No que tange especificamente a pagamentos, enxergamos uma convergência entre o Open Banking e a agenda de adoção de pagamentos instantâneos pelo Banco Central do Brasil que devem criar novos fluxos de pagamentos eletrônicos. Todo esse ambiente de inovação deve trazer mais opções de modalidade de pagamento para pessoas físicas e jurídicas, o que deve ser visto como uma oportunidade pelo mercado”.

 Mariana Cunha e Melo – Public Policy do Nubank

“É um movimento sem volta, que começou quando as pessoas perceberam que há uma série de barreiras para aumentar a competição no setor financeiro que podem ser resolvidas por tecnologia. A tecnologia pode garantir que a troca de informações seja mais segura, pode garantir que a infraestrutura seja eficiente do ponto de vista de custos e melhorar a experiência do usuário. A definição da tecnologia é um ponto central para o mercado de Open Banking efetivamente decolar. No Brasil, há tecnologia suficiente para isso, é necessário garantir que ela seja efetivamente empregada na construção dessa infraestrutura”.

Paula Mazanek – Diretora de Negócios Digitais do Banco do Brasil

“O Open Banking vai contribuir para aprimorar a experiência dos consumidores de produtos e serviços bancários em todo o ecossistema brasileiro. É um estímulo importante para a inovação, para uma saudável ampliação da competitividade e, principalmente, para acelerar a transformação digital de todo o mercado bancário nacional, além de uma excelente oportunidade para atuar de forma cada vez mais colaborativa com fintechs, por meio de parcerias. A implementação progressiva do Open Banking também é um fator que avaliamos como importante, pois permitirá não somente uma adequada padronização e evolução segura do modelo, como também a adaptação de todo o sistema financeiro e dos consumidores a essa nova realidade”.

Ricardo Guerra – CIO do Itaú-Unibanco

“O Itaú enxerga o movimento de Open Banking no Brasil como uma evolução tecnológica natural, que segue tendências mundiais de tornar as experiências mais centralizadas no cliente. O foco no cliente sempre foi parte da cultura do banco, e enxergamos as movimentações do Banco Central como positivas, por permitir um amadurecimento do ecossistema financeiro ao começar o faseamento com dados menos sensíveis, tornando a transição entre os modelos mais robusta e segura”.

 

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