Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade
Esse título é uma frase atribuída a Joseph Goebbels, ministro da propagada do regime nazista, que na verdade, hoje está sendo utilizado como lema por grande parte dos integrantes do governo Bolsonaro.
Fazer política no Brasil se tornou banalidade e uma forma de se beneficiar da mentira, da enganação e das suposições que hoje se tornam prática corriqueira nas instituições brasileiras. A Caixa Preta do BNDES finalmente foi aberta a um custo muito caro para o bolso dos contribuintes e toda a polêmica foi desfeita, tornando-se mais um exemplo, dentre tantas outras fake news utilizadas por esses atores em época eleitoral e na atual conjuntura.
O relatório da consultoria Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP afasta a hipótese de qualquer esquema de corrupção ou fraude no banco de fomento envolvendo o financiamento de empresas no BNDES. A empresa de consultoria resume assim as conclusões a que chegou:
“Com base nas informações coletadas durante a auditoria, a equipe de auditores concluiu que (…) as decisões do Banco parecem ter sido adotadas após considerações de diversos fatores negociais relevantes e ponderações dos riscos e potenciais benefícios para o Banco. (…) a Equipe de Investigação identificou evidências de que as motivações do Banco para desvios de política e outros fatores, bem como as ações dos funcionários do BNDES relacionadas a esses desvios de política, foram baseadas em razões legítimas e não relacionadas à corrupção.”
Muito se falou sobre o assunto na eleição de 2018. Candidatos em redes sociais e mídia em geral falavam como se a verdade já estivesse estabelecida, notadamente para colher os frutos em eleição polemizada, devido ao alto índice de corrupção que assolou o país, não só nos governos petistas, mas em 90% dos partidos políticos brasileiros. Era uma coisa sistêmica enraizada nos órgãos públicos onde o que prevalecia era a lei da propina. O chamado “toma lá, dá cá”. Contudo, fazia-se necessário esperar pelos resultados das investigações sobre a temida Caixa Preta do BNDES. A fala dos presidentes que antecederam o novo governo dizia que não haviam irregularidades no BNDES, porém, foram ignoradas principalmente por setores de controle internos do Banco que receberam treinamentos para isso e tinham legitimidade para tanto.
Não bastaram os resultados das CPIs também ignorados pelo governo federal, resultado esse que converge com a análise das consultorias. Os fatos apurados em CPIs sobre o BNDES, em comissões de apuração interna e, muito mais importante, no primeiro posicionamento da Justiça sobre denúncia do Ministério Público contra empregados do BNDES, todos eles foram contundentes na negação das irregularidades apontadas pelo novo governo, o que custou a cabeça do presidente Levy, ex-ministro da Fazenda de Dilma Roussef.
O juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, ao examinar a denúncia do MP, expressou-se da seguinte forma: “Os depoimentos colhidos na fase investigativa, repito, negam peremptoriamente qualquer interferência, influência, orientação, pressão, constrangimento ou direcionamento na tramitação dos processos de aporte financeiro do BNDES.”
O surto alucinógeno dos políticos demagogos que utilizavam a abertura da “Caixa Preta” para desconstruir os valores daqueles que zelavam pela transparência das ações do Banco caiu por terra. É comum, até os dias de hoje, pessoas comentando essa tal Caixa Preta do BNDES, fazendo comentários maldosos e imputando responsabilidades sem critério de valor.
Como fica a opinião de conceituados jornalistas que vinham nos seus programas de rádios, exigindo aberturas dessa temida Caixa Preta com a propagação de desvios de milhões de dólares pelos governos passados, fato comprovadamente agora negado? Mais uma fake news para desnortear, confundir, enganar, desvirtuar a opinião pública.
Para evitar tais condutas delitivas é necessário formar um grande debate em torno de políticas públicas para defesa da moral e do conceito do BNDES. Isso é fundamental para o futuro das instituições brasileiras. O povo brasileiro não aguenta mais as mentiras, as dúvidas criadas pelas discussões vazias, principalmente no Parlamento, discursos demagógicos propositadamente calcados em mentiras descabidas.
Faz-se necessário também o aprendizado da sociedade brasileira com esses erros propositais utilizando-se da mentira para se criar um fato político danoso à sociedade e à economia brasileira.
Para o bem do país e das futuras gerações – basta de tanta mentira!
Vamos criar o Instituto da Verdade, instituição sem fins lucrativos para informar corretamente à população que deseja ser esclarecida e tirar a dúvida das notícias que se espalham no país, muitas delas fake news. Essa estratégia visa destruir a ordem e evitar que a população possa fazer juízo e raciocinar claramente sobre as medidas que estão sendo adotadas pelos poderes da República, seja no âmbito executivo, legislativo ou judiciário e, ao mesmo tempo, avaliar as decisões que impactam a vida dos brasileiros nos setores da economia, agricultura, meio ambiente, educação, saúde, segurança pública, etc.,
Só assim os brasileiros (as) ficarão mais próximos de fazer proveitosas escolhas que venham a defender seus interesses de uma vida mais plena e de bem-estar para suas famílias.