Entre janeiro e fevereiro, o Nordeste foi a região com menor percentual de área com seca e com a menor severidade do fenômeno, segundo a última atualização do Monitor de Secas. Em sete dos nove estados nordestinos foi observada somente seca fraca: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Sergipe. Tanto na Paraíba quanto no Rio Grande do Norte, houve seca fraca e seca moderada em fevereiro.
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Na comparação entre janeiro e fevereiro, a área total com seca aumentou em Alagoas, na Paraíba e no Rio Grande do Norte. Em outros cinco estados que ficaram livres de seca em janeiro, o fenômeno voltou a ser registrado no mês seguinte: Bahia, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Sergipe. Já no Ceará a seca recuou de 11% para 5% do estado entre janeiro e fevereiro. Saiba mais sobre os destaques dos nove estados nordestinos acompanhados pelo Monitor de Secas.
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Cenário nacional
Entre janeiro e fevereiro, em termos de severidade da seca, houve uma intensificação do fenômeno no Rio Grande do Sul e em Rondônia, conforme o Monitor de Secas. Em outros sete estados, a seca ficou mais branda: Acre, Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Três unidades da Federação ficaram livres do fenômeno em fevereiro: Distrito Federal, Espírito Santo e Rio de Janeiro. A seca ficou estável em termos de severidade em sete estados: Alagoas, Ceará, Mato Grosso, Paraíba, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Tocantins. Já na Bahia, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Sergipe a seca voltou a ser registrada em fevereiro.
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Na comparação entre os dois meses, seis estados tiveram uma diminuição da área com seca: Amazonas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. No Rio de Janeiro o fenômeno deixou de ser registrado em fevereiro e se juntou ao Distrito Federal e Espírito Santo entre as unidades da Federação livres de seca. No Acre, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Santa Catarina as áreas com seca se mantiveram estáveis em fevereiro, enquanto a extensão do fenômeno se ampliou em seis estados: Alagoas, Goiás, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia e Tocantins. Em fevereiro o fenômeno voltou a ser verificado em cinco estados nordestinos: Bahia, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Sergipe.
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As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE
Dois estados registraram seca em 100% do território em fevereiro: Acre e Rio Grande do Sul; sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação os percentuais variaram de 0% a 76%.
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As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de fevereiro, seguido por Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso do Sul. No total, entre janeiro e fevereiro, a área com o fenômeno se manteve em 3,23 milhões de quilômetros quadrados, o equivalente a 38% do território brasileiro.
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As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE
O Monitor de Secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
Coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), o Monitor de Secas é desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. As instituições que atuam no Monitor de Secas em seus respectivos estados são as seguintes:
- ALAGOAS: Secretaria de Estado de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH)
- BAHIA: Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA)
- CEARÁ: FUNCEME, Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (COGERH) e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (EMATERCE)
- MARANHÃO: Laboratório de Meteorologia do Núcleo Geoambiental da Universidade Estadual do Maranhão (LABMET-UEMA)
- PARAÍBA: Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA)
- PERNAMBUCO: Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA)
- PIAUÍ: Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMAR)
- RIO GRANDE DO NORTE: Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN) e Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH)
- SERGIPE: Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade (SEDURBS)
O Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste mais o Distrito Federal, além do Acre, Amazonas, Rondônia e Tocantins. O processo de expansão continuará em 2023 até alcançar todas as 27 unidades da Federação, com a inclusão do Amapá, Pará e Roraima neste ano.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 23 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
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