Dia Mundial do Combate à Desertificação e à Seca

Especialistas comentam relação entre mudanças climáticas e os riscos de desertificação

Em 17 de junho é lembrado o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca. A data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre os impactos do processo de desertificação no mundo e combater os efeitos da seca, um problema agravado em todo o planeta em decorrência das mudanças climáticas.

No Brasil, a ocorrência de secas severas e recorrentes, bem como o processo de desertificação, é mais evidente na região semiárida, que corresponde a 12% do território nacional. O bioma principal dessa região é a Caatinga, que passa pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, e que está hoje quase com 50% de seu território afetado por processos de desertificação. No entanto, episódios de estiagem prolongada têm se tornado mais comuns em outras regiões brasileiras, acendendo alerta para problemas relacionados à segurança hídrica.

Segundo a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD), o processo compreende a degradação da terra nas regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas, resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e a atividade humana. As Soluções Baseadas na Natureza estão entre as estratégias que vêm sendo adotadas em diferentes partes do globo em busca de maior resiliência frente aos efeitos provocados pelas mudanças do clima. Elas fazem uso dos serviços oferecidos pelo meio ambiente para enfrentar problemas contemporâneos, contribuindo para que o solo seja mais permeável, nutritivo e abasteça lençóis freáticos; a qualidade do ar melhore; a população tenha mais opções de lazer ao ar livre, contribuindo com a saúde e o bem-estar; entre outros benefícios.

Para comentar esses temas, a Fundação Grupo Boticário e a Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) colocam à disposição para entrevistas os especialistas:

  • André Ferretti, membro da RECN, mestre em Ciências Florestais, conselheiro da Plataforma Empresas pelo Clima (GVces) e gerente sênior de Economia da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.
  • Philip Fearnside, membro da RECN, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e membro da Academia Brasileira de Ciências.

Sobre a Rede de Especialistas em Conservação da Natureza

A Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) reúne cerca de 80 profissionais de todas as regiões do Brasil e alguns do exterior que trazem ao trabalho que desenvolvem a importância da conservação da natureza e da proteção da biodiversidade. São juristas, urbanistas, biólogos, engenheiros, ambientalistas, cientistas, professores universitários – de referência nacional e internacional – que se voluntariaram para serem porta-vozes da natureza, dando entrevistas, trazendo novas perspectivas, gerando conteúdo e enriquecendo informações de reportagens das mais diversas editorias. Criada em 2014, a Rede é uma iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Os pronunciamentos e artigos dos membros da Rede refletem exclusivamente a opinião dos respectivos autores. Acesse o Guia de Fontes em www.fundacaogrupoboticario.org.br

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