Tudo no colo do TSE!

Enquanto grupos de extrema direita, políticos e ativistas apoiadores do governo Bolsonaro são acuados por operações da Polícia Federal, acusados de inúmeros delitos contra ordem democrática e ameaça a membros da Suprema Corte, o país chega a mais de 1.000.000 de casos de infectados e atinge mais de 51.000 mortes pelo Covid-19.

A crise econômica se agrava. A economia brasileira vai encolher 5,3% neste ano, estima o Fundo Monetário Internacional (FMI). A Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC) projeta uma retração de 5,6% no volume de receitas do setor de serviços, em 2020.

De acordo com dados do IDEC (Instituto de Defesa do Consumidor), mais de 30 milhões de brasileiros estão superendividados.

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam a baixa no mercado de trabalho brasileiro correspondente a 860.503 vagas com carteira assinada só no mês de abril. Esses dados parecem não assustar o Ministério da Economia.

O país continua sem governo, sem saúde, sem educação, sem políticas ambientais e a corrupção já bate à porta do Planalto, em decorrência dos desdobramentos da prisão do Fabrício Queiroz, o operador do esquema de rachadinhas na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, que envolve o senador Flavio Bolsonaro quando era deputado estadual.

Com a ascensão de Bolsonaro à presidência da República nas eleições de 2018, parte dos brasileiros optou pelo ultraconservadorismo, sem saber mesmo quais seriam os reflexos dessa aventura desastrosa, pois tudo indica que esses eleitores não dispõem de conhecimento político suficiente para entender o significado de ultraconservadorismo.

As mídias sociais e apoiadores de Bolsonaro estão transformando a sociedade brasileira em uma força contra o Brasil. Muitos deles acreditam que a terra é plana e que o cigarro não faz mal à saúde. Acredita-se, que esse comportamento tem raízes fincadas nos ensinamentos de um tal filósofo(?) Olavo de Carvalho, conselheiro ideológico do presidente e seus filhos.

Muitos ativistas, blogueiros, artistas e jornalistas surfam nessa onda bolsonarista se elegeram pelo PSL, com o apoio do seu presidente. O PSL, representado por Luciano Bivar.

Um governo que, após 16 meses de mandato, não apresentou um projeto de desenvolvimento para o país, principalmente para o setor da educação e o social, nem tampouco implantou nenhuma medida que viesse a favorecer a população brasileira.  Políticos que logo viriam a se digladiar e a se esfacelar deixando o governo abandonado sem base política e sem representatividade, apenas apoiado por ideólogos com transtornos psicóticos, exemplo do ex-ministro da educação Abraham Weintraub que chegou a postar ofensas à China, o maior parceiro comercial do Brasil.

O ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles chegou a dizer em reunião ministerial que a pandemia era útil para desregulamentar a legislação em favor do meio ambiente, aproveitando-se de que a imprensa focava outros assuntos mais momentosos. A Ministra de Estado da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos pediu a prisão de governadores e prefeitos que se utilizaram do isolamento social para salvar vidas.

Dá prá acreditar?

Por sua vez, o Congresso Nacional se dedica a coisas distantes das reais questões mais relevantes para o Brasil e seu povo nas diversas regiões e bioma. Isso acontece porque é composto em grande parte por políticos desconhecidos apoiados pelas bancadas da “bala’’, agronegócio, evangélicos, dentre outros grupos descomprometidos com o desenvolvimento da economia brasileira.

É absurdo e inaceitável que o Brasil, depois de consolidar sua democracia após anos de luta e resistência, passe por um processo de desestabilização política a ponto de colocar em risco os seus valores democráticos e venha ser execrado pelos governos mundiais pelas atitudes incoerentes do atual governo de extrema direita.

Em toda eleição a Justiça Eleitoral brasileira se esforça para mobilizar seus milhões de eleitores a ir às urnas, mas a tarefa principal hoje é a conscientização política a informação verdadeira e, principalmente, a celeridade nos julgamentos de processos que eventualmente colocam o pleito em suspeição, tal qual a eleição de 2018, alvo de acusações de disparos em massa de notícias falsas (Fake News)  por agentes tecnológicos a serviço do crime eleitoral, ainda hoje não foram julgadas definitivamente.

A cada pleito o brasileiro perde seu referencial político por esses fatos negativos.

Infelizmente!

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