Setor da construção civil prevê crescimento para o próximo ano

Um novo futuro se vislumbra para o setor de materiais de construção, com a inflação recente, chegando a uma alta de 11,2% entre setembro/2021 a agosto de 2022, a cadeia sofreu altas consideráveis, desde o aço, com um aumento elevado em torno de 73% até a os tijolos que aumentaram 22%, junto com o cimento que subiu 13%. Tudo isso ligado ao poder de compra do brasileiro que caiu em 90% das profissões.

Os dados fazem parte de um levantamento exclusivo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC. Para a elaboração do estudo, foram consideradas as 140 profissões mais representativas do país, que englobam 72% da população no mercado de trabalho. Motoristas de ônibus e faxineiros foram as ocupações que mais perderam poder de compra entre março de 2021 e 2022.

Para 2023 a expectativa é de aquecimento, com as recentes declarações do governo eleito e em transição no momento que desejam reativar a chamada faixa 1 do Programa Casa Minha Vida para atender famílias de menor renda. Técnicos do governo de transição estudam alternativas para reaquecer o setor no país. Dessa forma, políticas para reativar programas de construção e reformas podem surgir nos próximos anos, fazendo com que o setor que não ganha aceleração desde o ano de 2014, possa voltar a respirar.

Esperando esse aquecimento do setor, empresas se reestruturam para um 2023 que se espera desafiador. Um dos exemplos é o Grupo Guarezi de Santa Catarina. A empresa que tem mais de 40 anos no segmento de materiais de construção e sediada na cidade de São José, grande Florianópolis, recorreu à justiça para se reestruturar, manter os seus funcionários e se preparar um cenário melhor no futuro. “A reestruturação tira a empresa de um período que chamamos de ciclo da morte. Ela está trabalhando no limite, quase sem conseguir honrar os compromissos com credores, os colaboradores que são diretamente ligados a empresa, as pessoas indiretas que são influenciadas também, tudo isso com a empresa em dificuldade. A lei vem e ajuda nessa situação, faz um acordo com os credores e dá uma luz no fim do túnel” afirma Jean Cioffi, advogado especialista em Recuperação judicial e CEO do escritório JRCLaw.

As expectativas para 2023 refletem o bom prognóstico para 2022. Segundo dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a projeção de crescimento do setor foi elevado de 3,5% para 6% em 2022. O número integra o estudo “Desempenho Econômico da Indústria da Construção – terceiro trimestre de 2022”. Para o o CEO da JRCLaw, Jean Cioffi, a estimativa de crescimento do PIB do setor em 6% reforça a relevância da construção para o desenvolvimento sustentável do país. “Novamente os números confirmam nossas expectativas e impressionam pela consistência. Quando o Brasil nos dá condição, respondemos com geração de renda, estabilidade social, melhoria da qualidade de vida das pessoas”, enfatizou Cioffi.

A Lei é a 11.101/2005 e foi em alguns pontos alterada pela Lei 14.112/2020 para ser apoio de empresas que estão com dificuldade financeira. “A Lei tira a empresa que pede a Recuperação judicial de um cenário instável e desconhecido, recebe no mercado o selo de boa pagadora e preocupada com suas dívidas. A Lei da Recuperação Judicial nada mais é que isso, um selo de boa pagadora. A empresa vai entrar em acordo com seus credores, sob a luz da justiça e recorrer a investimentos, fortalecer seu caixa, reestruturar e manter sua função. A empresa que hoje faz isso pensando no futuro, tem muito a ganhar, ainda mais com o mercado aquecendo como estamos vendo”, conclui Cioffi.

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