APOIO DO REINO UNIDO AOS POVOS INDÍGENAS NO BRASIL
O Reino Unido reconhece a importância fundamental das comunidades indígenas para a conservação das florestas e da biodiversidade e o fato de que estes povos são os mais afetados pelas mudanças climáticas e por crimes ambientais.
A maioria dos programas de apoio do governo britânico aos povos indígenas opera no âmbito do Financiamento Internacional para o Clima (ICF) com enfoque em florestas.
Entre 2017 e 2023, o ICF já colaborou formalmente para mais de 40 povos indígenas, alcançando mais de oito mil pessoas. Este apoio foi concedido por meio de contribuições para mais de 90 projetos no âmbito dos subprogramas indígenas do REM Mato Grosso e Acre. Estas iniciativas cobrem áreas como treinamento de agentes para combater incêndios, planos de gestão territorial, infraestrutura e apoio emergencial durante o auge da pandemia de Covid-19. O objetivo destas ações é desenvolver fontes sustentáveis de renda, garantindo direitos e fortalecendo a segurança alimentar.
O REI E A QUESTÃO AMBIENTAL NO BRASIL
Ainda como Príncipe, Charles lançou a Iniciativa para Mercados Sustentáveis (SMI), uma coalizão que coordena a busca por financiamento privado para acelerar a transição para um futuro sustentável. A mobilização de financiamento privado para o clima é uma das grandes prioridades do Rei.
A preocupação do monarca com a preservação da natureza se refletiu em suas quatro visitas ao Brasil. Em 1978, ele conheceu o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), no Amazonas. Treze anos depois, plantou uma muda de castanha-do-pará que segue de pé até hoje no Parque Zoobotânico de Carajás, no estado do Pará. Além disso, durante as cinco horas em que esteve no Espírito Santo, Charles plantou uma muda de pau-brasil no centro de pesquisas de uma empresa de celulose.
Em 2002, Charles fez um passeio de barco pelo Rio Araguaia e visitou o Centro de Pesquisas Ecológicas Cangaçu, no Parque Estadual do Cantão, em Tocantins. Durante a visita ele conheceu uma iniciativa de sequestro de carbono e participou do lançamento do projeto de preservação das tartarugas amazônicas. Depois, foi recebido com festa pelos indígenas que vivem na região.
Em sua última visita, em 2009, Charles foi ao Amazonas pela segunda vez e conheceu uma ONG dedicada à construção de instrumentos musicais de maneira sustentável chamada Oficina Escola de Lutheria da Amazônia. Em seguida, visitou Santarém e Belterra, no oeste do Pará, e dançou carimbó com os povos tradicionais da Floresta do Tapajós. Na ocasião, Charles conheceu projetos ambientais incentivados pela fundação presidida por ele à época, a ‘Prince’s Rainforest Project’.
Mais recentemente, em 2021, durante sua participação na Conferência de Clima da ONU, a COP26, em Glasgow, o Rei se reuniu com governadores, prefeitos e secretários de meio ambiente do Brasil para discutir como alavancar investimentos para acelerar a transição para uma economia de baixo carbono no país.