Provas de fim de ano: como os pais e a escola podem lidar com a ansiedade das crianças

*Por Aline Castro

O final do ano chegou e com ele as últimas avaliações nas escolas. O encerramento do ano letivo é o momento dos alunos concluírem mais um ciclo e reavaliarem seu desempenho ao longo dos meses. É nessa época que a maioria das escolas aplica as provas de recuperação, por isso, esse período pode ser marcado por ansiedade e preocupação em relação aos resultados. Nessa hora, é importante que pais e professores saibam que a criança ansiosa vai apresentar esse sentimento de ansiedade desde as primeiras provas do ano letivo.

No caso da escola, é essencial o professor perceber o que causa essa ansiedade, como por exemplo: cobrança excessiva da família, medo de errar e autocobrança. A partir dessa análise, é preciso relativizar esse sentimento mostrando que a ansiedade, na medida certa, pode colaborar com a realização da prova mantendo o aluno alerta e atento. Porém, quando o sentimento está elevado pode paralisar ou até prejudicar seu conhecimento adquirido nas aulas.

Orientar os alunos quanto a esse autocontrole não é uma tarefa fácil para o professor. Mesmo assim, explicar a todos que é necessário preparar-se com antecedência por meio de estudos diários e mostrar confiança na capacidade dos seus alunos em realizarem uma boa avaliação são alguns caminhos a serem seguidos. Também é necessário conversar com os estudantes, ensinando que a prova é o momento deles expressarem tudo que aprenderam, e as questões que não souberem, se tornarão metas para estudos posteriores;

Independentemente da idade, vale também orientá-los a dormir um bom sono, cuidar da alimentação e chegar na escola com tranquilidade. Por fim, propor técnicas de relaxamento simples de respiração profunda, que podem ser aplicadas várias vezes quando a criança detectar que está ansiosa. Existe uma técnica de respiração, de certa forma lúdica, para alunos mais novos: o professor pede repetidamente ou até que eles se acalmem: cheire uma flor (inspire) e apague uma vela (expire).

O papel de estudar, de descobrir a forma que mais aprende e assumir responsabilidades dos seus resultados é do aluno. Obviamente nesse processo a escola vai colaborar muito com as orientações para a progressão desse comportamento. Já o papel dos pais em se tratando de estudos é incentivar emocionalmente seus filhos, organizando um ambiente adequado aos estudos diários, preferencialmente, no mesmo horário (para consolidar o hábito) e, por fim, acompanhar a qualidade dessas tarefas realizadas.

A verdade é que o aluno precisa assumir o papel de quem produz seus conhecimentos por meio das suas próprias capacidades e orientações recebidas na sala de aula com seu professor e colegas. Em idade alguma deve existir alguém que sempre “traduz” tudo que precisa ser feito numa atividade proposta pela escola.

A família precisa fortalecer a comunicação entre professor e aluno e não ser o mediador dessa comunicação. É um detalhe simples, mas muitas vezes em função da preocupação em participar da vida escolar do filho, os pais acabam rompendo essa fronteira e assumindo o protagonismo que é de responsabilidade deles. Caso contrário, seus filhos não vão entender que os resultados acadêmicos são proporcionais a atenção dada, ao esforço que é feito e a forma que se busca para atingir seus objetivos. Isso é comportamento e se é comportamento, é ensinado.

Embora a escola trabalhe com um número grande de alunos, cuidar do desempenho individual de cada criança é uma tarefa imprescindível. Dentro do Sistema pH, incentivamos as escolas parceiras a estabelecerem metas de aprimoramento da aprendizagem, de olharem para o processo de construção do conhecimento como um todo.

E a cada final de bimestre as avaliações externas do sistema colaboram no processo oferecendo o conteúdo a ser adquirido pelos alunos. Estudantes e professores, por sua vez, consequentemente podem analisar novas rotas de aprendizagem para os casos que necessitam de mais atenção. Desta forma, o processo de ensino se adequa de acordo com as dificuldades de cada aluno e ajuda a diminuir a tensão no final do ano.

*Aline Castro é responsável pela gerência do time de Assessoria Pedagógica do Sistema de Ensino pH. Graduada em Pedagogia com ênfase em administração escolar e pós-graduanda em Alfabetização, Aline é hoje uma das autoras do novo material de anos iniciais do Ensino Fundamental.

Sobre o Sistema de Ensino pH (www.sistemadeensinoph.com.br) – O Sistema pH surgiu em 2012, a partir do trabalho desenvolvido no Colégio pH e Curso pH, presente há 32 anos no Rio de Janeiro.  Reconhecido pelo elevado número de aprovações nos vestibulares das universidades mais concorridas do estado e pelos excelentes resultados no ENEM, o pH atua do Ensino Fundamental I ao Pré-vestibular.  O Sistema conta com uma série de escolas parceiras e oferece orientação nas áreas de planejamento, ferramentas tecnológicas, projetos inovadores, integração de recursos e formação contínua dos profissionais. O Sistema de Ensino pH integra o portfólio de empresas da SOMOS Educação.

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