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Professores de cinema analisam o impacto histórico da conquista de Fernanda Torres no Globo de Ouro

Especialistas da pós-graduação online em Cinema e Linguagem Audiovisual da Estácio discutem o significado cultural e a influência internacional dessa vitória inédita.

Foto: REUTERS / Mario Anzuoni

Na última segunda-feira (6), o Brasil amanheceu em festa, celebrando um feito inédito: Fernanda Torres se tornou a primeira atriz brasileira a vencer o Globo de Ouro, uma das premiações mais prestigiosas do cinema e da televisão mundial. A conquista veio graças à sua performance em Ainda Estou Aqui, primeiro filme original do Globoplay, que também marcou a retomada do cinema nacional no mercado internacional. A cerimônia, realizada em Hollywood, foi marcada por brilho e emoção. Fernanda Torres dividiu os holofotes com Selton Mello, que também atuou no filme, e o diretor Walter Salles, veterano do Globo de Ouro. Em 1999, Salles já havia levado o prêmio por Central do Brasil, consolidando-se como um dos grandes nomes do cinema brasileiro.

Dirigido por Walter Salles, “Ainda estou aqui” é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, que relata as angústias e a luta de sua mãe, Eunice Paiva, durante a ditadura militar no Brasil. No longa, Fernanda Torres interpreta Eunice, uma mulher que enfrentou o desaparecimento do marido, o ex-deputado Rubens Paiva, vivido por Selton Mello. A obra resgata a memória de um dos períodos mais sombrios da história brasileira, com uma narrativa potente que mistura emoção e resistência. O filme já havia sido um sucesso de bilheteria no Brasil, alcançando a maior audiência do pós-pandemia, e agora conquista os olhares do público global.

Danielle Gaspar, professora da pós-graduação, Mestre em Cultura e ambientes midiáticos, destacou como a profundidade da narrativa foi determinante para o sucesso do filme. “De fato, a interpretação da Fernanda Torres é impactante. Ela é esplêndida e muito intrigante ao retratar Eunice Paiva, uma personagem real. Mas um atributo espetacular do filme é a história. Inspirada em um drama real, a obra fala sobre o desdobramento de uma mulher em tempos difíceis, sobre se reinventar e transformar suas feridas em um processo de impacto social. A história só vale, de fato, quando o filme encontra o seu público, e ‘Ainda estou aqui’ conseguiu isso com excelência”, analisa Danielle.

Além disso, a professora ressaltou a relevância do reconhecimento internacional para a produção brasileira. “Ganhar visibilidade no mercado internacional é um reconhecimento do talento e da qualidade da nossa produção audiovisual. O impacto de um prêmio como o Globo de Ouro é imenso. É a validação de que o cinema brasileiro tem histórias relevantes para contar, mesmo que não seja exclusivamente em inglês, a língua mais reconhecida no audiovisual global. Isso reforça a nossa força criativa e a necessidade de continuarmos fortalecendo a economia criativa no Brasil”.

O professor Francisco Malta, coordenador do curso de graduação em Cinema da Estácio Maracanã e professor de Roteiro e Produção Executiva da pós-graduação online em Cinema e Linguagem Audiovisual da Estácio, também comentou sobre o papel transformador dessa conquista. “Esse prêmio transcende o mérito individual e consolida o talento brasileiro no cenário global. Mais do que um reconhecimento, ele inspira uma nova geração de artistas e reafirma a relevância do cinema nacional.” Danielle complementa a visão ao abordar a importância de formar profissionais capacitados para dialogar com o mundo: “Fazer carreira internacional exige dedicação e competências específicas. Dominar outras línguas, compreender tendências globais e manter um pensamento voltado para o mundo são fundamentais. O Brasil já tem uma tradição cinematográfica com filmes e atores emblemáticos, mas momentos como esse são um convite para olharmos para o futuro com mais ambição e estratégia”.

Fernanda, que já havia conquistado a Palma de Ouro em Cannes, em 1986, por “Eu sei que vou te amar”, é conhecida por sua versatilidade, brilhando tanto em comédias como “Os Normais” quanto em dramas marcantes como “Terra Estrangeira”. Segundo Chico Malta, essa capacidade de transitar entre gêneros e de se reinventar foi essencial para sua consagração no Globo de Ouro. “Fernanda carrega um legado artístico de excelência e consistência. Seu trabalho em ‘Ainda estou aqui’ é uma prova de que a experiência e a profundidade emocional podem emocionar audiências em qualquer parte do mundo. A vitória não apenas eleva o Brasil ao pódio do cinema mundial, mas também reforça o potencial do país em continuar produzindo obras que dialoguem com questões universais. Como apontado por Danielle, é um momento de celebração e reflexão: “Premiações como essa mostram que somos cidadãos do mundo, capazes de criar narrativas que impactam e emocionam em qualquer idioma”, destaca.

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