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Pontes educacionais: Brasil e Reino Unido em prol da transformação da sociedade

*Por Maurício Zanforlin

Os últimos meses foram marcados por grandes reuniões para discutir o futuro do planeta. Entre elas, a Cúpula do G20 e a COP29, que fomentaram milhares de debates conduzidos por representantes de diversas partes do mundo. Essas discussões e a busca por soluções não apenas podem, como devem, ser replicadas nos mais variados setores. À medida que o mundo se torna cada vez mais interconectado, as parcerias internacionais ganham destaque como ferramentas estratégicas para impulsionar avanços em pesquisa, formação profissional e desenvolvimento de soluções inovadoras. Missões internacionais de cooperação acadêmica, focadas em benchmarking e estabelecimento de parcerias com algumas das melhores universidades do mundo, ilustram as possibilidades de troca de conhecimentos. Essas iniciativas ajudam a identificar aprendizados valiosos e a destacar as contribuições que o Brasil pode oferecer.

O Reino Unido é um exemplo notável, reconhecido mundialmente por sua excelência acadêmica e por suas instituições de ensino que ocupam posições de destaque em rankings globais. Um aspecto relevante do sistema britânico é a forte presença de alunos de fora do país. Em uma de suas renomadas universidades, por exemplo, estudantes de 153 nações integram o corpo discente, evidenciando como a diversidade global é parte essencial da vida acadêmica e reforçando que a internacionalização é uma prioridade estratégica para o ensino superior no país.

Essa abordagem pode servir de inspiração para o Brasil, ainda que nossa língua não seja tão difundida quanto o inglês. Apesar dos avanços na atração de estudantes estrangeiros, ainda há um vasto potencial para ampliar sua presença no cenário educacional global. Isso pode ser alcançado com a oferta de programas alinhados às demandas internacionais e pelo incentivo a parcerias em pesquisa — uma das áreas de destaque da educação superior brasileira.

Outro ponto de destaque do modelo britânico é a interdisciplinaridade, presente tanto no ensino quanto na pesquisa. A integração de diferentes áreas do conhecimento, aliada ao estímulo ao empreendedorismo e à criação de soluções aplicadas para o mercado, faz parte da grade curricular de algumas instituições. Isso se traduz no incentivo à criação de startups e no uso estratégico de tecnologias educacionais. No Brasil, também existem iniciativas nesse sentido. Universidades têm desenvolvido ecossistemas de inovação voltados para pesquisas aplicadas, consultorias e capacitação empresarial, consolidando o papel da universidade como um agente de desenvolvimento econômico e social.

No que diz respeito à diversidade cultural e inclusão social, o ensino superior brasileiro tem, há muito tempo, enfrentado o desafio de adaptar seus modelos educacionais para refletir a pluralidade do país. Esse esforço inclui promover o acesso à educação em contextos socioeconômicos e regionais extremamente diversos. Por exemplo, aqui se aplica a relação de um aluno bolsista para cada cinco pagantes nas universidades conveniadas ao ProUni, promovendo uma verdadeira inclusão social. O Brasil tem avançado continuamente no uso de tecnologias educacionais e na ampliação da educação a distância, impulsionado pelos desafios geográficos de um território extenso e pela necessidade de democratizar o ensino. Esses avanços colocam as instituições brasileiras em posição de destaque na criação de soluções flexíveis para a aprendizagem. Um exemplo é o crescimento expressivo da modalidade EaD: entre 2012 e 2022, o número de cursos de graduação a distância no país aumentou 700%. Hoje, essa modalidade representa 75,2% das vagas disponíveis em cursos de graduação. Outro modelo inovador é a graduação 4D, que se conecta ao conceito de metaverso e tem se mostrado uma tendência crescente em diferentes áreas do mercado. Criada de forma pioneira, essa ferramenta amplia o engajamento dos alunos com a rotina universitária, transformando a experiência acadêmica. Embora as universidades britânicas sejam referências no uso de tecnologias, elas também podem se beneficiar de uma troca de experiências com o Brasil.

No campo da sustentabilidade, que integra a pauta ESG também no setor educacional, o Reino Unido se destaca com instituições que combinam agendas ambientais com práticas sustentáveis aplicadas ao ensino e à pesquisa. Para o Brasil, ainda que haja muito a aprender nessa área, o país também tem contribuições valiosas a oferecer, graças à sua rica biodiversidade e à capacidade de criar soluções que integram desenvolvimento econômico e preservação ambiental.

Dessa forma, o intercâmbio acadêmico entre Brasil e Reino Unido vai muito além da simples troca de conhecimentos: ele se torna uma oportunidade de construir pontes educacionais entre duas culturas distintas. Ao analisarmos o contexto, percebemos que o Brasil pode aprender muito com as universidades britânicas em aspectos como internacionalização, inovação e sustentabilidade na educação. Por outro lado, o Reino Unido também se beneficia ao aprofundar sua compreensão sobre a diversidade e a adaptabilidade, características marcantes do sistema educacional brasileiro. Por meio de uma colaboração estratégica, torna-se possível enfrentar os desafios contemporâneos da educação e construir um futuro mais inclusivo, inovador e sustentável para as próximas gerações.

*Maurício Zanforlin é CEO do Grupo Marista

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