Politização da pandemia trará dificuldades à Bolsonaro nas eleições, pontua especialista

Assim que o primeiro caso de Covid-19 foi confirmado no Brasil em março de 2020, Jair Bolsonaro fez declarações opostas ao que dizia o resto do mundo. Em suas declarações ele menosprezou o vírus da covid-19 e as orientações dos órgãos de saúde, inclusive do seu próprio ministério.

“O que nós assistimos desde o início da pandemia foi uma verdadeira guerra entre governadores e Bolsonaro. Com isso houve uma politização geral, em sua maioria oposição ao atual presidente”, afirma o publicitário, especialista em marketing político, Janiel Kempers.

Para Janiel Kempers, a falta de senso de Bolsonaro em assumir a gravidade da pandemia e apostar em fake news para tentar culpar a grande imprensa de exagero na divulgação de números da Covid-19 e no tratamento eficaz para a doença, serão seus principais adversários. “Os debates eleitorais serão pautados em dois temas, um são as respostas dadas à pandemia e o outro muito relacionado é a economia. São temas que não favorecem em momento algum a reeleição de Bolsonaro”, colocou.

Em julho de 2020, o governo federal recusa aquela que seria a primeira de três ofertas de compra de milhões de doses Coronavac feitas pelo Instituto Butantan, ligado ao governo paulista, comandado por João Dória (PSDB), um ex-aliado que virou desafeto do Palácio do Planalto. A vacina estava sendo desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

Após ser pressionado pela divulgação de um plano de imunização pelo governo de São Paulo, Pazuello anuncia em entrevista ao canal CNN Brasil um acordo de intenção de compra de vacinas da Pfizer/BioNTech.

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Assim como em centenas de oportunidades, Bolsonaro demonstrou desinteresse pela saúde pública, levando em consideração apenas a briga política com seus adversários, afirma o especialista. “Em momento algum ele [Bolsonaro] demonstrou interesse em resolver o problema, a sua maior preocupação era assegurar a veracidade do seu discurso, que não passava de um ato egoísta. Bolsonaro entra num ano de eleição com uma imagem completamente desgastada”, finalizou.

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