Petrobras: dados operacionais apontam para balanço robusto no 1T22 dizem analistas

Por Ana Beatriz Bartolo

Investing.com – A divulgação da Petrobras (SA:PETR4) dos seus resultados operacionais do primeiro trimestre causou uma boa impressão no mercado, que agora está mais otimista para o seu balanço entre os meses de janeiro e março de 2022. Os números sugerem resultados robustos, com a possibilidade de distribuição de dividendos generosos.

Às 12h01, as ações da Petrobras subiam 1,23%, a R$ 30,43.

Os resultados operacionais da Petrobras sugerem fortes ganhos no trimestre, segundo o UBS, que acredita que os rendimentos dos dividendos para o 1T21 da estatal girem em torno dos 5% a 8%. Para 2022, a previsão do banco é que os rendimentos fiquem acima dos 40%, incluindo desinvestimentos e outros recebíveis em dinheiro.

O BTG Pactual (SA:BPAC11) também está otimista com os números operacionais da Petrobras. Junto com a desvalorização do real e a alta do petróleo Brent, que avançou 60% na comparação com o 1T21, o banco acredita que a estatal deve apresentar resultados notáveis neste trimestre, sendo possível alcançar um novo recorde.

O Ebitda estimado para a Petrobras no 1T22 é de R$ 83 bilhões, segundo previsões do BTG Pactual. O banco também prevê uma receita líquida de R$ 155 bilhões e um lucro de R$ 47 bilhões, auxiliados por ganhos de caixa não relacionados à variação cambial.

No 1T22, a produção nacional de petróleo bruto da Petrobras chegou a 2.231kbpd, 7,8% acima das expectativas do UBS. O crescimento de 3,7% foi impulsionado pelas operações em águas profundas e ultraprofundas, sendo que o pré-sal foi responsável por quase 75% da produção doméstica.

O UBS estima que a Petrobras atingiu uma participação de mercado no abastecimento do Brasil de 81% no 1T22, ante 80% no 4T21 e 87% no 1T21. Para a gasolina, a estimativa da participação de mercado da empresa no trimestre foi de 80%, ante 81% no trimestre anterior e 78% no mesmo período de 2021.

Outro ponto que pode ser destacado nos resultados operacionais da Petrobras é a redução sequencial de 58% nos volumes de regaseificação dos volumes de GNL, ligada à menor demanda de natgas das usinas termelétricas. Para o UBS, isso pode ajudar a aliviar parte da pressão nos resultados de G&P observados no 4T21.

O UBS mantém a recomendação de compra das ações da Petrobras, com preço-alvo em R$ 44. Já o BTG é mais cauteloso por causa das eleições e tem uma indicação neutra para a ADRs, com preço-alvo em US$ 15.

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