Pedidos iniciais por Seguro-Desemprego e outros dados do Mercado Financeiro
Confira a análise econômica sobre os EUA, Brasil e Europa, do Economista-Chefe da Nova Futura Investimentos, Pedro Paulo Silveira
As bolsas internacionais fecharam em queda, mediante aos dados de conjuntura econômica decepcionantes. O Livro Bege e a contração econômica em todas as regiões dos Estados Unidos, advindas das consequências do isolamento social feito para tentar reduzir os efeitos do covid-19, contribuíram para essa queda. Dentre os dados que trouxeram mau humor para os mercados, se destacam as vendas do varejo, com queda de 4,5% no mês de março, contra a expectativa de queda de 2,5%. O Índice de atividade industrial para o estado de Nova York contabilizou forte queda, com perda de 21,5 pontos no índice.
Já a queda nos preços do petróleo, com retração de 1,19% no WTI e de 6,45% no Brent, fechando a sessão em US$ 19,87 e US$ 19,87, respectivamente, também influenciaram as bolsas negativamente. O fraco desempenho da commodity, pressionou negativamente e, por consequência, os ativos de energia e de empresas petroleiras. Assim, o S&P 500 liderou as quedas, com retração de 2,20%. O Dow Jones, teve perdas de 1,86% e Nasdaq registrou perdas de 1,44%. O Índice VIX, mediante às incertezas trazidas pelos dados negativos dos EUA, teve aumento de 8,16%, alcançando 40,84 pontos.
No Brasil, os dados de petróleo e o cenário político pressionaram o índice para baixo. O STF, com a maioria de 6 votos, validou a restrição social por parte de governadores e prefeitos para tentar amenizar a pandemia. Todavia, após o fechamento do mercado, o Senado aprovara o texto-base do Orçamento de Guerra, o que comprometerá menos as contas públicas. Assim, o Ibovespa registrou queda de 1,36%, a fechar a sessão a 79.344 pontos e o dólar comercial teve elevação de 0,99%, cotado a R$ 5,24.
Na Europa, mediante aos dados de conjuntura econômica e a retirada das doações dos Estados Unidos à OMS (Organização Mundial da Saúde) lamentada por Tredos, Diretor do Órgão Supranacional, por conta de os cortes impactarem medidas que poderiam ser feitas. Levando receio em relação ao avanço do covid-19 nos mercados do velho mundo. Assim, Milão liderou as quedas com retração de 4,78%, seguido por Frankfurt, com queda de 3,90%. Madrid teve perdas de 3,79%. Paris e Londres tiveram quedas de 3,76% e 3,34%, respectivamente.