Pacientes recuperadas de câncer de mama têm mais risco de adquirir doenças cardíacas

Problemas cardiovasculares são os que mais matam mulheres no Brasil. A prevenção precisa ocorrer durante o ano inteiro

O câncer de mama é a variação da doença mais incidente no mundo, com 2,1 milhões de casos, e a que mais afeta as mulheres (24,2%), segundo relatório divulgado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), em maio de 2020. Além disso, a projeção da instituição para os próximos anos não é animadora: no triênio 2020-2022, a expectativa é de que sejam diagnosticados 66 mil novos casos da doença.

 

Quanto mais cedo se constata o câncer de mama, maiores as chances de cura (podendo chegar a 95% de possibilidade de recuperação). Porém, em alguns casos, as mulheres curadas têm que lidar com outra questão: os problemas cardiovasculares. Pressão alta, parada e arritmia cardíaca e infarto do miocárdio são as doenças que mais matam mulheres no Brasil, de acordo com o DataSUS.

 

Segundo a cardiologista Thais Moreno, a relação entre câncer de mama e doenças cardiovasculares ocorre porque, além de algumas pacientes já possuírem fatores de risco antes do diagnóstico, a terapia oncológica pode causar cardiotoxicidade. “Sedentarismo, mudanças no metabolismo e na coagulação devido ao câncer também representam riscos para o desenvolvimento de problemas cardíacos”, explica a cardiologista.

 

A especialista informa que durante o tratamento do câncer, é necessário que haja também uma atenção mais direcionada ao sistema cardiovascular, realizando ações conjuntas que inibam potenciais doenças do coração. “Praticar exercícios físicos com frequência e ter uma alimentação balanceada e saudável também são fundamentais para diminuir os riscos dessas doenças”, finaliza.

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