Personalize as preferências de consentimento

Utilizamos cookies para ajudá-lo a navegar com eficiência e executar determinadas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies em cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies categorizados como “Necessários” são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para ativar as funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

Não há cookies para exibir.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

Não há cookies para exibir.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

Não há cookies para exibir.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

Não há cookies para exibir.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

Não há cookies para exibir.

O Brasil está preparado para o clima extremo?

Por Marcos Torrigo*

O Brasil está passando por momentos climáticos secas colossais nos rios amazônicos; enchentes no Sul; a maior cidade do país, São Paulo, ficou com áreas inteiras sem luz. Eventos que podem ter relação com o aquecimento global e a devastação ambiental. O aquecimento global afeta a parte viva do planeta, onde estão, segundo algumas estimativas, entre 3 e 100 milhões de espécies. A espécie humana é uma em meio a essa infinidade.

O clima no extremo, com ondas de calor ou frio, aumenta os riscos à saúde, eleva a incidência de problemas respiratórios, de câncer, AVC e problemas cardíacos. Alguns vão dizer que eventos extremos sempre aconteceram, mas agora estamos acelerando esses eventos. 99% dos cientistas atestam que a mudança climática é causada pela ação humana.

Vamos usar como analogia um fumante: o tabaco não “criou” os ataques cardíacos e as doenças de pulmão, essas doenças acompanham os humanos há milênios, mas é inegável que o cigarro aumenta enormemente a incidência dessas doenças.

Outros dirão que a humanidade tem o poder e a tecnologia para enfrentar o aquecimento global. De fato, assim como tem para acabar com as guerras, a fome e algumas doenças. Desejo sorte… Muitas pessoas guardam na memória alguma área natural que traz boas recordações: uma grande árvore que nos protege com sua sombra, ou mesmo o som da chuva, dos grilos, ou ver a dança dos vagalumes à noite.

A vida moderna nos afastou da natureza, talvez por isso tanto se fale em preservar, cuidar e manter, mas as ações não correspondem ao ativismo digital e ao discurso em geral. Dito isso, quero tratar de uma “criação brasileira”: as Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs). A União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) ressalta a importância das áreas protegidas, que são a base para a conservação da biodiversidade, manutenção do clima e das condições para a agropecuária.

Um grande trunfo das RPPNs é serem áreas protegidas particulares. O pesquisador Beto Mesquita, no livro RPPNs para Sempre, traduz bem o que motiva alguém a criar uma RPPN: “São pessoas que arregaçaram as mangas e foram à luta. Que ousaram deixar posições confortáveis e situações de vida muitas vezes estáveis para se aventurar no mundo da conservação voluntária. É gente que sonha, mas que não se contenta só em sonhar. São seres humanos que, entendendo a beleza e o sagrado de compartilhar este planeta com tantos e tão diversos seres de outras espécies, famílias e reinos, têm dedicado sua vida à proteção da natureza. Dedicam suas vidas e seu patrimônio porque entenderam que a natureza é, de fato, o nosso maior patrimônio” (MESQUITA, 2023, p. 14).

Adquiri uma área em 2018, mas notei, para minha tristeza, caçadas e outros crimes ambientais. Isso me levou à criação da RPPN. Assim, nascia a RPPN Tuki, em 2021. Mas os problemas continuaram, então tive que cercar a área. Contudo, fui surpreendido com as cercas sendo danificadas.

Em agosto, ocorreu uma caçada de veados em plena RPPN. É possível ver nas filmagens o animal fatigado, tentando escapar dos seus perseguidores. Infelizmente há dezenas de outras filmagens e fotos que mostram o desrespeito à natureza. Pena que muitos municípios não entenderam a importância das RPPNs e, assim como alguns proprietários rurais, se esquecem que as reservas são vitais para a preservação de nascentes e mananciais. Não se cria nem se planta sem água!

*Marcos Torrigo é proprietário da RPPN Tuki em São Thomé das Letras MG, entusiasta da preservação ambiental por amor, editor de profissão, e professor no curso Escritores Admiráveis.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.