“O Brasil É Bom” reestreia temporada gratuita com série de contos sobre o país, na Oficina Cultural Oswald de Andrade

Fotos: Ligia Jardim

Com temporada de quarta a sábado, de 08 a 18 de novembro, o espetáculo é inspirado no livro de contos 

“O Brasil É Bom” de André Sant’Anna e proporciona reflexão sobre a estupidez humana 

“O que dá pra rir, dá pra chorar. Questão só de peso e medida. Problema de hora e lugar. Mas tudo são coisas da vida. 

O que dá pra rir, dá pra chorar. O que dá pra rir, dá pra chorar”.

O trecho da canção dos Originais do Samba de 1969, reflete a verve questionadora e cômica do espetáculo teatral “O Brasil É Bom”,
que reestreia em temporada gratuita na Oficina Cultural Oswald de Andrade, a partir de 08 de novembro. A curta temporada segue até
o dia 18 de novembro, com apresentações de quarta à sábado. (os horários estão no serviço abaixo)

 

Assim como no livro homônimo de contos, a peça busca investigar cenicamente as possibilidades e indagações que se podem trazer para a materialização. A partir do horror de um pensamento limitado, ou a beleza de um pensamento consciente, é alcançada a comunicação dessas palavras ferinas através de uma explícita ironia


Fotos: Ligia Jardim

De forma crítica, a peça expõe questões sociais do país trazendo uma linguagem lírica, poética ou ainda debochada, transitando entre realidade e ficção. “O Brasil É Bom” propõe uma experiência sonoro-digestiva-visual em forma de um carinhoso convite para habitarmos o cotidiano do bom brasileiro em situação de “bem” ou, simplesmente, verborrágico progressivo.

É uma peça apropriada para os estômagos fortemente desalimentados da desesperança que assola o território nacional dos nossos sonos, tendo em vista, a proposta de poetizar o Brasil, para assim traduzir as essências brasileiras de nós, o todo do Brasil”, contou um dos diretores do espetáculo, William Simplício.

Sinopse
Entre todos os recordes alcançados na exportação de commodities e na lucratividade do sistema bancário que levaram o país ao sexto maior PIB do mundo – entre gols e recordes olímpicos – a estupidez andava sorrateira pelos becos da alma. Roendo seu ressentimento contra o pensamento, a beleza, a justiça e a liberdade, os estúpidos foram, aos poucos, consumindo cada vez mais croc-chips-burgers-bits, adquirindo cada vez mais poder e se espalhando. Pelas instituições, pelos partidos políticos, pelos condomínios, pelas praias de veraneio lotadas, pelas conversas de botequim estúpidos chegaram por toda parte.  Passamos a ouvir os estúpidos falarem sobre tudo: contra os Direitos Humanos, a faixa de pedestres, a educação primária, secundária e superior; contra a literatura, a música e o teatro; e contra a gentileza, a poesia e o bom senso. “O Brasil É Bom”, as portas do Inferno da Estupidez estarão abertas e os personagens mais inacreditavelmente estúpidos vão tomar conta do espaço cênico, como fantasmas da realidade. Por vezes, cômicos. Por vezes, aterrorizantes. O Brasil é bom? O Brasil vivia um momento no qual gozava do status de grande nação emergente, debutando como potência econômica entre os gigantes do Primeiro Mundo, pátria-mãe de uma gente multirracial e multicultural.

Sinopse curta:

Em “O Brasil É Bom” as portas do Inferno da Estupidez são abertas, para que os personagens mais inacreditavelmente estúpidos tomem conta do espaço cênico, como fantasmas da realidade. Por vezes, cômicos. Por vezes, aterrorizantes. O Brasil é Bom? 


Fotos: Ligia Jardim

Ficha Técnica 

Idealização: Eduardo Speroni e Jean Machado

Elenco: Eduardo Speroni, Jean Machado, Nathalia Ernesto e Nilceia Vicente
Dramaturgia: André Sant’Anna
Direção: Georgette Fadel e William Simplício
Orientação Corpo / Movimento: Verônica Santos
Figurino: Vicenta Perrota | Desenho de Luz: Amanda Amaral
Operadora de luz: Henrique Andrade e Aldrey Hibbeln
Cenografia e Identidade Visual: Pedro Levorin
Assistente de cenografia: Annick Matalon
Cenotécnico | Construção de mobiliário: Zé Valdir
Aderecista | Cabeça: Abmael Henrique
Direção musical: Novíssimo Edgar
Produção musical: Makoto Oiwa (Dj Mako)
Músico de cena: Lucas Ibarra (Dj Ls Jay)
Operador de som: Felipe Santana | Danilo Santos
Fotos: Ligia Jardim
Direção de Produção: Quica Produções| Thaís Venitt | Thaís Cris
Assistente de Produção: Beatriz Scarcelli
Coordenação geral do Projeto: ADAAP – Associação dos Artistas Amigos da Arte
Assessoria de Imprensa: Rafael Ferro e Pedro Madeira

Serviço:

“O Brasil É Bom”

Oficina Cultural Oswald de Andrade

De 08 a 18 de novembro | GRATUITO

Horários:

08 e 09/11 – Quarta e quinta às 19:30h

10/11 – Sexta às 15h e às 19:30h

11/11 – Sábado ás 15h e ás 18h

Segunda semana:

15/11 – Quarta às 18h (feriado)

16/11 – Quinta às 19:30h

17/11 – Sexta às 15h e às 19:30h

18/11 – Sábado ás 15h e ás 18h

Classificação etária: 16 anos | Duração: 90 min | Tragicomédia

Capacidade: 60 lugares | Teatro acessível

Informações para a imprensa:

Rafael Ferro – rafaferroproduca@gmail.com | 11 97797-0879

Pedro Madeira – madeirapedro5@gmail.com | 21 99624-2254

SOBRE A EQUIPE

“Até que ficaram todos felizes, entrando para o Primeiro Mundo com seus croc-chips-bits-burguers. A maioria manda e a maioria prefere croc-chips-bits-burguers do que oncinha, arara azul, índio, cachoeiras, florestas, Glauber Rocha e rios caudalosos.” André Sant’Anna (Autor)

ANDRÉ SANT’ANNA – DRAMATURGIA

André Sant’Anna é músico, escritor, dramaturgo, roteirista de cinema, televisão e publicidade. São seis livros publicados: “Amor”, “Sexo”, “Amizade”, “O Paraíso É Bem Bacana”, “Inverdades” e o “Brasil É Bom”, com edições publicadas também em Portugal, Espanha, Itália e Alemanha. O conto “O Importado Vermelho de Noé” foi incluído na antologia “Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século XX”, (2000), e a crônica “Pro Beleléu” incluída na antologia “As Cem Melhores Crônicas Brasileiras”, (2007). Como dramaturgo, foi autor de textos para os espetáculos: “Sexo”, Companhia Pierrot Lunar; “Puzzle A”, “Puzzle B” e “Puzzle D”, dirigidos por Felipe Hirsch; “Todas as Possibilidades 1 e 2”, “O Brasil É Bom” e “Teresinha”, dirigidos por Bruno Siniscalchi; “bicho” e “Ajuste”, dirigidos por Georgette Fadel; “O mportado”, Odilon Esteves; “Os Kavernistas do Terceiro Milênio”, dirigido por Luís Mármora; “PI – Panorâmica Insana”, dirigido por Bia Lessa; “Os Insensatos” e “Guerra em Iperoig”, com a Mundana Companhia de Teatro; “Eu para chegar aqui passei pela cidade de Havana”, com Paula Klein.

GEORGETTE FADEL – DIREÇÃO

“Discursos feitos de verdades partidas. Ou de mentiras. Frases compostas por fragmentos de pensamento, pequenos fragmentos unidos num todo monstruoso. Nossa tragédia. Mundial. Não se pensa mais. Blocos duros de sentido sem coerência nem consciência habitam nossas mentes e bocas como larvas de violência. Pois onde não há pensamento, não há ligação entre nós, além de sentimentos e desejos manipulados e estamos perdidos. André Santana nos propicia essa paisagem pro jogo. Vamos à ele.” (Georgette Fadel)

Georgette Fadel é diretora e atriz com formação acadêmica (Escola de Arte Dramática e Departamento de Comunicação e Artes da USP), mas que ainda dentro da faculdade durante os anos 90 se engaja e faz parte do florescimento de um forte movimento de grupos na cidade de São Paulo.

Participa da fundação de Cias como a Cia do Latão, Núcleo Bartolomeu de depoimentos e Cia São Jorge de Variedades, onde dirigiu e atuou em diversos espetáculos marcantes do movimento estético da virada do século como “O nome do Sujeito”, “Bartolomeu que será que nele deu”, “Biedermann e os incendiários”, “Bastianas”, “Barafonda”, “Quem não sabe mais quem é, o que é onde está, precisa se mexer”. Dirigiu com a Mundana Cia, com a Probástica Cia, com a Cia Mungunzá e vários outros coletivos e artistas, espetáculos que viajaram o Brasil, ganhando algumas vezes palcos internacionais. Como atriz foi dirigida por Cristiane Paoli Quito, Tiche Viana, Francisco Medeiros, Cibele Forjaz, Frank Castorf, Felipe Hirsch, Elisa Ohtake dentre outras e outros. Como professora, além de oficinas pelo país inteiro, ministrou aulas de interpretação na Escola Livre de Teatro de Santo André, no Estúdio Nova Dança, na pós-graduação da Faculdade Celia Helena, além de direções na Escola de Arte Dramática da USP. Há alguns anos iniciou sua trajetória na TV com atuações em séries, e no cinema com trabalhos como diretora e atriz ao lado de artistas como Caco Ciocler e Julia Zakia. Sua trajetória é profundamente ligada à construção da performance livre e consciente dos movimentos do seu tempo para a construção de futuros mais dignos.

WILLIAM SIMPLICIO – DIREÇÃO

“O Brasil é bom, propunha uma experiência sonoro-digestiva-visual em forma de um carinhoso convite para habitarmos o cotidiano do Bom Brasileiro em Situação de Bem, ou simplesmente, verborrágico progressivo. É uma peça apropriada para os estômagos fortemente desalimentados da desesperança que assola o território nacional dos nossos sonos, tendo em vista, a proposta de poetizar o Brasil, para assim traduzir as essências brasileiras de nós, o todo do Brasil.” (William Simplicio)

William Simplicio é ator, dramaturgo, diretor, preparador e provocador do corpo cênico, músico/compositor, arte educador. Formado pela Escola Livre de Teatro de Santo André e hoje é graduando em pedagogia pelo Instituto Singularidades. Fundador da Corpórea Companhia de Corpos, onde aprofunda a pesquisa sobre a consciência tátil dos corpos negros na construção de seu protagonismo, tendo como ponto de partida o próprio cotidiano das ou dos intérpretes. Como ator integrou vários espetáculos na cidade de São Paulo e atualmente integra a peça “Galpão de Espera”.

EDUARDO SPERONI – ELENCO

Eduardo Speroni é ator com experiência no teatro, cinema e televisão. Seu trabalho mais

recente na televisão foi o personagem Bebeto em “O Sétimo Guardião” (Rede Globo).

Também participou das séries “Sob Pressão” (Rede Globo) e “Impuros” (FOX). No teatro, tem como destaque os espetáculos: “Caranguejo Overdrive” da Aquela Cia. de Teatro, “bicho”, com direção de Georgette Fadel e “Purple Drive”, esquete no 3º FESTU Rio, onde foi premiado como Melhor Ator. No cinema, já fez diversos curtas e longas-metragens. Seu primeiro trabalho foi em “Claun”, com direção de Felipe Bragança. Em 2016, atuou em “B.O.”, direção de Pedro Cadore e Daniel Belmonte. Seus últimos filmes foram “Macabro”, dirigido por Marcos Prado e “Álbum em Família”, de Daniel Belmonte.

JEAN MACHADO – ELENCO

Jean Machado é ator formado pela CAL – Casa das Artes de Laranjeiras e graduado em Artes Cênicas pela UniverCidade – Centro Universitário do Rio de Janeiro. No Teatro, atuou em algumas montagens nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, sendo elas: Um Inimigo do Povo, de Henrik Ibsen, com direção de Moacir Chaves (2006); O Inspetor Geral, de Nicolai Gogol, direção Celina Sodré (2007); Jurassic Miusicol, texto e direção Xico Abreu (2010); Da Carta ao Pai – Ou tudo aquilo que eu queria te dizer, texto e direção Alessandra Gelio (2010/2015); bicho, texto André Sant’Anna com direção de Georgette Fadel (2015/2017); e “A Menina que veio do rio”, texto Julia Fovitzki, com direção de Paula Klein (2020/21). Na televisão atuou na série Macho Man – Tv Globo, direção de José Alvarenga Jr (2011).

NATHALIA ERNESTO – ELENCO

Nathalia Ernesto é atriz formada pela Escola de Arte Dramática – EAD/ECA/USP, em canto popular pela Escola de Música do Estado de São Paulo – EMESP Tom Jobim e em Artes Visuais, pelo Departamento de Artes Plásticas – CAP/ECA/USP. No audiovisual atua nas séries Pico da Neblina – HBO, primeira e segunda temporada (2019 – 2022), Não Foi Minha Culpa – Star + (2022), Segunda Chamada – Globoplay (2021) e Feras – MTV (2019). No Cinema, atuou nos seguintes longas-metragens, Meu Nome É Gal, O Pai da Rita (2022), Corpo Elétrico (2017) e no curta Parede Branca do Que Poderia Ser (2012). É co-fundadora do Grupo 59 de Teatro, com o qual atua profissionalmente desde 2011 nos espetáculos “Histórias de Alexandre” e “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá” (direções de Cristiane Paoli Quito), “Mockinpó, Estudo de um Homem Comum” (direção de Claudia Schapira), “A Última História” (direção de Tiche Vianna), em 2015 foi indicada ao Prêmio Aplauso Brasil de Teatro na categoria “Melhor Atriz Coadjuvante” por seu trabalho no espetáculo “Terra à Vista” (direção de Fabiano Lodi). Junto da Cia Mar Teatro, atua no espetáculo Astronaut(A) – 2021.

NILCÉIA VICENTE – ELENCO

Nilcéia Vicente é Atriz, cantora e contadora de histórias. Formada pela Escola de Arte Dramática ECA\USP (2011). Integrante fundadora do Grupo 59 de Teatro. Que mantêm em seu repertório os espetáculos infantojuvenis: O Gato Malhado e Andorinha Sinhá (2009) – Direção Cristiane Paoli Quito; Histórias de Alexandre (2017) – Direção Cristiane Paoli Quito – vencedor do prêmio APCA de melhor direção e Prêmio São Paulo de incentivo ao teatro Infantil e Jovem. Nas categorias Trilha Adaptada, Direção e Prêmio Especial pelo domínio criativo de narração de histórias. Espetáculos recentes: Odisséia (2018\2019) Dramaturgia e Direção Léo Moreira Cia. Hiato; Terror e Miséria no Terceiro Milênio – improvisando utopias (2019) – Direção Claudia Schapira com Núcleo Bartolomeu de Depoimentos – vencedor do prêmio APCA; A noite dos mortos vivos (2019) direção Paula Picarelli e Thiago Amaral Cia. Hiato; Floresta (2020) direção e dramaturgia Alexandre Dal Farra; Estelas Pretas- Claridade e Luz (2020) direção Georgette Fadel.

VICENTA PERROTA – FIGURINO

Vicenta Perrotta estilista / artevista, e coordenadora de uma ocupação artística transvestigenere, o Ateliê TRANSmoras. É conhecida por produzir roupas e acessórios a partir de materiais de descarte da indústria têxtil, roupas encontradas em pontos de doação ou lixos transformando em novas peças upcycling que dialogam, discutem e questionam o comportamento de consumo, principalmente o de moda. Trabalhando através da ressignificação a artista desconstrói as questões de gênero nas roupas, como por exemplo o binarismo, padrões estéticos, como a gordofobia, machismo, racismo, lgbtfobia e transfeminismo também são temas que a estilista problematiza e questiona em suas criações. Formando um elo de compromisso não só com a sustentabilidade, mas também com o empoderamento dos corpos abjetos. Seu trabalho desconstrói o conceito de consumo e atrela a suas peças uma visão alternativa para consumir e identificar comportamentos impostos pela indústria que são desnecessários para a nossa vida contemporânea.

PEDRO LEVORIN – DIREÇÃO DE ARTE

Pedro Levorin é graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Escola da Cidade – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (2020) com o Trabalho de Conclusão de Curso “Incorporações: imagem e materialidade de arquiteturas populares em sertões da Bahia”. Desde 2017 estuda aspectos materiais de culturas populares, principalmente em cidades do interior do Estado da Bahia. Em 2018 trabalhou na área do Patrimônio Cultural (material e imaterial), por meio de estágio realizado no Escritório Técnico do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em Cachoeira, na Bahia. Neste período se aproximou da preservação de terreiros de candomblé, especificamente no Zogbodo Male Bogum Seja Hunde (Roça do Ventura). Desde o início de 2020 integra um grupo de estudos que discute a categoria popular em arte e arquitetura.

Atua também como designer gráfico e cenógrafo. Durante os anos de 2016 e 2017 esteve vinculado ao Coletivo Andaime, que desenvolvia instalações espaciais para teatro, festivais e feiras. No teatro, assinou o cenário da peça “É assim que vivem os Czares”, dirigida por Maíra do Nascimento (CAC-USP, 2018). Foi responsável pelo projeto gráfico da antologia “Escritas Sertanejas”, organizada por Ivan Santanna, publicada em 2021 pela Empresa Gráfica da Bahia (EGBA). O que orienta suas criações é um interesse nas complexidades imagéticas e materiais produzidas por cidades. Atualmente desenvolve projetos arquitetônicos, gráficos, direção de arte e pesquisa.

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