Meu Casulo de Drywall, de Caroline Fioratti, tem sua estreia mundial no Festival SXSW 2023
Longa autoral da diretora é o único brasileiro selecionado para o evento
O terceiro longa da cineasta Caroline Fioratti, MEU CASULO DE DRYWALL, seu primeiro filme autoral, fará sua estreia mundial dentro da seção Global do SXSW South by Southwest, um dos maiores festivais norte-americanos e do mundo.
A história impactante de “Meu Casulo de Drywall” gira em torno de Virgínia, uma jovem que morre durante sua festa de 17 anos. O filme, então, acompanha 24 horas na vida de moradores de um condomínio, que são afetados pela tragédia. Os pais, amigos e o namorado da garota precisam lidar com a culpa e o luto que caem sobre eles, enquanto tentam responder: quem matou Virginia?
A estreante Bella Piero divide as telas com a veterana dos festivais de Sundance e Cannes, Maria Luisa Mendonça, que interpreta sua mãe. O elenco inclui Michel Joelsas, conhecido por seus papéis em “A Segunda Mãe” (vencedor de Sundance e Berlin Panorama) e “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias” (Competição de Berlim), e Mari Oliveira, a estrela de “Medusa” (Quinzena dos Realizadores de Cannes).
Lançando sua carreira internacional com “Meu Casulo de Drywall”, Fioratti já consolidou seu nome no mercado brasileiro como escritora e diretora de filmes e séries de sucesso. Ela é a criadora e diretora da série indicada ao iEmmys “A Grande Jornada” e diretora da série original Netflix “Temporada de Verão”, entre outras. Em longas-metragens, ela dirigiu “Meus 15 Anos”, um sucesso de bilheteria, e “Amarração do Amor”, uma comédia exclusiva do Amazon Prime Video. “Meu Casulo de Drywall” é seu terceiro longa e seu projeto mais pessoal até hoje.
Essa é minha obra mais autoral, na qual tive a oportunidade de mergulhar nas minhas dores da adolescência e compreender como essas mesmas dores ressoam nos jovens de hoje. Quando eu soube da seleção no SXSW, foi uma alegria imensa, pois é um festival que tem no público jovem seu interlocutor, além de ser um espaço para filmes que propõe inovações narrativas e estéticas. Vai ser uma honra representar o audiovisual brasileiro esse ano no festival, conta a cineasta.
Caroline conta que se interessou por narrar uma história que se passa nesse microcosmo do condomínio, pois foi na sua adolescência o momento em que esses empreendimentos começaram a surgir como promessa de um oásis de segurança. Duas décadas se passaram e os condomínios se tornaram mais elitizados e parte marcante do cenário urbano-social brasileiro.
Nos últimos anos, o Brasil vem testemunhando um processo de condominização da vida. Crianças e jovens crescem em condomínios que são pequenas cidades, nas quais a maioria tem as mesmas condições financeiras, cor de pele branca e posição política. Funcionários vêm de longe trabalhar, entram pela porta de serviço e servem sem serem vistos. Minha intenção com esse filme não é uma simples crítica, mas um caminho para a compreensão. Tenho imensa empatia e compaixão pelos personagens e torço para que encontrem uma forma de ultrapassar os muros reais e simbólicos. MEU CASULO DE DRYWALL é um grito silencioso dessa juventude que quer romper as paredes do próprio casulo e ganhar asas para além dos muros.
Escrito e dirigido por Caroline, o filme é uma produção da Aurora Filmes em coprodução com a Haikai Films e distribuição pela Gullane. A participação do filme no festival conta com o apoio do Projeto Paradiso, SPCine, CreativeSP e Instituto Guimarães Rosa. A produção é apoiada pela ANCINE por meio de seu Fundo do Setor Audiovisual.
Sinopse
Virgínia comemora os seus 17 anos com uma festa em sua cobertura. Apesar de tudo parecer perfeito, Virginia não consegue ignorar a ferida que cresce com o correr das horas. O dia seguinte nasce com uma tragédia que abala o condomínio: Virgínia está morta. Patrícia, sua mãe, vive o luto quase a ponto de enlouquecer. Luana questiona se é culpada pelo destino da melhor amiga. Nicollas tenta ignorar a morte da namorada refugiando-se em sexo casual com funcionários. E Gabriel carrega o peso de um segredo e de uma arma.
Ficha Técnica
Uma produção AURORA FILMES em coprodução com HAIKAI FILMES Distribuição GULLANE DISTRIBUTION
Escrito e dirigido por CAROLINE FIORATTI
Produzido por RUI PIRES e ANDRÉ MONTENEGRO
Coproduzido por CAROLINE FIORATTI
Elenco:
MARIA LUISA MENDONÇA, como Patrícia
BELLA PIERO, como Virginia
MICHEL JOELSAS, como Nicollas
MARI OLIVEIRA, como Luana
DANIEL BOTELHO, como Gabriel
CACO CIOCLER, como Juiz Roberto
Participações especiais:
DÉBORA DUBOC, como Cristina
FLÁVIA BOTTLE, como Malu
MARAT DESCARTES, como General Antonio
LENA ROQUE, como Silmara
Roteiro: CAROLINE FIORATTI
Fotografia: HELCIO GERMAN NAGAMINE
Montagem: LEOPOLDO JOE NAKATA
Desenho de Produção: MONICA PALAZZO
Figurino: CÉSAR MARTINS
Maquiagem: NATIE CORTEZ
Som Direto: FRED FRANÇA
Desenho de Som e Mixagem: RICARDO REIS
Supervisão de Desenho de Som: MIRIAM BIDERMAN
Trilha Sonora Original: FLAVIA TYGEL
Elenco: DIOGO FERREIRA
Preparação do Elenco: TOMÁS REZENDE
Gerente de Produção: LIA REZENDE
Produtores Executivos: RUI PIRES e ANDRÉ MONTENEGRO
Sobre a diretora
Caroline Fioratti é roteirista e diretora. Estreou na direção de longa-metragens com o filme Meus 15 Anos. Criou, escreveu e dirigiu a minissérie A Grande Viagem, indicada ao International Emmy Awards. Tem em seu currículo séries como Unidade Básica (Universal/ Globoplay), Temporada de Verão (Netflix) e Os Ausentes (HBO Max). Atualmente finaliza o longa-metragem Um Ano Inesquecível Inverno, para o Amazon Prime Video e prepara o lançamento do seu novo filme autoral Meu Casulo de Drywall.
Sobre Aurora Filmes
Aurora Filmes é uma produtora audiovisual fundada em 2006. Com projetos nacionais e internacionais voltados para cinema e TV, suas produções são aclamadas por crítica e público e já participaram de festivais como Festival de Cannes, Berlinale, Locarno Festival, Festival Internacional de Cinema de Rotterdam, Festival Cinélatino, Encontros de Toulouse, Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Festival do Rio, entre outros. Em 2017, a Aurora Filmes lançou seu mais recente longa-metragem, Era O Hotel Cambridge (Eliane Caffé, 2017), que recebeu os prêmios de pós-produção e finalização Hubert Bals Fund e Cine en Construcción/Prêmio da Indústria do Festival de San Sebastián, e as séries de TV Axogun (5 eps. 26 min) e A Grande Viagem (13 eps., 26 min), indicada ao Emmy Kids Internacional. Seus próximos lançamentos, previstos para 2020, são: O longa metragem Sobre Girassóis (dirigido por Caroline Fioratti), longa-metragem Meu Último Desejo (dirigido por Arnaldo Jabor) e o documentário Para Onde Voam as Feiticeiras (dirigido por Eliane Caffé, Carla Caffé e Beto Amaral)
Sobre a Gullane
A Gullane é uma das maiores produtoras e incentivadoras do mercado audiovisual brasileiro, além de uma das principais exportadoras de obras independentes. Fundada em 1996 pelos irmãos Caio Gullane e Fabiano Gullane, já soma em seu catálogo mais de 50 filmes lançados com destaque no cinema nacional e no exterior e 30 séries para televisão e plataformas digitais.
Entre os filmes e séries de destaque estão “Carandiru”, Bicho de Sete Cabeças, A Última Floresta, O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias; a franquia Até que a Sorte nos Separe; Que Horas ela Volta?, “Como Nossos Pais, Bingo – o Rei das Manhãs; as séries Alice e “Hard” (HBO), “Unidade Básica – 1a e 2a temporada” (Universal Channel), Carcereiros (Globoplay), Irmãos Freitas (Space e Amazon Prime), Ninguém Tá Olhando e “Boca a Boca (Netflix), O Rei da TV (Star+). Já coleciona mais de 500 prêmios e seleções em importantes festivais de cinema e televisão do Brasil e do mundo como Mostra de Cinema, Festival do Rio, Cannes, Veneza, Berlim, Sundance, Toronto, MIPTV e Emmy.