Melhorias em projeto de fertilizantes de Santa Quitéria são apresentadas ao governador Elmano de Freitas

O Governador do Estado do Ceará, Elmano de Freitas, se reuniu nessa quinta-feira (20) com representantes do Consórcio Santa Quitéria para conversar sobre os avanços no desenvolvimento do projeto de produção de adubos fosfatados para a agricultura e fosfato bicálcico para a pecuária. Os investimentos previstos no estado somam 2,3 bilhões de reais. 

No encontro, os representantes do Consórcio informaram os avanços tecnológicos do Projeto Santa Quitéria que, entre outras melhorias, levaram à eliminação da necessidade de barragem de rejeitos, a partir de um processo inédito de tratamento do fosfato a seco, à diminuição do consumo de água e à geração própria de energia para atendimento a quase totalidade da demanda quando estiver em operação. Aliados à proposição de modernos controles e monitoramentos que elevam ainda mais a segurança da operação, esses avanços tecnológicos garantem a sustentabilidade na produção de adubo e de ração animal no estado do Ceará.

Estratégico para a segurança alimentar, o projeto irá diminuir a importação de adubos, que hoje representa 90% do consumo nacional, e será um vetor de desenvolvimento socioeconômico em toda a região. Segundo estudo da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), somente no município de Santa Quitéria, o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá cerca de dez vezes, enquanto o PIB da região (incluindo os municípios de Itatira, Canindé e Madalena) será,  aproximadamente, quatro vezes maior, a partir da operação do empreendimento. Na fase de construção, o projeto irá criar cerca de 2,8 mil empregos diretos e, na operação, serão mais de 500 empregos diretos e 2,3 mil indiretos.

Ainda de acordo com a Fiec, o empreendimento irá gerar, anualmente, em torno de R$ 40 milhões em impostos e mais de R$ 110 milhões em massa salarial, contando somente os empregos diretos, na região.

Em uma região marcada por lacunas sociais, e que integra os mais baixos índices de desenvolvimento humano do Ceará, as perspectivas de crescimento socioeconômico, com o Projeto Santa Quitéria, se aliam à atuação do Governo Estadual no local. Dentro de uma estratégia de desenvolvimento regional, o Governo Cearense promoverá a instalação de infraestrutura para atendimento às comunidades, com a implantação de adutora de água que resolverá um problema histórico das populações locais e que, no futuro, servirá também ao empreendimento.

Com a instalação dessa adutora, o Governo aliará o atendimento às comunidades à viabilização de alternativas de geração de emprego e renda na região por meio do projeto.

Rodolfo Galvani Jr, representante da Galvani no Consórcio Santa Quitéria, reforçou a importância do encontro. “Tivemos a oportunidade de dialogar com o governador e detalhar o projeto, que é extremamente importante e benéfico para o Ceará e o Brasil. Vamos, de uma maneira responsável, disponibilizar produtos inovadores e os mais limpos e de maior pureza do mercado, impulsionando a agricultura e a pecuária das regiões Nordeste e Norte do País, gerando novas oportunidades de negócios nesses setores e diminuindo a enorme e incômoda dependência de importações de fertilizantes fosfatados. Além disso, seremos importantes indutores do desenvolvimento da região agrícola do MATOPIBAPA (que abrange trechos dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia e Pará) e, em particular, de Santa Quitéria e municípios próximos”, comenta Rodolfo, representante de uma das mais tradicionais e experientes empresas brasileiras do setor.

Em fase de estudos ambientais e licenciamento, o Projeto Santa Quitéria posicionará o Ceará como um importante player no setor de fertilizantes ao produzir, anualmente, cerca de 1,05 milhão de tonelada de fertilizantes fosfatados e 220 mil toneladas de fosfato bicálcico, significando 98,8 % do material produzido no empreendimento. Somado à produção atual da Galvani, o projeto responderá por 25% da demanda de fertilizantes fosfatados e 50% da de fosfato bicálcico das regiões Nordeste e Norte do Brasil.

O restante da produção, que representa apenas 0,2% de material, será integralmente separado do fosfato, de forma segura, e entregue para a INB – Indústrias Nucleares do Brasil para ser utilizado na produção de combustível na unidade da empresa em Resende (RJ).

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