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Mais uma campanha eleitoral caminha para o fim sem debater a educação

Por Francisco Borges (*)

 

Apesar de historicamente figurar entre as palavras mais faladas em períodos eleitorais, ao lado da saúde e da segurança, o tema educação, como em outras ocasiões, tem tomado menos espaço de qualidade do que deveria nas entrevistas, debates e agendas dos candidatos à Presidência. São raras as tentativas de abordar o assunto e, quando acontece, isto é geralmente feito de uma forma rasa.

Há um embate moral entre as duas candidaturas mais à frente nas pesquisas que acaba monopolizando as discussões em torno de ataques pessoais. Por outro lado, os outsiders, pelo menos durante o primeiro e até agora único debate televisivo, para citar uma ocasião, não aprofundaram as discussões. Desta forma, o tema educação, assim como outros importantes, acabou sendo escanteado.

A parte irônica desta reflexão é que trazer o assunto Educação ao centro da discussão, focando em aspectos urgentes para o setor, está longe de ser uma tarefa difícil. Ou pelo menos não deveria, especialmente para aqueles e aquelas que almejam o posto de chefe do Executivo.

Sobre a reforma do Ensino Médio, por exemplo, mesmo com as dificuldades relacionadas ao ensino remoto e outras novidades trazidas pela pandemia, o cronômetro continuou ligado para o prazo que o Brasil tem para implementar um novo ensino médio, resultado da reforma aprovada pelo Congresso Nacional em 2017.

Por lei, a reforma deve ser concluída em 2022. A Lei nº 13.415/2017 alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e estabeleceu uma mudança na estrutura do ensino médio, ampliando o tempo mínimo do estudante na escola de 800 horas para 1.000 horas anuais e definindo uma nova organização curricular, mais flexível com conteúdos de formação técnica e profissional em outras 1.200 horas\aulas, num total de 3 mil horas\aulas por um período de três anos.

Com essa implementação longe de acontecer por completo até o final deste ano, é essencial debater os desafios que os futuros gestores terão nesta missão. É anseio dos jovens uma escola que amplie seu leque de oportunidades e ofereça escolhas que lhes permitam trilhar diferentes caminhos de vida, a educação técnica e o ensino superior.

Por falar nisso, quantas vezes vimos os candidatos abordarem a qualidade do que é ofertado nas faculdades e universidades? Há uma nova onda na educação superior, que é a chegada de novos grupos privados preparados com muita tecnologia e com muito apetite financeiro. Uma discussão que merece atenção neste ponto é sobre o desejo dos velhos grupos estabelecidos de consolidar uma modalidade híbrida, que figura entre o presencial e a Educação a Distância (EAD), e os riscos que esse desejo pode oferecer à qualidade do ensino ofertado.

O que de fato deveria pautar o debate é quais são as carreiras que devem ter mais presencialidade; quais podem ser por natureza mais remotas e digitais; quais recursos tecnológicos substituem os tradicionais; fortalecendo a evolução tecnológica do setor, e assim por diante.

Apesar da frustração por essas discussões ainda não terem ocorrido, o fato é que ainda há chance de acontecer. Resta ao eleitor torcer para que nos próximos encontros, marcados para as vésperas do pleito e pensados justamente para que cada candidato “aperte” o outro e tenha sua chance de mostrar o que faria diferente, o debate sobre educação fuja do senso comum.

Nem mesmo a – infelizmente – já institucionalizada má remuneração de professores de escolas públicas, sempre levantada por políticos, tem sido colocada em pauta. E neste cenário, sem avanço de propostas, todos os envolvidos, começando pelos estudantes, continuam recebendo muito pouco.

*Francisco Borges é mestre em Educação e consultor da Fundação FAT (Fundação de Apoio à Tecnologia) em Gestão e Políticas Públicas voltadas ao Ensino

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