Levantamento da FCDL e SPC Brasil mostra que o número de cearenses negativados em janeiro de 2023 cresceu 9,57% em relação ao mesmo período do ano anterior

Embora o Estado tenha apresentado um resultado acima da média, na comparação entre dezembro de 2022, o número de negativados registrou queda de 3,17%

Em janeiro de 2023, no Ceará, o número de negativados cresceu 9,57%, em relação ao mesmo período do ano anterior. Na região Nordeste, a variação foi de 5,65%. Os números são da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL-CE) e do SPC Brasil, em um levantamento divulgado com exclusividade no “Radar do Varejo Cearense”, publicação mensal com os principais dados econômicos do Estado. O estudo também apontou que o ritmo de crescimento do número de negativados desacelerou na comparação com o fechamento de 2022, quando a variação foi de 16,4%. Na comparação mensal, isto é, entre janeiro de 2023 e o mês anterior, o número de negativados registrou queda de 3,17%. Já o valor médio das dívidas por negativados chegou a 3.479,65 em janeiro de 2022.

De acordo com Freitas Cordeiro, Presidente da FCDL, o panorama da inadimplência no Ceará mostra, em suma, um avanço acima da média nacional na comparação anual, mas com um recuo importante no último mês. “Este cenário de juros em alta requer atenção. É importante que os empresários fiquem atentos aos números em relação à inadimplência ao longo do ano”, afirma.

O mesmo levantamento apontou ainda que 35% dos negativados têm atrasos entre um e três anos, o que reforça a importância do equilíbrio financeiro. Quase metade possuem idade entre 30 e 49 anos, sendo que 25,7% têm entre 30 a 39 anos e 21,6% do total de negativados têm entre 40 a 49 anos. Por gênero, pouco mais da metade (53,8%) desses consumidores são mulheres, enquanto 46,2% são homens.

O estudo mostrou ainda que mais da metade das dívidas (59,9%) tem bancos como credores. “Esse dado merece atenção, uma vez que essas dívidas, em geral, estão sujeitas a taxas de juros mais elevadas”, pontua Freitas Cordeiro. Em seguida, vem o setor de Água e Luz, credor de 15,5% das dívidas. O comércio aparece como credor de 10,8%.

Confira a pesquisa completa: www.bit.ly/3kL7J8L

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